terça-feira, 18 de agosto de 2015

Matou um esquizofrênico e foi para o psicólogo...

 
policiais agridem esquizofrênico morador de rua
     No último dia 23 de julho, o portador de esquizofrenia, Anderson de Matos, que tinha 32 anos, foi morto à tiros por um policial militar. O crime ocorreu na cidade de Palhoça, situada no estado de Santa Catarina.
    Resumindo o ocorrido, a família do portador entrou com uma ordem judicial para internar compulsoriamente a vítima, já que a mesma não aderia ao tratamento psiquiátrico e vinha tendo crises com uma certa frequência.
 
Como tudo aconteceu
    O SAMU foi acionado para cumprir o mandado de internação compulsória de Anderson. Nestes casos é também necessária a presença da polícia militar, já que geralmente quem tem esse pedido feito não está em boas condições mentais. 
    A vítima estava em sua residência e, como não acatou a decisão, foi necessária a intervenção dos policiais, que à princípio estavam portando armas de choque. A vítima, assustada, saiu de sua casa e correu para um matagal. Os policiais o seguiram, e, como Anderson estava usando um moleton, a arma taser poderia não funcionar adequadamente nesta situação. 
    Como o portador de esquizofrenia estava escondido em um matagal e armado com uma barra de ferro, foram efetuados seis tiros de bala de borracha. Mas, como a vítima não saia do local, um dos policiais sacou uma arma letal. Segundo a versão da polícia, Anderson, ao tentar fugir, acabou escorregando e depois tentou agredir um policial com a barra de ferro. Então, neste momento um outro policial acabou efetuando o disparo fatal. 

Falta de preparo?
    Bem, esse não é o primeiro acidente ocorrido durante uma tentativa de internação compulsória. No ano de 2012 ocorreu algo parecido, um caso que ficou conhecido como "O atirador de São Paulo". Só que desta vez o portador de esquizofrenia é quem portava uma arma e acabou ferindo três pessoas.
    São situações bastante complicadas estas que acontecem quando os portadores de transtornos mentais estão em crise e é necessária a intervenção da polícia militar, principalmente nos casos de internação compulsória. 
     Não tenho a intenção aqui neste post dizer que os portadores de esquizofrenia são sempre as vítimas, os injustiçados. Mas creio que a polícia militar deveria se preparar melhor para essas situações, se informando melhor sobre a esquizofrenia e tendo o amparo também dos profissionais da área da saúde mental. Neste caso, estavam presentes seis policiais militares e o SAMU, e, mesmo assim não conseguiram internar a vítima. Creio que deveriam ser ministradas palestras para os policiais, criar planos e estratégias sobre a melhor maneira  de atuar nestes casos. Também não seria também uma má ideia um psicólogo estar presente em uma internação compulsória.
     São apenas algumas sugestões, mas deve haver pelo menos um debate sobre o assunto. A verdade é que a polícia não está preparada para agir em uma situação tão complicada. Cada portador de esquizofrenia tem a sua maneira de reagir durante um surto psicótico ou em uma internação compulsória. Seria também pedir muito para que um policial se especializasse em psicologia para melhor agir nestas situações. Afinal, são muitos tipos de ocorrências que a polícia enfrenta, e, em algumas delas, eles têm que intervir apenas com o diálogo, como no caso de brigas entre casais. Já vi no programa "Polícia 24 horas", da Bandeirantes, um caso em que o policial teve que dar uma de cupido e, na base da conversa, conseguiu fazer com que o casal  parasse com a briga e retomasse a relação. 
    Mas, como já disse algumas vezes, não desejo que os portadores de esquizofrenia tenham privilégios. Se cometeu algum tipo de crime, que ele seja punido, mas que fique recluso em um local onde possa se recuperar e não para piorar o seu quadro. Devemos sim ser punidos, principalmente quando já somos diagnosticados e paramos de seguir o tratamento. Claro que o tratamento deveria ser o mais digno possível, pois o que causa o abandono é a qualidade do mesmo que se tem aqui em nosso país. O caos está em todas as áreas do SUS, infelizmente não é só na área da psiquiatria. 
    Quando surtamos pela primeira vez, tudo é tão real em nossas mentes que pode se tornar um pouco injusta uma punição severa para um possível crime cometido. Geralmente não temos a mínima noção do que venha ser esquizofrenia, e ficamos sem chão, e tudo o que se passa em nossa mente vira realidade, não tem nem espaço para dúvidas nestas situações. Mas o que fazer quando uma pessoa comete algum delito em seu primeiro surto? Infelizmente não se tem muito o que fazer no caso da punição. Se a pessoa representa um perigo para outras pessoas e para a sociedade, a solução é realmente a internação. Mas, se o tratamento psiquiátrico no Brasil fosse digno e eficaz, provavelmente não seria necessário o uso da força em uma internação. Se o tratamento fosse realmente bom e desse resultado, o próprio paciente iria até à ele por livre e espontânea vontade.  No caso do esquizofrênico de Santo Catarina, foram 13 internações em 13 anos.
    Basta olharmos o que ocorre na Finlândia, onde são obtidos os melhores resultados no mundo no tratamento da esquizofrenia. Neste país, só para termos uma ideia, o próprio paciente escolhe o lugar onde quer ser atendido: na clínica, em casa, ou se quer ficar internado por um tempo. No link que passei (palavras na cor azul) tem um documentário sobre este modelo de tratamento que faz com que apenas 7% dos esquizofrênicos usem antipsicóticos pelo resto de suas vidas. No Brasil essa porcentagem só não chega à 100% por que a maioria dos portadores não suportam as elevadas doses de antipsicóticos que são orientados a tomarem. Também tem que se levar em conta o alto número de moradores de rua que são portadores de algum tipo de transtorno mental e não tem acesso ao tratamento.
as reclamações contra o excesso de medicamentos são constantes...

    Voltando ao Brasil, quem parece que são bem tratados são os policiais militares que ficam reclusos nos batalhões. As "cadeias" dos policiais geralmente são confortáveis, como se pode ver nas fotos. Geralmente eles não respondem pelos crimes cometidos como cidadãos comuns, e sim apenas como militares e o máximo que recebem é uma punição administrativa, e em casos mais graves são apenas expulsos da corporação. O policial que matou o Anderson em Santa Catarina, foi afastado e passará por um tratamento psicológico e o seu nome não foi divulgado. Agora, quando um portador de esquizofrenia comete algum tipo de delito, vira manchete nacional e o seu nome é divulgado em todas as emissoras de TV e sites. No caso do atirador de São Paulo, chegaram a entrevistar o cara logo depois dos disparos, dava para ver nitidamente em seu olhar que estava realmente surtado. É uma falta de ética muito grande tentar entrevistar um portador de esquizofrenia em surto, pois o mesmo não tem a mínima condição de dar respostas condizentes com a realidade. Basta digitar no google, "o atirador de São Paulo", que serão encontradas várias imagens e vídeos sobre o caso. Agora, quando cometem algo contra o portador de esquizofrenia, principalmente a polícia, não se sabe nada, o nome do policial não é divulgado e geralmente só os jornais da cidade em que ocorreram o fato é que comentam sobre o ocorrido. Infelizmente a mídia em geral não contribui para esclarecer a população em geral sobre o que é realmente a esquizofrenia. Existem alguns programas na TV que até foram entrevistados psiquiatras falando sobre o tema, mas quem procura esse tipo de programa geralmente tem um nível de informação melhor e maior do que a população em geral.
     Não é raro certas regalias nos presídios da polícia militar:
    "A ex-mulher de um policial militar preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM do Rio de Janeiro, denunciou em 2012, regalias, como geladeira, micro-ondas, máquina de assar frango e ar-condicionado. Segundo ela, os agentes responsáveis eram pagos para “facilitar” na hora da revista. Após a denúncia, todos os eletrodomésticos foram retirados por decisão da Justiça."
Fonte:http://www.webarcondicionado.com.br/presidios-com-ar-condicionado-mordomia-ou-uma-forma-de-ressocializacao

algumas cadeias para militares parecem quartos de uma casa..
     E essa situação de violência contra portadores de esquizofrenia não é tão rara assim em Santa Catarina. No link abaixo dá para se ver como a polícia é preparada para lidar com um esquizofrênico:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/01/14/video-mostra-rapaz-sendo-agredido-por-pms-em-blumenau-sc.htm

O meu caso
    No meu caso em particular, mesmo na fase aguda dos surtos, não cheguei a representar um perigo para a sociedade, pois a minha principal reação era fugir dos inimigos que estavam em minha mente. Mas fui um perigo para mim, chegando a tentar o autoextermínio algumas vezes. Era mais fácil tirar a minha própria vida do que sair eliminando todos que eu imaginava estar contra a minha pessoa. 
    Quando estava perambulando pelas Br's, durante o meu primeiro surto psicótico, cheguei a pedir à um policial rodoviário para que me prendesse:
    - "Pode me prender, sou um réu confesso... - disse, levantando as mãos em punho, para ser algemado. 
    Estava com um sentimento de culpa absurdamente exagerado, chegando a pensar que havia contaminado algumas pessoas com o vírus da aids (quem já leu antigas postagens do blog, já sabe que por alguns anos eu mesmo acreditei em um boato à meu respeito de que estava com aids).
     O policial rodoviário, ao ouvir o meu pedido, apenas riu, achando engraçada aquela situação. Não me perguntou nada, apenas falou de Deus e depois me ofereceu um marmitex, que joguei fora, apesar da fome que estava sentindo. Afinal, estava apenas imaginando que o mundo inteiro estava querendo ver a minha caveira e que a comida estivesse envenenada. 
    Se o policial solicitasse uma ajuda médica naquele momento, talvez poderia ter evitado tudo o que passei durante esse meu primeiro surto grave, afinal fiquei por um período de cinco meses nas ruas de Belo Horizonte, até me recuperar. Mas, pelo que relatam sobre os manicômios, creio que foi melhor esse caminho que segui, apesar de lento e muito sofrido. Talvez piorasse com esse tipo de tratamento que é oferecido nos casos de emergência e pudesse sim reagir com agressividade à uma internação forçada. Costumo dizer que a debilidade física funcionou meio que um sossega leão para mim, pois não me alimentava e ficava andando praticamente o dia inteiro nos primeiros dias. E o remédio principal foi a solidariedade das pessoas, que me fez pensar novamente que nem todos são inimigos e querem nos ver mal.
    Também tive, durante um surto, uma quase experiência não muito agradável com a polícia. Havia saído do emprego em uma cidade do interior de Minas Gerais e estava dormindo em frente de um agência do INSS. Apareceu até ambulância no dia, e a polícia também que, a princípio queria tirar satisfações sobre o fato de eu estar ali dormindo o dia inteiro (também estava tomando diazepan constantemente, para não surtar de vez). A minha sorte é que, antes do policial se aproximar de mim, deu para ouvir uma mulher me defendendo, afirmando que eu era um cara trabalhador e que gostava de praticar esportes. Era uma assistente social, que acabou me levando para um albergue em um outra cidade, onde tive um tratamento psiquiátrico muito melhor. Cidade pequena tem essa desvantagem que pode se tornar algo benéfico: todo mundo conhece todo mundo. E eu era uma pessoa até certo ponto conhecida naquela cidade, e, como sempre fui um cara trabalhador e nunca usei drogas e fui para o mundo do crime, acabei sendo reconhecido pela assistente social, que me ajudou bastante, ao me tirar daquele lugar. 

    Gostaria de dizer que a culpa nestes casos não é exclusivamente da polícia. Como já relatei, se o atendimento na área da saúde mental fosse eficaz e não trouxesse tantas sequelas, provavelmente não haveria tantos casos de internação compulsória por dois motivos:
    1- Com o tratamento adequado e digno, os portadores não teriam recaídas e não iriam abandoná-lo. E, quando cito tratamento, não estou me referindo apenas a administração de antipsicóticos....
   2- E, se o tratamento fosse digno e com qualidade, os próprios portadores não teriam receio de serem internados. Uma amiga minha me relatou que foi abusada sexualmente em um hospital, presa à uma camisa de força na cama... 
     Imagine-se um soldado hoje, no Rio de Janeiro. Você tem que entrar em um local público, desconhecido, cercado de becos e esconderijos. É uma comunidade carente. E você tem que acabar com o tráfico de drogas no local, tem que achar os bandidos naquele monte de casas, tem que trocar tiros com os traficantes, mesmo não tendo uma visão privilegiada do lugar. E não pode errar, tem que acertar somente os traficantes enquanto eles saem disparando fuzis e metralhadoras a esmo, sendo que às vezes essas armas são adquiridas da própria polícia... 
    Por isso, neste post, gostaria de reiterar que a culpa não é somente da polícia, e sim das pessoas que governam o nosso pais, e das condições em que são tratados os portadores de transtornos mentais nos hospitais e clínicas psiquiátricas. Uma amiga minha relatou que, ao visitar o seu filho, os outros portadores foram ao encontro dela, para pedirem um pouco de comida, pois estavam sentindo muita fome. É isso, os políticos desviam o dinheiro público que seria destinado à saúde, e, quando usam, o fazem de maneira não muito certa. E então tudo estoura nas mãos da polícia, para apagar o incêndio provocado pela incompetência e pelos maiores bandidos em nosso país, que são os políticos. O ex comandante do Bope, afirmou que a única instituição do governo que sobe a favela é a tropa de elite. 
    Voltando ao tema internação compulsória, o mínimo que podemos exigir é um preparo dos policiais para estes casos e um tratamento adequado nos hospitais psiquiátricos. Como deve ser esse atendimento? Não sei, não estudei para isso, mas creio que nestes casos, o próprio paciente deve ser ouvido, o que geralmente não acontece em nosso país. Deveria haver um "Diálogo aberto" e verdadeiro entre os profissionais da saúde mental e os portadores de transtornos mentais. 
    Não queremos regalias, não queremos ser tornar inimputáveis para fazer o que bem quisermos sem ser punidos. Queremos apenas olhar no horizonte e enxergar algo que nos incentive a continuar o tratamento para a esquizofrenia, que no Brasil parece não ter fim. A prevenção, neste e em todos os casos ainda é o melhor remédio. Com atendimento digno, não haverá motivo para internações forçadas... 
- Obs: costumo colocar algumas imagens nos posts que escrevo, mas, como é um caso contra um portador de esquizofrenia, o mesmo não foi tão divulgado, o que já não acontece quando um esquizofrênico comente algum delito...

CDE- Central de Downloads do Esquizo
Livro: O poder dos quietos
 
     Cheguei a ler boa parte desse livro, mas, com o desânimo atual que estou tendo, não consegui ir até o final, mas se trata de um bom livro, pois define muito bem o que é uma pessoa tímida e uma pessoa introvertida. 
    No meu caso em particular, creio que fui um tímido até antes de surtar, pois não me conhecia realmente e tinha um certo medo de me envolver com as pessoas e ter certas responsabilidades.
    Mas tudo mudou depois dos surtos, descobri quem sou de verdade e sei a força que posso ter. Hoje sou um fóbico social e um pouco introvertido, pois de uma certa maneira gosto de minha companhia (shasuahsuashs) e fico bem em meu cantinho, convivo bem com os meus pensamentos e não tenho mais medo deles. E você?
    Para fazer o download deste e de outros livros sobre transtornos mentais e comportamento humano, basta acessar a CDE (Central de Downloads do Esquizo) na figura no lado direito da página ou então clicar no link:

Teste: Saiba se você é um introvertido ou tímido
    O introvertido é uma pessoa sensível que se sente confortável tendo a si mesmo como companhia.
   Introvertidos recarregam suas baterias ficando sozinhos; extrovertidos precisam recarregar quando não socializam o suficiente.
Se você ainda não tem certeza de onde se encaixa no espectro introvertido-extrovertido, pode descobrir aqui. Responda a cada questão com “V” (verdadeiro) ou “F” (falso), escolhendo a resposta que lhe é mais frequente.
1. Prefiro conversas individuais a atividades em grupo.
2. Geralmente prefiro me expressar por escrito.
3.  Gosto da solidão.
4. Pareço me importar menos que meus colegas com fama, fortuna e status.
5. Não gosto de jogar conversa fora, mas gosto de tópicos profundos que importam para mim.
6. As pessoas dizem que sou um bom ouvinte.
7. Não gosto muito de correr riscos.
8.  Gosto de trabalhos que me permitam “mergulhar” com poucas interrupções.
9. Gosto de celebrar aniversários de maneira reservada, com apenas um ou dois amigos ou familiares.
10.  As pessoas me definem como alguém “de fala mansa” ou “meigo”.
11. Prefiro não mostrar meu trabalho ou discutir sobre ele com os outros até ter terminado.
12. Não gosto de conflitos.
13.  Trabalho melhor sozinho.
14. Tendo a pensar antes de falar.
15. Sinto-me exaurido depois de estar em público, mesmo que tenha me divertido.
16. Às vezes deixo ligações caírem na caixa postal.
17. Se tivesse que escolher, preferiria passar um fim de semana com absolutamente nada para fazer a um com muitas coisas programadas.
18. Não gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
19. Consigo me concentrar com facilidade.
20. Em situações de sala de aula, prefiro palestras à seminários.
Quanto mais tiver respondido “verdadeiro”, mais introvertido você provavelmente é. Se tiver um número parecido de “verdadeiros” e “falsos”, provavelmente você é um ambivertido
— sim, essa palavra existe.

17 comentários:

  1. Quem dera todos que com duas limitações, físicas ou mentais, tivessem a sua força de lutar e compreender -se . Todos temos limitações. Poucos percebem - se, e menos reagem.

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    1. Obrigado Soeli. Aprendi a reconhecer que temos algumas limitações ao ler os doze passos dos alcoólicos anônimos. O primeiro deles é o reconhecimento, só a partir daí é que iremos conseguir uma melhora. Apesar de tudo e de todos os estigmas que cerca a esquizofrenia, não tenho vergonha de assumir que sou um portador de esquizofrenia. Ao ler os noticiários, ficaria mais envergonhado de me auto intitular como um dito normal.

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  2. Boa tarde, minha mãe tem 57 ano e teve um surto dia 24/03/15 e há ela faz tratamento em uma ame psiquiátrica, ela escuta vozes dizendo que vai invadir nossa casa e nos matar, hoje nos filhos nos sentimos perdidos porque ela está tomando a medicação porém parece que o estado piorou, ela nunca teve nada além de um resfriado, e hoje assim, no a lados e tudo em volta de esquizofrenia, alucinações, psicose, gostaria de lhe contar mais detalhadamente a nossa história, precisamos de ajuda e saber como lidar com isso., nos ajude, tenho dúvidas referente a remédio, comportamento e muitas outras questões, poderíamos nos comunicar por email? grande abraço

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    1. Entendo o que deve estar passando Tatiana, realmente falta muita informação, tanto aos pacientes como aos familiares dos portadores. Não sei como nos Caps e nas unidades de saúde não tem um serviço para atender os familiares também, no intuito de esclarecer essas dúvidas e ajudar em outras questões. O atendimento consiste quase que exclusivamente a administração dos antipsicóticos, o que acho muito pouco. Se eu puder lhe ajudar em alguma coisa...

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  3. Muito pertinente essa sua abordagem.
    Estamos muito desamparados em saúde mental. Não só quem tem um diagnóstico, como um monte de gente que age mal, prejudica os outros e acha que isso é ser normal. Atualmente mesmo estou há um passo de contatar uma emissora de TV porque não é possível aceitar o que determindado apresentador diz quando noticia esses casos de surto. A ignorância da criatura é tão grande que vira desumanidade...
    Paz e luz pra vc.

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    1. Olá
      Obrigado pela participação no blog.
      A mídia em geral não ajuda muito. Qualquer pessoa que cometa um delito e que afirma que é esquizofrênica, as emissoras de TV noticiam sem ao menos questionar, investigar se ao menos a pessoa tem um laudo psiquiátrico, ou se então o advogado orientou a pessoa a afirmar que tem esquizofrenia, o que virou moda.

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  4. SIM, gostaria de saber como faço para entrar em contacto com vc por email, posso deixar o meu aqui? já curti sua fanpage no face.

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    1. Olá, lá no facebook pode mandar uma mensagem que eu lhe passo o email.
      Obrigado

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  5. O SUS não é totalmente ineficiente, policiais militares presos não recebem regalias , respondendo criminalmente pelos seus atos.

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    1. Realmente o sus não é totalmente ineficiente, o luciano hulk e a angélica foram muito bem atendidos quando sofreram um acidente de avião...
      Quanto aos policiais, não me baseia nas leis para fazer certas afirmações, pelo simples fato de estarmos em um país onde elas não funcionam.... Se você acha que militares não recebem regalias, vou te passar mais um link, além dos que passei na postagem. Creio que deveria existir igualdade, se cometem crime, deveriam ser presos em celas comuns, e não em presídios militares... http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/01/o-presidio-brasileiro-com-bsessao-de-cinema-chuveiro-quente-e-academiab.html
      http://acritica.uol.com.br/manaus/Tenente-PM-afastado-conceder-regalias_0_478752268.html
      http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2008/09/rbs-tv-flagra-regalias-em-presidio-da-policia-militar-na-capital-2153627.html
      Aliás, você sabe o que aconteceu com o policial que assaltou um membro do afroreggae, que estava baleado e acabou morrendo?
      http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1350192-5606,00-CAMERA+GRAVA+ASSALTO+QUE+TERMINOU+COM+A+MORTE+DE+MEMBRO+DO+AFROREGGAE.html

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  6. o que acha do estigma sobre quem já foi internado?

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    1. Dá para se notar quando as pessoas perguntam: "Você já foi internado?" que o estigma e o preconceito é bem grande. Creio que as pessoas devem pensar que á qualquer momento o portador pode "pirar", se tornar agressivo e precisar ser internado novamente. Quando as pessoas me perguntam, falo com um certo alívio que nunca fui, pois o preconceito é muito grande mesmo. As pessoas pensam que esquizofrenia é sinônimo de agressividade, principalmente quem já foi internado.

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  7. Achei seu blog pesquisando sobre esquizofrenia e me surpreendi, me emocionei, refleti sobre muitas coisas....
    Você tem um nível cultural muito bom e escreve com muita clareza.Lucidez neste momento não lhe falta.
    Meu filho de 18 anos não foi diagnosticado com esquizofrenia, mas tem sintomas de paranoia e pela idade..... Como a paranóica talvez seja eu, fico vendo sinais em toda parte, na minha mãe por hereditariedade, na capacidade de imaginação muito grande na infância, enfim, embora o psiquiatra tenha dito que achava pouco provavel desenvolver esquizofrenia eu ouvi exatamente o contrario: "quase certo que seu filho é esquizofrenico"
    Ai eu busco saber mais do assunto para tentar me convencer que ele só tem fobia social.

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  8. Olá
    Obrigado pela visita ao blog. Necessariamente nem todo paranoico é portador de esquizofrenia. O que caracteriza a esquizofrenia, além das paranoias, mania de perseguição e delírios, são as alucinações, principalmente auditivas e algumas visuais. Muitas pessoas tem paranoias, algumas em maior, e outras em menor grau. Acho que esse artigo vai lhe ajudar a entender um pouco a situação. http://www.psiconlinews.com/2015/08/voce-e-paranoico.html

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  9. Acho que não é o policial que deveria pagar como uma pessoa comum; acho que a pessoa comum que deveria ter o necessário para realmente se regenerar, pelo menos tentar fazer o cidadão reaver suas atitudes e ter um futuro diferente; deve haver algum presídio com essas técnicas que estou falando: colocar o preso para aprender algum ofício, estudar; educação é a chave para a mudança. Bem, é só a minha opinião.

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    1. Concordo com seu raciocínio, os presídios para policiais militares realmente dão condições para a pessoa se recuperar, infelizmente um ou outro tem mordomias, com churrasco e outras regalias. Mas a maioria tem o básico: que é uma boa acomodação, atividades para ocupar a mente, etc. Esse seria o presídio ideal para todos, quer dizer, para a maioria, que quer realmente se recuperar. Mas, como isso não é possível, o mais correto seria a igualdade mesmo, pois creio que muitos policiais se aproveitam desse tipo de tratamento, pois creio que alguns nem são julgados, os casos são esquecidos e a máxima punição que recebem é o desligamento do batalhão. Obrigado pela participação e pelo comentário. Costumo dizer que os comentários fazem parte do blog, pois acrescentam e muito a postagem.

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    2. Exatamente, acomodação e alimentação dignos de seres humanos que precisam reaprender a ser gente: educação e trabalho; e não regalia e mordomia.

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