domingo, 17 de março de 2024

Divagações esquizofrênicas 23

Um raio em mim....


     Há alguns dias atrás, estava normalmente (e entediadamente!) surfando na internet, quando, de repente, ouvi o estrondo: "Cabrum!" (onomatopeia de raio).
    Para falar a verdade o som que ouvi não foi "cabrum"  e sim algo como "bummmm!", de tão forte que foi o raio que havia caído perto de onde eu moro. A impressão que tive é que caiu bem em cima do meu quarto. Tanto é que fiquei esperando algo cair ou desmoronar em mim.
    Mas isto não aconteceu. Olhei para o notebook e notei que ele havia desligado. O mesmo acontecera com a minha TV Sony Bravia de 32 polegadas que havia comprado com muito custo na época em que estava fazendo minhas andanças pelo Brasil e assim economizando uma graninha por não estar pagando aluguel. (que falta faz umas vírgulas shasuasuahsuashas)
      Não tenho medo de raios, mas aquele dia tive. Até por que, de início não sabia que se tratava de tal fenômeno da natureza. Me lembro que, no ano de 2014 estava fazendo minhas andanças pelo litoral de São Paulo, quando começou a cair uma torrencial chuva. Motoristas e pedestres se deslocaram rapidamente para um posto de gasolina próximo de onde eu estava caminhando com a minha mochila. Mas  continuei a minha caminhada, apesar de ver  os raios caindo ao lado da BR. No final das contas agradeci aquela água vinda do céu pois 2014 foi um ano de recordes nas temperaturas no estado de São Paulo. E aproveitei também para, além de me refrescar, lavar o meu cabelo, pois nem sempre temos a oportunidade para tal ato em uma caminhada solitária e sem muitos recursos. Abri a mochila e peguei o shampoo e o condicionador e fui lavando o meu cabelo enquanto caminhava....
      Em 2019 fiz uma boa pedalança pela região sudeste. Havia quebrado o dedão do pé esquerdo e então resolvi continuar a caminhada com a minha bike. Aliás desde pequeno tinha esse espírito aventureiro de andar por aí e conhecer novos lugares. Me lembro que às vezes ficava perdido pelas ruas de Belo Horizonte e uma certa vez uma mulher me deu dinheiro para passagem de ônibus que me levaria para o centro da cidade. Na época eu deveria ter uns 12 anos. Mas, voltando à pedalança, logo no segundo dia tive que enfrentar uma serra braba entre Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro, nas proximidades de Belo Horizonte. Foram 72km de muito calor e a maior parte do trajeto tive que empurrar a Margarida. Aquele dia rezei para cair uma chuvinha do céu, e, para minha alegria, minha prece foi atendida. Novamente muita chuva e muitos raios caindo perto da BR, mas continuei a caminhar mais refrescado e animado. Acredito que não iria conseguir completar os 72km se não fosse aquela chuvinha abençoada. Fico cansado só de pensar nessas distâncias, mas acho que na hora H, na estrada, vem uma adrenalina ou outra ina incentivadora que nos faz seguir o trajeto e chegar ao destino. Cansado e detonado, mas acabo chegando.
    Voltando aos dias atuais, fiquei apertando os botões de liga/desliga da TV e do note até cair na real: um raio como nunca ouvira antes havia caído onde eu morava e detonado os meus equipamentos.
    De início fiquei desolado, não sei por que me apego aos bens materiais que comprei. Não sei se pelo esforço de ter que juntar o dinheiro ou pelo fato de ser meio diferente mesmo do restante da população considerada normal. Só para terem uma ideia, a minha bike tem até nome e um dia ainda pretendo me  casar com ela em uma ocasião informal, já que no Brasil é proibido o casamento entre humanos e objetos. 
Esta é a minha companheira inseparável, a Margarida


    Os primeiros dias foram terríveis, ficava olhando para a TV e o note sem vida, e, de vez em quando apertava o botão power para ver se davam algum sinal de vida. 
     Fora a abstinência de uma pessoa que fica praticamente o dia inteiro na frente do computador. Quando saio da frente do computador vou para a cama assistir um filme, já que o notebook está conectado à TV via cabo HDMI. Aliás, bendito cabo HDMI que livrai-nos da programação da TV aberta...

    Tinha um notebook Dell com tela de 14 polegadas e sempre sonhava em ter um com tela de 15. A verdade é que também era uma necessidade, a idade vai passando e a miopia vai chegando. Havia feito um empréstimo que iria acabar de pagar no ano de 2025. Enfim, desolação total.
    Fiquei um bom tempo pensando que era um castigo divino, mas, ao olhar o noticiário vi que o negócio foi complicado aqui em Belo Horizonte. Várias pessoas relatando queima de eletrodomésticos e outros aparelhos. Aliás, nem uma estação de metrô conseguiu escapar e acabou pegando fogo. 
    O orçamento de quem é aposentado e vive(ou sobrevive) de um salário mínimo é um pouco apertado, mas, mesmo assim resolvi fazer um novo empréstimo. Consigo ficar um dia sem internet, só ouvindo músicas, mas sei que mais dia menos dia irei sentir as crises de abstinência de um viciado no mundo virtual. Mas, fora isso, tem a realidade, hoje em dia precisamos e muito da internet para várias situações. 
    Então comprei um PC, que, além de mais barato é mais resistente às intempéries do tempo e as oscilações de voltagem na corrente elétrica. E também é mais rápido do que o notebook. Exemplificando, o mesmo processador do PC é mais rápido do que o mesmo processador do notebook. Talvez por ser maior e também por ter melhor ventilação ele pode ser mais exigido.
E tem outra vantagem importantíssima do computador para o notebook. Se estragar o PC tem muito mais chances de ser recuperado, pois os componentes não são soldados na placa, como acontece em boa parte dos notebooks atuais.  Enfim, só uma opinião de quem procura entender um pouco de tudo, pois se procurarmos entender tudo sobre tudo acabamos pirando...
       Já a TV consegui consertar pois tive a oportunidade de estudar eletrônica e consegui encontrar a placa principal por um preço bem bacana. E além de tudo tive um pequeno desconto de 30 reais no site onde faço minhas compras virtuais. 
     Os dias sem internet foram difíceis mas serviram para perceber que estava ficando mais tempo na frente da tela do que o necessário. Fiquei mais bem disposto e minhas vistas melhoraram e não ficaram embaçadas, pois ficava realmente o dia inteiro no notebook, desde às seis da manhã até por volta da meia noite. 
    A internet é algo necessário e bom. Os seres humanos é que são maus e que produzem o conteúdo que estão no mundo virtual. É como na vida real, podemos escolher o caminho a ser seguido, ou, os endereços a serem digitados ou as pesquisas a serem realizadas. 

Quem pude ajudar...

      Como relatei o meu orçamento é um pouco apertado, e ainda tenho que pagar o notebook e o empréstimo que fiz para pagar o PC. O que faço no blog e no canal no youtube é com muito carinho e, além de servir como terapia, ajuda a dar um pouco de sentido para a minha vida. Devemos ocupar nossas mentes com coisas positivas e úteis, e o tratamento não é somente ou não deveria ser somente medicamentoso. Mais terapias e menos medicamentos é o meu lema. 
    Não tenho gastos com o canal e nem com o blog, pois de qualquer forma iria ter um PC e usar a internet. Fico feliz em poder ajudar algumas pessoas com os meus relatos. 
    Qualquer ajuda é bem vinda. O PIX está abaixo. Qualquer dúvida é só enviar o email para
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PIX juliocesar_555@yahoo.com
    Abração à todos e até a próxima.