domingo, 7 de julho de 2024

Pedalanças -2 Irei viajar de bike!!!

 Cicloviajar é preciso


    Quem me conhece pessoalmente ou através deste humilde blog e do meu canal no youtube sabe que gosto de viajar. Viajo da maneira e do jeito que posso. Em 2013 e 2014 fiz algumas andanças pela região sudeste a pé. Primeiramente fiz o Caminho dos Jesuítas, pelo litoral do Espírito Santo, entre as cidades de Vitória e Anchieta. Conheci lindas praias e até fiquei meio perdido em uma praia deserta, a água havia acabado e nada de encontrar casas pelo caminho. 
    Logo comecei a tomar gosto por essas andanças. Fiz então o caminho velho da estrada real, entre as cidades de Ouro Preto, em Minas Gerais, até Paraty, no Rio de Janeiro. Foram 710km de muitas aventuras, alegrias e perrengues.
     A minha terceira andança foi a mais curta. Apenas 100km por cidades próximas a Belo Horizonte. É o caminho de Sabarabuçu, também da estrada real. É o mais curto, porém o mais difícil, devido as serras bem íngremes. Se você não está subindo, está descendo. 
   Depois, percorri quase todo o litoral do estado de São Paulo,  o chamado Caminho dos Jesuítas. Comecei em Peruíbe, no sul do estado, até a cidade de Caraguatatuba. Depois fui para a capital e tive a oportunidade de conhecer a terra da garoa. 
O litoral de São Paulo é muito bonito. 



  Infelizmente quebrei o dedão do pé esquerdo no ano de 2014 e passei alguns anos sem saber o que fazer, pois não consegui atendimento pelo SUS. 
    Ficar de uma hora para outra sem poder fazer o que mais gostava foi um duro golpe. Mas, aos poucos, a fratura foi se calcificando. Passei a usar um tênis macio e às vezes colocando um solado extra de EVA comecei a andar mais ou menos normal. Eu mesmo fazia esses solados extras e ficava bem macio e então comecei a andar bem. Comecei até a voltar a jogar um futebolzinho, e fui campeão cinco vezes seguidas no torneio da primavera aqui em Belo Horizonte. É um campeonato realizado todos os anos entre os usuários dos serviços da saúde mental aqui da capital mineira. 
     Por volta do ano de 2017 redescobri a bicicleta. Comprei uma bem ruinzinha por um valor alto pelo que ela valia. O cara me vendeu a bike sem ela ter condições de subir. Só andava na reta. O cara morava longe e voltei para casa 30km empurrando na subida e andando muito mal nas retas. Cheguei um pouco detonado, mas o entusiasmo inicial se sobressaía a qualquer cansaço. 
    O tédio estava me dominando e corroendo a minha alma, até que, em 2019 resolvi fazer uma cicloviagem. Mas a bike que havia comprado não era boa e ainda tinha uma enorme solda onde fica o selim. Então procurei anúncios de bike usadas e encontrei um quadro de alumínio bem baratinho. 
   Coloquei algumas peças razoáveis nela e saí para a estrada. Enfrentei alguns perrengues de cicloviajante de primeira cicloviagem, mas foi uma  das melhores viagens que fiz durante os meus 56 anos de existência! A melhor que fiz foi o caminho velho da estrada real, pois o que gostava de fazer mesmo era andar no meio da natureza. 
    Foram 3050km em dois meses. Fui até a divisa do Espírito Santo com a Bahia, e desci o litoral capixaba até Marataízes, quase na divisa com o Rio de Janeiro. Fui até Cachoeiro do Itapemerim, e conheci a casa onde Roberto Carlos passou a sua infância. 
casa do Roberto Carlos em Cachoeiro do Itapemerim

     Depois, pedalei por algumas cidades do interior do Espírito Santo e Minas Gerais, em que pude concluir os 4 caminhos da estrada real, que comecei no ano de 2013. Missão dada é missão cumprida!
       Fiz esta primeira cicloviagem pela região sudeste, para pegar experiência. E também por que sou cismado. Penso que, se sair da região onde nasci irei me sentir um estranho. Quando fiz o caminho velho da estrada real estava com receio de atravessar a fronteira entre Minas Gerais e São Paulo. Pensava que os paulistas  iriam me hostilizar, mas, tenho um pouco de consciência que isso é paranoia de minha cabeça. Ter consciência de nossos problemas ajuda muito, mas não resolve todas as questões. 
    Quando pus os pés em terras paulistas, ao entrar em uma trilha no meio do mato, um helicóptero começou a sobrevoar o céu e pensei que estavam me monitorando. Era na cidade de Cruzeiro e os marcos que indicam o caminho a seguir na estrada real não estavam colocados em seus devidos lugares. Estavam jogados no chão, pois, na época a prefeitura não havia ainda feito o serviço. Por sorte encontrei um senhor chamado Jair que me deu as dicas sobre como percorrer a trilha. Se não fosse esse senhor iria ficar perdido no meio do mato e poderia escurecer. E ainda havia chovido na parte da tarde naquele dia. Ou seja, iria passar sérios apuros. E ainda o seu Jair me convidou para almoçar em sua casa que fica no início dessa trilha na cidade de Cruzeiro. Minas é conhecida pelo seu povo hospitaleiro, mas tem gente boa em todos os lugares. 
Se não fosse o seu Jair provavelmente iria ficar perdido na mata. 

     Andar por Minas Gerais é bão dimais. Ar puro, povo hospitaleiro, e a culinária então nem se fala. E também entramos em contato com a cultura desses lugares. Conheço um casal que tem condições de fazer a viagem de carro, mas preferiu fazer os quatro caminhos da estrada real a pé também. Eles dormiam em hotéis e não precisavam carregar uma barraca e uma mochila pesada nas costas, mas, pela idade deles, foi uma grande conquista também. 

Um pouco da cultura mineira. 

     Confesso que depois de 2 meses pedalando deu uma saudade de uma caminha bem aconchegante e uma TV para assistir filmes e séries. Então voltei para Beuzonte e aluguei um quartinho. 
    Mas em pouco tempo senti saudades de sentir o ventinho no rosto ao pedalar nas estradas. Planejei então uma nova cicloviagem, desta vez para o Uruguai. Seria um desafio muito grande para o esquizo aqui. Me sentia um estranho em outros estados, imagina em outro país! Mas a intenção era apenas ficar um dia por lá, pegar uma praia e voltar, só para falar que já fui no exterior. Ficaria cismado só de ficar ouvindo as pessoas falarem um idioma que não domino. Se bem que conheço um pouquinho de portunhol, pois acho muito legal falar esse idioma. Mas, infelizmente a pandemia chegou e resolvi não me arriscar e seguir as recomendações para ficarmos em casa. 
    Os anos seguintes também a pandemia não havia totalmente sido controlada e continuei em Belo Horizonte. Mas o tédio estava tomando conta de mim, estava fazendo tudo no automático, aquela rotina que detona qualquer pessoa. Estava tão entediado que nem havia comemorado o último torneio da primavera entre os usuários do serviço de saúde mental aqui em Belo Horizonte. 
      O tédio sempre foi minha companhia. Na época em que trabalhava não conseguia ficar mais de sete meses em uma firma. 
      Então resolvi fazer uma nova pedalança. Meio sem destino, sem planejar muito. Estou nos últimos preparativos finais para melhorar algumas coisas em relação à cicloviagem de 2019. E a manutenção básica, para não ficar com problemas mecânicos no meio do caminho. Está quase tudo pronto, faltam alguns detalhes, mas vai ser nos próximos dias. 
      Infelizmente parece que o custo de vida está aumentando muito e o salário mínimo está perdendo o seu valor de compra. Adquiri algumas peças da bike e outros equipamentos, mas ainda faltam algumas coisas. Quem puder ajudar é só fazer o PIX ou entrar em contato comigo pelo email abaixo. 
Pix   juliocesar_555@yahoo.com
Email  memoriasdeumesquizofrenico555@gmail.com
        Também podem me ajudar adquirindo meus livros, em que falo sobre esquizofrenia e outros assuntos, além dos diários de minhas viagens. 
       São cinco livros no formato PDF por apenas 20 reais!
      Além da ajuda financeira, orações e preces para que Deus e o meu anjo da guarda me protejam e me guiem pelo bom caminho mais uma vez nesta jornada. 
Abraços à todos e fiquem com Deus. 

      

segunda-feira, 29 de abril de 2024

O café em minha vida


 

O Café na infância na infância e na adolescência. 

     Na minha infância e adolescência não costumava tomar café, nem mesmo de manhãzinha, ao despertar. Acordava elétrico e já tinha bastante energia e ficava o dia inteiro jogando futebol, brincando de pegado-de-esconde no quarteirão inteiro, e às vezes saia andando pela cidade meio que sem destino, ficando perdido algumas vezes. E, claro, fazia muita bagunça, como ficar apertando a campainha do vizinho e sair correndo. E também pegar manga na casa do vizinho, apesar da geladeira estar lotada dessa fruta maravilhosa. E apesar do próprio vizinho nos doar uma sacola enorme da fruta que era abundando entre os meses de novembro e fevereiro. De noite eu e meus colegas montávamos uma operação especial para pegar as frutas fresquinhas no pé. Três pulavam o muro, um subia no pé o outro ia juntando as mangas e  o outro ia levando até o balde que era amarrado por uma corda. Já um ficava encima do muro para puxar a corda e entrega o balde cheio para um outro que ficava no prédio vizinho. E depois repartíamos igualmente entre todos os envolvidos na operação pega manga do vizinho. 
  O meu café e lanche consistia em Neston, nescau, biscoitos, cereais em flocos, etc. E comia muito besteira, doce sorvete, chocolate, rocambole e outros quitutes da culinária mineira. E adorava bolo também, principalmente de chocolate e a broa de fubá. Não engordava pois gastava muita energia na escola e na rua.    

Quando comecei a necessitar realmente de café

    A minha relação com o café começou em uma firma onde trabalhava, por volta dos 22 anos de idade. De tardezinha a empresa fornecia um pãozinho com manteiga e café. Com o tempo percebi que ficava mais animadinho depois de tomar o grão moído dessa fruta. Sim, o café é uma fruta. É algo que a maioria toma todos os dias e não sabe que se trata de uma fruta.  E então passei a tomar várias xícaras por dia, pois sempre ficava uma garrafa cheia de café no escritório da firma. Acho que fazem isso de propósito, para os funcionários ficarem mais produtivos. 
    Não sei exatamente quando a esquizofrenia apareceu em minha vida. Acredito que ela sempre esteve comigo, desde a infância, devido ao meu jeito meio maluquinho de ser. Afinal esquizofrenia não é somente os surtos e aquela piração toda. Me lembro que quando tinha uns oito anos de idade minha avó me levou à um hospital para fazer um eletroencefalograma por talvez suspeitar que eu tivesse algum tipo de problema ou transtorno mental. Sempre fui muito bagunceiro, agitado e brincalhão,  tive uma fase um pouco agressiva na minha infância, acho que dos sete aos dez anos de idade.  Me lembro que fiquei com um medo danado quando a enfermeira colocou aquele monte de fiozinho na minha cabeça. Imaginava que aquilo tudo era o tratamento para a minha agitação e maluquices, que iriam dar uns choquezinhos na minha cabeça para que ela ficasse boa. Por falar em choque, confesso que tinha uma mania meio estranha de botar um monte de formiguinha em um recipiente de plástico com água e depois ligar dois fios desencapados na tomada e deixar no baldezinho, só para ver as formiguinhas se contorcendo. Vi isso em um livro que um outro menino maluquinho e meio perverso fazia. Mas, felizmente essa fase de serial killer de formiguinhas durou pouco tempo. Mas tudo que via na TV ou então lia nas revistas eu fazia. Não separava a ficção da realidade, para mim era tudo a mesma coisa.
     Tinha várias outras manias e maluquices, mas isso contarei em outra postagem. 
    -Não precisa ficar cerrando os dentes.-disse a enfermeira, com voz suave. Aquilo me acalmou um pouco, mas fiquei espantado como ela havia adivinhado que eu estava apertando meus dentes. Claro que hoje sei que tudo é mostrado nas ondas elétricas que aparecem na folha do eletroencefalograma.     Mas aquele teste provavelmente não havia detectado nada, pois não fui levado à nenhuma psicóloga e nem cheguei a tomar nenhuma medicação na infância. 
   A esquizofrenia sempre esteve comigo, mas os surtos vieram por volta dos 29 anos de idade. E os sintomas positivos me fizeram abandonar o serviço, a perambular pelas brs, a morar nas ruas etc... E ainda não era chegado a tomar um cafezinho com frequência, apesar de ser um bom mineiro comedor de pão de queijo. Mas, com o passar dos anos, os sintomas positivos parecem ter dado lugar aos sintomas negativos. Confesso que fiquei um pouco apático, não achando graça em coisas que achava engraçadas antes. Acho que os sintomas negativos  não tomaram conta totalmente de mim por ter sido uma pessoa muito emotiva, e por isso ter sobrado um pouco de emoção em meu coração. 


    A energia foi baixando, e, no início achava que era a idade chegando. Mas não era bem isso.Comecei a estudar a esquizofrenia e havia descoberto que não é somente aquela piração de ter que ficar amarrado em uma camisa de força. Sim, eu tinha muitos preconceitos antes dos surtos aparecerem. 
    Enfim, com os sintomas negativos passei a sentir a necessidade de tomar um cafezinho. E comecei a tomar toda manhãzinha e às vezes de tardinha. E passei a apreciar essa bebida saborosa e estimulante. 
Mas, para mim era estimulante demais. Ficava um pouco agitado, um pouquinho nervoso às vezes e acho que um pouco mais paranoico, talvez por aumentar demais os níveis de dopamina no meu cérebro. 
    Quando tomava um cafezinho e andava de bike ficava mais sensível as emoções e aventuras de acelerar no pedal e sentir o ventinho no rosto. E, para piorar ficava escutando heavy metal na maior altura nos fones de ouvidos! Bike, café e rock n roll!!! Afinal café é uma droga que altera o nosso comportamento. Já o sexo no meu caso não entra na clássica frase pois, depois que os surtos aparecerem
em minha vida nem confusão passei a arrumar. No meu caso é eu e minha bike Margarida mesmo, a nossa relação não é deste mundo. 
  
     Não acho que o café seja uma bebida maléfica, desde que seja tomada com moderação. E cada um 
tem o seu organismo, obviamente. No caso das pessoas com transtornos mentais essa deliciosa bebida pode não fazer bem. 
    Em primeiro lugar por que a maioria das pessoas psicóticas tem problemas relacionados ao sono. E sabemos a importância de uma boa noite nos braços do Morfeu para uma boa saúde mental. 
   Em segundo lugar, pelo fato de ficarmos mais agitados e nervosos mesmo.  E era o que estava acontecendo comigo, se bem que sou uma pessoa bem tranquila, pois consigo me manter calmo mesmo sem situações estressantes. Mas aquelas situações acabavam meio que tirando minhas energias. Passei a tomar chás na parte da noite para ter uma boa noite de sono. 
Mas isso não bastava. Teria que largar o café para não ficar dependente de algo para realizar certas tarefas e também me sentir melhor. Não sou de esbravejar, elevar o tom de voz ou partir para a briga. Quando estava nervoso o meu tom de voz era bem baixo, apenas falava algumas coisas, evitava certas situações e saía de certos lugares e situações que me estressavam.
     E fiquei cerca de três anos nesse vício tão gostoso. Era tão bom tomar no centro da cidade aquele cafezinho moído na hora! E o cheiro então! Um dos mais deliciosos que já senti.

                               Como foi o meu processo de descafeinação. 

    Simplesmente resolvi parar de uma vez. Parei de fazer o cafezinho matinal para acordar. Levantar da cama até que era fácil, o problema era acordar de verdade para fazer certas coisas. O meu dia começava depois de tomar o cafezinho. 
    No início da minha descafeinação fiquei e ainda estou meio lento. Os primeiros dias foram terríveis. Lerdeza, fraqueza, desânimo total. Raciocínio lento, mas estava mais tranquilo e em paz, não me estressando com coisas banais, nem com os vizinhos chatos que têm por aqui. Alguns falam somente sobre futebol e era meio complicado de ficar ouvindo aquela mesma conversa de anos. Mas agora é como se estivesse passando direto por um ouvido e saindo por outro. E tem aqueles que reclamam do tempo e outros que falam da vida alheia. E outros falam somente de política. Dizem que sou inteligente, mas na verdade apenas procurei em minha vida ouvir e estar perto de pessoas inteligentes antes da internet aparecer. Aprendi muita coisa observando pessoas inteligentes. Hoje, como bom antissocial que sou procuro aprender coisas positivas surfando na net mesmo, que é como a vida real, a gente escolhe o caminha a seguir. Na vida são os caminhos, na net são os endereços que digitamos nos navegadores. 
E ainda tem a facilidade de se bloquear pessoas inconvenientes com apenas dois cliques e está tudo resolvido. Simples né?


    Então as duas primeiras semanas foram terríveis. Muito lento mesmo. Mas aos poucos meu sono foi melhorando e  sinto que estou acordando melhor e com o raciocínio melhorando também. Acredito que isso também tem a ver com o biorritmo de cada um. Alguns funcionam bem de noite e outros já funcionam melhor de dia. 
    

Estou me sentindo muito bem sem o café 


    Mas, no geral, ficar sem café está trazendo resultados positivos, apesar de ser quase um sacrilégio para um bom mineiro. Já faz algum tempo que não tomo antipsicóticos, que diminuem muito a dopamina e quase que nos obriga a tomar vários cafezinhos por dia para ter ânimo de realizar alguma tarefa. 
     Estou tomando um cafezinho uma vez por semana, para jogar futebol no centro de convivência. Me deixa mais alerta e com rapidez para tomar as decisões e fazer as jogadas certas. 

Não me estressei com a atendente de telemarketing!

Estou me sentindo tão bem sem o café que hoje conversei com a atendente do cartão do meu cartão de crédito quase estourado para me explicar certos valores que não entendi como apareceram na lista de compras. 
A fatura quando a gente compra um produto e devolve é um pouco complicada de se entender. A gente paga 3 parcelas, a empresa faz um crédito no valor total do produto e aí as parcelas continuam aparecendo nas faturas seguintes. Não seria mais fácil devolver apenas as parcelas pagas e assim acabar com a novela?
    Pois bem, essa era uma das dúvidas que eu iria tirar. Após digitar o meu CPF três vezes, os últimos quatro números da minha conta, os quatro números da data do meu aniversário, e teclar as opções para falar sobre o cartão de crédito finalmente eu entrei para a fila de espera para falar com uma atendente. 
Até que não demorou muito, mas a musiquinha que somos obrigados a ouvir enquanto esperamos é muito chata e a qualidade do som, péssima. Deveriam colocar uma música clássica com uma qualidade de som melhor né?
    Para piorar foi uma complicação danada para me entender com a moça, pois não entendia como funcionava no cartão os valores a receber de uma mercadoria devolvida. Acessa a fatura atual, acessa a fatura anterior, aquele monte de número e informações na fatura, etc...
    E não é que não perdi a paciência? Conversei com a atendente numa boa e após um bom tempo entendi como funciona o esquema de valores na devolução de mercadorias. Concordo que as empresas devem dificultar um pouco essa devolução, se o valor for devolvido na hora na conta o que vai ter de gente "comprando" equipamentos para testar não é brincadeira. 
     E até conversei um pouco mais com a atendente. Só no final que errei na hora de dar a nota, pois a conversa foi um pouco cansativa e fui logo dando nota 5 cinco pensando que quanto mais alta melhor. Mas era o contrário, teria que teclar a opção 1, que seria a melhor avaliação para o atendimento, pois ela foi bem legal comigo. Mas ficou com a consciência pesada o resto do dia. Acho que atendente de telemarketing e de reclamações e informações deveria ser classificada como insalubre. Não aquela insalubridade da qualidade do ar e de outros fatores, seria uma insalubridade mental, afinal elas têm que aguentar muita coisa durante a jornada de trabalho. 
     Me lembro que por volta do ano de 2008 descarreguei minha raiva toda em uma atendente de telemarketing da operador de internet que havia contratado. Na época a velocidade era de míseros 150Kbps. Tinha que ter bastante paciência para abrir o orkut e outros sites. Mas, para piorar, na parte da tarde a velocidade caía bastante. E a justificativa era de que morava no centro da cidade. Enfim, o que já era ruim ficava ainda pior em boa parte do dia. Mas a atendente não tinha culpa nenhuma da situação. Enfim, a bomba estoura toda nas mãos das atendentes. 

  
Não estou me importando mais com as indiretas do facebook




    Até um pouco tempo atrás imaginava que qualquer crítica em uma postagem do face era diretamente direcionada à minha pessoa. Às vezes respondia, ás vezes ignorava e muitas vezes bloqueava o autor da postagem. Mas a verdade é que também esta rede social está se tornando uma rede cheia de pessoas santinhas julgando as outras e ditando o que é certo e o errado. Nem vai precisar de Deus no juízo final julgar as pessoas. As beatas do face  já o fizeram.
     Mas hoje passo direto nas postagens que são indiretas para alguém ou são apenas de pessoas que se acham melhores do que as outras e têm tempo de sobra para postagem lição de moral no face. Eu já tenho tempo de sobra é para postar meme mesmo. rsrsrsrs
    Se por acaso a indireta for realmente para a minha pessoa também passo direto, estou ficando cada vez mais tranquilo e zen. Nem preciso ser budista para ter a paz. 
    Hoje o face apenas é para curtir os memes, conversar com os poucos amigos que tenho, digo amigos conhecidos, pois adicionados tenho quase cinco mil. E também ver dicas de filmes na Netflix nos grupos. Não tenho Netflix, baixo torrent mesmo. É proibido, dizem que a polícia federal fica de olho, mas acho que eles deveriam ficar de olho em um monte de gente corrupta que tem por aí e estão à solta roubando à vontade. 

Até que não fui muito chato no futebol no centro de conviência!

   Essa foi a maior e mais agradável surpresa de todas! Não me estressei no futebol. Fiquei no gol apesar de ser um exímio artilheiro. Gosto também de evitar os gols. Acho que por ter os braços grandes consigo fazer boas defesas. Não me estressei no futebol, apenas sou um pouco chatinho para que meus colegas de equipe se dediquem na marcação adversária e se desloquem para receber a bola em boas condições e também confundir o adversário. Acho que seria um bom técnico de futebol. 

Considerações finais.

Devemos procurar outros meios de aumentar a dopamia

    Enfim, o cafezinho é uma excelente bebida, mas, para quem tem algum tipo de transtorno mental, ou de ansiedade, devem evitar essa maravilha e cheirosa bebida. 
    No meu caso em particular só está me fazendo bem, apesar da moleza inicial matinal e também por meu organismo estar viciado no aumento de dopamina que essa bebida proporciona. 
     E também pelo fato de ser um bom mineiro e adorar um pão de queijo é um cafezinho. O pão de queijo continuo apreciando, mas sem o cafezinho dá a sensação de que está faltando alguma coisa. É que nem goiabada com queijo, o tradicional romeu e julieta. 
    Ainda não pesquisei o preço do café descafeinado, se é tão bom como o original. Acredito que não, deve ser que nem cachaça descachaçada para quem gosta de tomar uma birita. 

domingo, 17 de março de 2024

Divagações esquizofrênicas 23

Um raio em mim....


     Há alguns dias atrás, estava normalmente (e entediadamente!) surfando na internet, quando, de repente, ouvi o estrondo: "Cabrum!" (onomatopeia de raio).
    Para falar a verdade o som que ouvi não foi "cabrum"  e sim algo como "bummmm!", de tão forte que foi o raio que havia caído perto de onde eu moro. A impressão que tive é que caiu bem em cima do meu quarto. Tanto é que fiquei esperando algo cair ou desmoronar em mim.
    Mas isto não aconteceu. Olhei para o notebook e notei que ele havia desligado. O mesmo acontecera com a minha TV Sony Bravia de 32 polegadas que havia comprado com muito custo na época em que estava fazendo minhas andanças pelo Brasil e assim economizando uma graninha por não estar pagando aluguel. (que falta faz umas vírgulas shasuasuahsuashas)
      Não tenho medo de raios, mas aquele dia tive. Até por que, de início não sabia que se tratava de tal fenômeno da natureza. Me lembro que, no ano de 2014 estava fazendo minhas andanças pelo litoral de São Paulo, quando começou a cair uma torrencial chuva. Motoristas e pedestres se deslocaram rapidamente para um posto de gasolina próximo de onde eu estava caminhando com a minha mochila. Mas  continuei a minha caminhada, apesar de ver  os raios caindo ao lado da BR. No final das contas agradeci aquela água vinda do céu pois 2014 foi um ano de recordes nas temperaturas no estado de São Paulo. E aproveitei também para, além de me refrescar, lavar o meu cabelo, pois nem sempre temos a oportunidade para tal ato em uma caminhada solitária e sem muitos recursos. Abri a mochila e peguei o shampoo e o condicionador e fui lavando o meu cabelo enquanto caminhava....
      Em 2019 fiz uma boa pedalança pela região sudeste. Havia quebrado o dedão do pé esquerdo e então resolvi continuar a caminhada com a minha bike. Aliás desde pequeno tinha esse espírito aventureiro de andar por aí e conhecer novos lugares. Me lembro que às vezes ficava perdido pelas ruas de Belo Horizonte e uma certa vez uma mulher me deu dinheiro para passagem de ônibus que me levaria para o centro da cidade. Na época eu deveria ter uns 12 anos. Mas, voltando à pedalança, logo no segundo dia tive que enfrentar uma serra braba entre Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro, nas proximidades de Belo Horizonte. Foram 72km de muito calor e a maior parte do trajeto tive que empurrar a Margarida. Aquele dia rezei para cair uma chuvinha do céu, e, para minha alegria, minha prece foi atendida. Novamente muita chuva e muitos raios caindo perto da BR, mas continuei a caminhar mais refrescado e animado. Acredito que não iria conseguir completar os 72km se não fosse aquela chuvinha abençoada. Fico cansado só de pensar nessas distâncias, mas acho que na hora H, na estrada, vem uma adrenalina ou outra ina incentivadora que nos faz seguir o trajeto e chegar ao destino. Cansado e detonado, mas acabo chegando.
    Voltando aos dias atuais, fiquei apertando os botões de liga/desliga da TV e do note até cair na real: um raio como nunca ouvira antes havia caído onde eu morava e detonado os meus equipamentos.
    De início fiquei desolado, não sei por que me apego aos bens materiais que comprei. Não sei se pelo esforço de ter que juntar o dinheiro ou pelo fato de ser meio diferente mesmo do restante da população considerada normal. Só para terem uma ideia, a minha bike tem até nome e um dia ainda pretendo me  casar com ela em uma ocasião informal, já que no Brasil é proibido o casamento entre humanos e objetos. 
Esta é a minha companheira inseparável, a Margarida


    Os primeiros dias foram terríveis, ficava olhando para a TV e o note sem vida, e, de vez em quando apertava o botão power para ver se davam algum sinal de vida. 
     Fora a abstinência de uma pessoa que fica praticamente o dia inteiro na frente do computador. Quando saio da frente do computador vou para a cama assistir um filme, já que o notebook está conectado à TV via cabo HDMI. Aliás, bendito cabo HDMI que livrai-nos da programação da TV aberta...

    Tinha um notebook Dell com tela de 14 polegadas e sempre sonhava em ter um com tela de 15. A verdade é que também era uma necessidade, a idade vai passando e a miopia vai chegando. Havia feito um empréstimo que iria acabar de pagar no ano de 2025. Enfim, desolação total.
    Fiquei um bom tempo pensando que era um castigo divino, mas, ao olhar o noticiário vi que o negócio foi complicado aqui em Belo Horizonte. Várias pessoas relatando queima de eletrodomésticos e outros aparelhos. Aliás, nem uma estação de metrô conseguiu escapar e acabou pegando fogo. 
    O orçamento de quem é aposentado e vive(ou sobrevive) de um salário mínimo é um pouco apertado, mas, mesmo assim resolvi fazer um novo empréstimo. Consigo ficar um dia sem internet, só ouvindo músicas, mas sei que mais dia menos dia irei sentir as crises de abstinência de um viciado no mundo virtual. Mas, fora isso, tem a realidade, hoje em dia precisamos e muito da internet para várias situações. 
    Então comprei um PC, que, além de mais barato é mais resistente às intempéries do tempo e as oscilações de voltagem na corrente elétrica. E também é mais rápido do que o notebook. Exemplificando, o mesmo processador do PC é mais rápido do que o mesmo processador do notebook. Talvez por ser maior e também por ter melhor ventilação ele pode ser mais exigido.
E tem outra vantagem importantíssima do computador para o notebook. Se estragar o PC tem muito mais chances de ser recuperado, pois os componentes não são soldados na placa, como acontece em boa parte dos notebooks atuais.  Enfim, só uma opinião de quem procura entender um pouco de tudo, pois se procurarmos entender tudo sobre tudo acabamos pirando...
       Já a TV consegui consertar pois tive a oportunidade de estudar eletrônica e consegui encontrar a placa principal por um preço bem bacana. E além de tudo tive um pequeno desconto de 30 reais no site onde faço minhas compras virtuais. 
     Os dias sem internet foram difíceis mas serviram para perceber que estava ficando mais tempo na frente da tela do que o necessário. Fiquei mais bem disposto e minhas vistas melhoraram e não ficaram embaçadas, pois ficava realmente o dia inteiro no notebook, desde às seis da manhã até por volta da meia noite. 
    A internet é algo necessário e bom. Os seres humanos é que são maus e que produzem o conteúdo que estão no mundo virtual. É como na vida real, podemos escolher o caminho a ser seguido, ou, os endereços a serem digitados ou as pesquisas a serem realizadas. 

Quem pude ajudar...

      Como relatei o meu orçamento é um pouco apertado, e ainda tenho que pagar o notebook e o empréstimo que fiz para pagar o PC. O que faço no blog e no canal no youtube é com muito carinho e, além de servir como terapia, ajuda a dar um pouco de sentido para a minha vida. Devemos ocupar nossas mentes com coisas positivas e úteis, e o tratamento não é somente ou não deveria ser somente medicamentoso. Mais terapias e menos medicamentos é o meu lema. 
    Não tenho gastos com o canal e nem com o blog, pois de qualquer forma iria ter um PC e usar a internet. Fico feliz em poder ajudar algumas pessoas com os meus relatos. 
    Qualquer ajuda é bem vinda. O PIX está abaixo. Qualquer dúvida é só enviar o email para
memoriasdeumesquizofrenico555@gmail.com

PIX juliocesar_555@yahoo.com
    Abração à todos e até a próxima. 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

O dia da pessoa peculiar

10 de janeiro 
O dia da pessoa peculiar

Origem

    Todo dia 10 de janeiro é comemorado o dia da pessoa peculiar. É uma data  comemorada nos Estados Unidos, mas que infelizmente passa sempre desapercebida aqui em nosso país, apesar de termos tantas tribos diferentes. 
    A origem e quem criou esse dia são desconhecidos. Mas o termo "povo peculiar" vem da frase "povo escolhido" do livro bíblico Deuteronômio. Significa "separados" ou pessoas preciosas". Também o termo peculiar está citado em outro livro da bíblia "“Sereis a Minha Propriedade Peculiar” Êxodo 15–20; 32–34
    Outra passagem da bíblia que gosto bastante de citar está no livro de 1 Coríntios 3:19
"Porquanto a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus"
 "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem"  
Resumindo: Os homens acham loucura os ensinamentos de Deus e vice versa. 
   Até na questão religiosa sou uma pessoa peculiar. Não sou católico e nem evangélico. Nasci em uma família católica, frequentei igrejas evangélicas, já fui em templo Hare Khrisna, espírita e outras. Hoje acredito em um Deus criador  e que não te cobra nenhum centavo para ir a qualquer lugar depois de nossa passagem por este planeta. Também acredito que Deus não seja esse ser castigador e vingativo que muitos líderes religiosos insistem em propagar por aí, talvez numa tentativa de manter sob controle os seus fiéis. 

Mas, afinal, o que é ser peculiar?

   Mas, voltando ao dia das pessoas peculiares, o que afinal vem a ser esse termo nos dias de hoje?
    Peculiar para mim são pessoas questionadoras, pessoas que não aceitam imposições sobre o que é normal ou o que não é. Questionam o que a maioria acredita ser o certo e errado. São pessoas corajosas e que não tem medo de ser o que realmente são. Pessoas peculiares são pessoas verdadeiras e que enfrentam consequências por tal ato, por não acharem graça nenhuma em ser o que os outros querem que elas sejam. 
    Os grandes inventores eram pessoas peculiares. Sem essas pessoas "estranhas" e "esquisitas" talvez o mundo seria bem diferente. Sem dúvidas eram pessoas inteligentíssimas também, mas, acima de tudo, peculiares, vivendo em sua maioria isoladas e mergulhadas em seus estudos e descobertas. 
Santos Dumont foi considerado louco por muitas pessoas da época

Por que não comemorar o dia da pessoa peculiar no Brasil?

   Seria uma boa que essa data fosse comemorada em nosso país. Seria um dia para celebrar as diferenças. Diferenças de ser, estar, agir e pensar. Não falo de supostas minorias, falo sim de peculiaridade, que é algo totalmente diferente. Mas é quase uma utopia ver essa data ser celebrada em uma nação  que atualmente está tão polarizada e violenta. Ideologias sócio políticas iriam impedir a união e comemoração  de um ato que é tão legal, que é exteriorizar o nosso interior. Acredito que a maioria das pessoas têm suas peculiaridades, mas as crenças limitantes e estereótipos impostas pela sociedade acabam por tirar a nossa liberdade de sermos nós mesmos. 
    Algumas pessoas são bem mais peculiares do que as outras. E isso gera piadas de mau gosto, desprezo e preconceito. Não considero o termo peculiar uma ofensa e sim uma grande qualidade, ser normal em um mundo cada vez mais violento e materialista  não é algo tão positivo assim. 
    Podemos ser o que quisermos ser, desde que isso não prejudique o próximo. 

"Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte."
1 Coríntios 1:27


Minhas peculiaridades

     Se eu fosse citar todas as minhas peculiaridades nesta postagem, acredito que iria ser do tamanho de uma bíblia, tamanha a minha peculiaridade. 
    Agora mesmo fiz uma peculiaridade. Coloquei uma sacola de supermercado na cabeça para tomar banho, pois não gosto de dormir com os cabelos molhados. Noto que alguns vizinhos acham bem estranha essa atitude (e confesso que fico meio esquisito mesmo com a sacola na cabeça)
    E desde pequeno fui sempre peculiar. Não gostava que comemorassem o meu aniversário. Tenho uma vaga lembrança da única vez que fizeram festa para comemorar a data do meu nascimento. Estava na mesa, com a cara emburrada e os meus colegas cantando o parabéns. Estava de braços cruzados e com um olhar nada amigável, apesar da mesa estar repleta de doces e com um bolo de aniversário, que adoro, mas na festa dos outros. Acho que até eu mesmo não sei por que não gosto de comemorar o meu aniversário. Só sei que desde aquele dia nunca mais fizeram festa para mim. 
     Quando criança gostava muito de conversar com os adultos e eles se surpreendiam com o meu jeito de falar de igual para igual. Sempre fui muito observador e curioso e aprendia muita coisa assistindo televisão, coisa que hoje em dia não é possível. Aliás, é possível sim, só não sei dizer se o conteúdo é tão interessante assim, se estimula os nossos neurônios... Na escola não era raro eu frequentar as outras salas de aula. 
    Na adolescência, para ficar ainda mais peculiar comecei a curtir heavy metal. Mas até entre os roqueiros não me sentia totalmente em uma tribo. Não gostava de beber e os caras bebiam muito, até cachaça bem amarga. Gostava do Phill Collins, Lionel Ritchie, mas não ouvia Michael Jackson, o grande sucesso da época. Aliás, ouvia, meio sem querer, pois a música dele tocava em todos os lugares. Hoje em dia gosto das músicas dele. 
    E assim que fui crescendo minhas peculiaridades também cresceram. Não raramente minhas namoradas me achavam estranho, esquisito, e sempre me perguntavam por que eu era tão calado.
    -Fala alguma coisa!- me pediam.
    -Alguma coisa... - eu dizia. 
    Já adulto minhas peculiaridades meio que me isolaram do mundo. Não achava nenhuma pessoa peculiar para conversar, achava tudo muito monótono e entediante. Queria que um disco voador aparecesse na minha frente para ter alguém para conversar e dar uma voltinhas por aí em lugares diferentes... 
    Hoje, mais maduro, continuo com as minhas peculiaridades, mas me aceitando melhor do que no início de minha vida. Fico bem no meu cantinho, ouvindo minhas músicas peculiares que não são tão ouvidas assim pela maioria das pessoas. Não assisto os filmes campeões de bilheteria (até hoje não vi Titanic). 
    Para terminar, não poderia de postar esse vídeo com essa música com uma letra tão singela mas que fala muita coisa.