terça-feira, 23 de abril de 2019

28º dia pedalanças- Terceira etapa-Marataízes-ES à Juiz de Fora-MG

    
 Santo Antônio de Pádua-RJ à Volta Grande-RJ
    Excelente noite que tive em Santo Antônio de Pádua. A segurança de dormir em uma borracharia, o silêncio e também a amizade que fiz com os funcionários do posto ajudaram e muito a ter uma boa noite de sono. Dormir com a quase certeza absoluta de saber que não será incomodado ajuda também.
     Pego a estrada bem disposto e é daqueles dias que acho que a bike está muito bem regulada e montada. E quando durmo mal fico pensando que a bike está pesada, que tem algum problema 
    Saí bem cedo, sem me despedir dos funcionários do posto. O borracheiro que parecia o Robert De Niro ainda estava dormindo 
     Mas as pedalanças tem que começar bem cedo, de preferência, por causa do forte calor que anda fazendo na região. Procuro anda o máximo possível na parte da manhã, para de tarde não precisar de correr muito para se chegar em alguma cidade. 
     Paro em uma pequena cidade chamada Itapetininga para acessar a lan house. Pego as mochilas e levo comigo. Na volta, a decepção: o meu tênis não está mais no bagageiro traseiro! Provavelmente alguém pegou ou então ele caiu no meio da viagem. Ou então esqueci em Santo Antônio de Pádua. Esses dias estou tomando diazepan para tentar pegar no sono, pois não levei o cloreto de magnésio na mochila. E fico muito lento e costumo esquecer muitas coisas sob o efeito do ansiolítico. 
    Me pergunto o que uma pessoa irá fazer com um tênis velho e usado como estava o meu. E eu gosto é de tênis bem usado, pois eles ficam bem confortáveis. Pedalar descalço não é uma boa. É a segunda baixa na viagem. Em Barra do Jucu-ES tive o meu capacete furtado. Até que o capacete não faz muita falta, pois ando sempre devagar. A função principal do capacete nesta viagem estava sendo a de não deixar o meu cabelo com um aspecto assustador, por causa do vento e do sol. 
    

      À essa altura da viagem a bike já demonstra sinais de um desgaste natural de uma longa viagem como essa. Devo ter andado até o momento cerca de 1300km.  O pneu dianteiro já está careca, o celim estragou e está muito ruim ficar sentado nele o dia todo. Ultimamente estou pedindo comida no posto para poder fazer a manutenção na magrela. 
    Não estou com tanta pressa nesses últimos dias. Afinal já estou chegando em Petrópolis, onde começarei a fazer o caminho da estrada real, que é composto quase 90% de estrada de terra. Tenho que esperar o período das chuvas passar para evitar os perrengues de se andar na lama. 
    Por volta das quatro horas da tarde paro em um posto para tomar um banho. Agora mudei o esquema da lavação das roupas. Todo dia na hora de tomar banho lavo a roupa que usei no dia, para não acumular e também evitar de colocar roupa molhada ou suja dentro da mochila.
    

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