Qual a pior saudade? A dos amigos, familiares, ou a do primeiro amor? Sem querer dar uma de egoísta, mas a pior saudade que podemos ter é a de nós mesmos. Quando paramos no tempo e começamos a nos lembrar do passado para termos momentos de alegria e então sorrimos, é sinal de que o presente não está tão bom assim. Eu tenho essa saudade. Saudades de um cara distraído, até meio bobão, que não reparava em nada em sua volta.
Resolvi tocar nesse assunto, pois, na semana passada, resolvi gravar alguns vídeos para um trabalho de faculdade para uma estudante de administração.
Na hora de gravar os vídeos fiquei tenso, travado, os músculos contraídos. Consequentemente as ideias não saíram com naturalidade e não falei fluentemente, chegando até mesmo a gaguejar. Não estava falando para uma platéia de mil pessoas, ou gravando algo em uma emissora de tv, estava apenas em frente a uma webcam, e sozinho!
Quando clico no botãozinho da câmera para começar a gravação, inúmeras perguntas invadem minha mente, tento me concentrar, mas não consigo, e às vezes me perco no meio da gravação e repito algumas coisas. Mas mesmo assim resolvi continuar a gravar os vídeos e os mandei assim mesmo para a estudante, sem cortes. Não gosto de parar a gravação quando erro ou gaguejo, quero que tudo seja da maneira mais natural possível, mesmo com todos os erros ou falhas.
Minha mente volta ao um passado distante, há cerca de vinte anos atrás, quando era apenas um cara que não reparava nada em sua volta. Chego a me lembrar da época em que trabalhava como operador de som em uma cidade próximo de onde moro atualmente. Estava trabalhando em um festival de música e a repórter da afiliada da Globo aqui da região perguntou-me se poderia fazer algumas perguntas. Eu, com a maior naturalidade, respondi que sim. Não tive receio nenhum, não pensei em nada e na hora de gravar tudo saiu com a maior naturalidade. A única coisa que cheguei a pensar na hora é que iria aparecer na TV, e confesso que fiquei todo bobo com essa ideia.
Comparo essas duas experiências que tive com uma câmera e fico profundamente triste. Como posso ficar assim hoje em dia, em frente de uma simples webcam? Fico pensativo e chego a duvidar se existe ou existirá um medicamento para isso, que deixe a mente tranquila sem deixar que o corpo padeça e que não cause tantos efeitos colaterais.
Volto então a me lembrar de outras situações da época em que trabalhava como operador de som. Tinha que ficar no meio da multidão nos shows, e isso não me incomodava em nada, até quando as paranoias começaram a tomar conta de minha mente. Me lembro de algumas tardes de domingo aqui em Ipatinga, onde tinha que fazer a sonorização de um bingo de automóveis que acontecia no estádio aqui da cidade, com capacidade para trinta mil pessoas na época. Creio que até poderia ter mais pessoas nos bingos, pois, quando se olhava para as arquibancadas, não se via nenhum espaço vazio. Mas, para mim, naquela época não havia nenhuma diferença se o estádio estava lotado ou não. Instalava a mesa de som debaixo do palco, que era montado no meio do campo. Colocava a mesa em uma altura em que dava para operá-la sentado na grama mesmo, e, para completar tirava o tênis para poder pisar na grama e sentir a energia da terra. Não sei se isso acontece com todos, mas sinto uma energia boa quando piso na grama ou na areia. Caminhar descalço na grama ou na areia é um bom exercício para se tirar o stress. O bingo então começava e era só uma questão de tempo para que o evento terminasse, pois não reparava em nada e não tinha nenhuma preocupação, apesar de ser um serviço de muita responsabilidade, pois, se as pessoas que compraram as cartelas não ouvissem em alto e bom som os números, com certeza iriam ficar revoltadas e começariam a vaiar o operador de som.
Volto ainda mais na linha do tempo da minha vida. Na sala de aula, por volta dos doze anos de idade, apresento um trabalho de grupo em frente ao quadro negro. Estou super tranquilo, sem receio nenhum e as palavras saem com a maior naturalidade. Consigo visualizar os meus colegas que ficavam admirados com o que eu dizia, até parecia gente grande.
Indo um pouco a frente, me lembro de alguns shows em que fui, e a única coisa em que reparava era a banda, nas músicas, nos sons, somente isso.
A última vez que fui a um show foi no ano de 2006, e me lembro que sai de lá com a musculatura das costas e do pescoço bem dolorida, por causa da tensão em que fiquei. Hoje tenho alguns problemas em relação aos dentes, algo parecido com o bruxismo, mas só que acontece de dia. Não chego a ficar batendo os dentes um contra o outro, durante a noite, mas sinto que fico pressionando os dentes de cima contra os de baixo, e isso já até causou desgaste em alguns, pois a pressão interna do dente é tão grande que acaba trincando-o, devido ao stress.
Foi em 2006 que também foi a última vez que fui à um estádio de futebol para ver o meu time jogar. Estava precavido, com dois comprimidos de diazepan no bolso, mas, infelizmente, na hora eles não surtiram efeito, e então tive que recorrer a duas latinhas de cerveja, para tirar um pouco da tensão. Não recomendo que ninguém faça isso, foi um caso de emergência, ou eu pirava ou então voltava para casa. Mas, como era o meu time do coração e o jogo era decisivo...
Já em 2009, o meu time voltou a jogar aqui em Ipatinga, mas eu nem cogitei a ideia de comprar um ingresso. Foi ai que percebi que o caso era grave.
Volto ao presente e percebo que, de noite,na maioria das vezes, dá para se contar as palavras que foram ditas por mim durante o dia. Atualmente estou monossilábico, as palavras mais ditas por mim ultimamente são: sim, não, talvez, só. Quando estou um pouco animado, entro no msn para digitar algumas palavras e trocar algumas ideias com os amigos virtuais, geralmente pessoas que tem o mesmo transtorno que eu tenho ou algo parecido.
Quando vou à padaria, compro pão suficiente para uns quatro dias, para que eu saia de casa o menos possível. Ou seja, não como pão dormido, e sim pão hibernado. É meio ruim comer o pão assim, mas, pesando os prós e os contras, é melhor do que ir à padaria todos os dias.
Desculpem-me se estou saudosista demais hoje. Mas, afinal, isso também pode acontecer com qualquer um, afinal, quem nunca chegou a sentir saudades de si mesmo? Não falo tanto no aspecto físico, a saudade de quando uma pessoa fica mais madura e sente saudades do tempo em que tinha mais energia e beleza física. Falo mais no aspecto emocional e psicológico mesmo. Será que, quando nos tornamos adultos e conhecemos como funciona certas coisas em alguns setores da sociedade, não sentimos saudades de quando éramos inocentes e não conhecíamos a maldade humana? Será essa saudade um componente da esquizofrenia e a causa de uma possível negação da realidade? Um mundo cheio de injustiças, maldades, crueldades, talvez não seria um motivo para uma pessoa criar um mundo só seu? Será que existe um medicamento que solucione os problemas da alma? Sinceramente não sei, quanto mais me aprofundo no tema, mais interrogações aparecem em minha cabeça.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Por que não tenho mais surtos?
Muitas vezes, nos comentários do blog, do youtube ou até mesmo por emails, muitas pessoas me perguntam sobre o que eu fiz para me livrar da esquizofrenia, dos surtos psicóticos, etc. Geralmente são familiares ou namoradas de esquizofrênicos procurando uma saída para esse problema. Algumas vezes os próprios portadores em crise, chegam até a mim perguntando se existe uma saída para esse transtorno. Infelizmente não tenho essa resposta, mas sinto-me honrado por me acharem capaz de ajudar em alguma coisa e procuro fazer isso da maneira que posso, pois já passei por alguns surtos e sei como é isso. Sei que não deve ser nada fácil para os familiares que lidam com isso pela primeira vez, pois a falta de conhecimento sobre o assunto é grande. É quase impossível convencer o esquizofrênico que está tendo o primeiro surto, de que suas alucinações visuais ou auditivas não são realidade, ou que a mania de perseguição é fruto de sua imaginação.
Bem, a verdade é que não me curei da esquizofrenia simplesmente pelo fato de ainda não haver cura para essa patologia. Muitos chegam a comentar que não tenho nada, que estou super bem, ao verem os meus vídeos no youtube. Acho que muitas pessoas e profissionais da área de saúde fazem o diagnóstico apenas olhando o aspecto físico da pessoa, ou seja, se ela está penteando o cabelo, se está fazendo a barba, etc. A verdade é que alguém pode estar muito mal psicologicamente mesmo estando com os cabelos penteados e se vestindo adequadamente.
Tem dias que me sinto bem, outros nem tanto e tem dias que não dá vontade nem de sair da cama. Quando sou acordado de um sonho então, nem se fala. Levo um choque brutal da realidade e fico muito decepcionado ao constatar que era apenas um sonho o que estava acontecendo. Me lembro até hoje de um sonho interrompido bruscamente pela vizinha barraqueira que estava brigando às sete horas da manhã. No sonho eu estava beijando uma linda mulher embaixo de uma árvore, coisa que eu não faço há tempos, nem embaixo da árvore nem em lugar nenhum. Ficar sem beijar faz mal a saúde, sem brincadeira. Um abraço então, nem se fala. Tem alguns posts no facebook que falam sobre os benefícios de um abraço.
É muito frustrante acordar de um sonho, ainda mais quando temos uma vida monótona e com uma rotina entediante e que teremos mais um dia como outro qualquer pela frente. Aquele dia fiquei super chateado, pois o sonho parecia ser tão real e fui interrompido na melhor parte por uma briga de vizinhos. Não se pode namorar nem em sonhos?
Mas, voltando ao assunto inicial, em que as pessoas questionam sobre a melhor forma de como se lidar com a esquizofrenia, digo simplesmente que não existe tal fórmula mágica. Cada caso de esquizofrenia é único, como disse o autor do livro ""Cadê minha sorte? "Não existe a esquizofrenia, e sim as esquizofrenias".
Acho que não tenho mais surtos por que já passei da fase dos sintomas "positivos" e estou nos negativos. Ando meio apático, desanimado, sem vontade para fazer coisa alguma. Vou experimentar o ômega 3, pois além de dizerem que é bom contra a esquizofrenia, também ajuda a combater a depressão. Hoje sofro mais com a mania de perseguição, mas já não tenho alucinações.
Preciso do ômega três também para diminuir os triglicerídeos, que estão bem acima do tolerável, que é 200mg. Atualmente o meu está na faixa dos 520mg. Infelizmente, sou chocólatra, me acostumei a comer chocolate e tudo o que tem a substância que faz aumentar o bom humor. Ou seja, torta de chocolate, sorvete de chocolate, brigadeiro,etc. Pelo menos em mim o efeito é imediato, tudo fica melhor, acho graça em coisas que comumente não acharia. Se o ômega 3 der certo, compartilharei com todos aqui do blog. Não estou aqui incentivando as pessoas abandonarem o tratamento convencional e sim algo para complementá-lo, pois as pesquisas deram um bom resultado e não custa nada experimentar um produto natural que, além de tudo, faz bem ao coração. Se não der certo, vou experimentar a sertralina, apesar de achar horrível a ideia de que o meu humor dependa de um medicamento. Mas pesando os prós e os contras, é melhor depender do medicamento do que ficar se empanturrando de chocolate e correr o risco de ter um ataque cardíaco. Sem contar que chocolate é meio caro né?
Um outro fator que sinto que contribui para a diminuição dos surtos é a idade. Já tenho 43 anos e me lembro de ter lido algo a respeito em algum site, se bem que não devemos confiar em tudo o que achamos por ai na web. Mas a maturidade ajuda em muitas coisas, deixamos de ser mesquinhos, temos outra visão de mundo, temos outros valores, etc. Claro que, se a pessoa não se tratar, provavelmente ela só irá piorar com o passar do tempo.
O fato de tentar me cuidar da melhor maneira possível ajuda e muito a diminuir as chances de surtos. Procuro me alimentar bem, dormir bem (quando os vizinhos deixam), evito situações estressantes e evito bebidas e drogas. Sou um careta assumido, meio maluco de nascença mesmo. rsrsrsrs Tento também voltar a caminhar, mas ao invés da caminhada produzir endorfinas em meu corpo, é só a dor que ela provoca mesmo, acho que é coisa da idade , se bem que vejo um monte de gente com 50 anos fazendo caminhada no parque. Gostaria de saber quem inventou a frase de que a vida começa aos 40.
Mas o principal fator para que eu não tenha mais surtos talvez seja o tipo de esquizofrenia que tenho. Acredito que o que eu tinha era uma esquizofrenia simples, que me atrapalhava um pouco nas relações do dia a dia, mas que dava para ser administrada. Apenas me achava um cara esquisito e muito tímido.
Mas, certo dia, como um soldado que enlouquece em uma guerra violenta e sanguinolenta, eu tive meus surtos, devido a fatores externos muito estressantes. A sensação era de que estava em uma guerra mesmo, só que o bombardeio era mental, através de chacotas e calúnias. Isto realmente aconteceu, não foi fruto de minhas paranoias. Por motivos que até hoje desconheço, em uma certa cidade tive muitas inimizades, principalmente no trabalho e no bairro onde morava. Não aguentei a barra e minha mente começou a aumentar a realidade, até imaginar que o mundo inteiro estava contra mim. O surto não vem de uma hora para outra, é uma bola de neve que vai crescendo aos poucos e, quando damos conta, já estamos surtados.
As pessoas naquela cidade sabiam o meu ponto fraco, que eram as palavras. Infelizmente, algumas pessoas viram o meu caderno em que eu fazia algumas anotações sobre os meus sentimentos e leram a parte em que eu dizia que uma palavra me feria mais do que uma flechada em meu coração. Elas contaram o fato aos vizinhos e, em pouco tempo, o bairro inteirinho já sabia do meu calcanhar de aquiles. Os meus desafetos e outras pessoas aproveitaram e começaram a fazer comentários maldosos a meu respeito perto de mim, com a intenção de que eu ouvisse mesmo, para assim me desestabilizarem. Com o tempo, passei a imaginar esses comentários aonde eu fosse e já não sabia distinguir o real do imaginário. A solução que encontrei foi levantar a bandeira branca e ir embora daquela cidade. Até me estabilizar, foi um longo processo, de idas e vindas por esse mundo cruel e desconhecido chamado esquizofrenia.
Sai dessa guerra ferido, mas não morto. Hoje me sinto fortalecido com as experiências que tive e aprendi a não dar atenção a opinião alheia. Uma experiência de quase morte modifica completamente os nossos conceitos.Hoje sei filtrar as críticas, e gosto até de recebê-las, pois assim posso evoluir em algumas coisas. Às vezes, faço uma visita a essa cidade onde tive os surtos e inimizades, para mostrar que estou vivo, pois, quando pegava uma simples dengue, a cidade praticamente decretava minha morte, sem exageros.
Se fosse para colocar uma porcentagem nas causas dos meus surtos psicóticos, diria que 35% se deu em razão dos fatores genéticos ou biológicos e 65% devidos aos fatores externos, que foi o bombardeio mental na cidade que prefiro não citar o nome aqui no blog, mas que relato no livro.
Procurei então tirar uma lição de todos esses fatores externos que desencadearam os surtos, e hoje, mais maduro, tenho a convicção que vale mais a pena abandonar a guerra e ter paz.
Hoje, sou um pacato cidadão, um pouco anti social talvez, mas que procura ajudar as pessoas que estão passando atualmente o que passei anos atrás, como uma forma de retribuição pela solidariedade que recebi nos momentos mais difíceis. O amor, a solidariedade, o carinho e a atenção são tão importantes quanto os medicamentos no tratamento da esquizofrenia. Não adianta pagar o melhor psiquiatra, ir a melhor psicóloga, tomar os medicamentos de última geração se o portador não é compreendido e não tem o apoio de seus familiares ou amigos.
Bem, a verdade é que não me curei da esquizofrenia simplesmente pelo fato de ainda não haver cura para essa patologia. Muitos chegam a comentar que não tenho nada, que estou super bem, ao verem os meus vídeos no youtube. Acho que muitas pessoas e profissionais da área de saúde fazem o diagnóstico apenas olhando o aspecto físico da pessoa, ou seja, se ela está penteando o cabelo, se está fazendo a barba, etc. A verdade é que alguém pode estar muito mal psicologicamente mesmo estando com os cabelos penteados e se vestindo adequadamente.
É muito frustrante acordar de um sonho, ainda mais quando temos uma vida monótona e com uma rotina entediante e que teremos mais um dia como outro qualquer pela frente. Aquele dia fiquei super chateado, pois o sonho parecia ser tão real e fui interrompido na melhor parte por uma briga de vizinhos. Não se pode namorar nem em sonhos?
Mas, voltando ao assunto inicial, em que as pessoas questionam sobre a melhor forma de como se lidar com a esquizofrenia, digo simplesmente que não existe tal fórmula mágica. Cada caso de esquizofrenia é único, como disse o autor do livro ""Cadê minha sorte? "Não existe a esquizofrenia, e sim as esquizofrenias".
Acho que não tenho mais surtos por que já passei da fase dos sintomas "positivos" e estou nos negativos. Ando meio apático, desanimado, sem vontade para fazer coisa alguma. Vou experimentar o ômega 3, pois além de dizerem que é bom contra a esquizofrenia, também ajuda a combater a depressão. Hoje sofro mais com a mania de perseguição, mas já não tenho alucinações.
Preciso do ômega três também para diminuir os triglicerídeos, que estão bem acima do tolerável, que é 200mg. Atualmente o meu está na faixa dos 520mg. Infelizmente, sou chocólatra, me acostumei a comer chocolate e tudo o que tem a substância que faz aumentar o bom humor. Ou seja, torta de chocolate, sorvete de chocolate, brigadeiro,etc. Pelo menos em mim o efeito é imediato, tudo fica melhor, acho graça em coisas que comumente não acharia. Se o ômega 3 der certo, compartilharei com todos aqui do blog. Não estou aqui incentivando as pessoas abandonarem o tratamento convencional e sim algo para complementá-lo, pois as pesquisas deram um bom resultado e não custa nada experimentar um produto natural que, além de tudo, faz bem ao coração. Se não der certo, vou experimentar a sertralina, apesar de achar horrível a ideia de que o meu humor dependa de um medicamento. Mas pesando os prós e os contras, é melhor depender do medicamento do que ficar se empanturrando de chocolate e correr o risco de ter um ataque cardíaco. Sem contar que chocolate é meio caro né?
Um outro fator que sinto que contribui para a diminuição dos surtos é a idade. Já tenho 43 anos e me lembro de ter lido algo a respeito em algum site, se bem que não devemos confiar em tudo o que achamos por ai na web. Mas a maturidade ajuda em muitas coisas, deixamos de ser mesquinhos, temos outra visão de mundo, temos outros valores, etc. Claro que, se a pessoa não se tratar, provavelmente ela só irá piorar com o passar do tempo.
O fato de tentar me cuidar da melhor maneira possível ajuda e muito a diminuir as chances de surtos. Procuro me alimentar bem, dormir bem (quando os vizinhos deixam), evito situações estressantes e evito bebidas e drogas. Sou um careta assumido, meio maluco de nascença mesmo. rsrsrsrs Tento também voltar a caminhar, mas ao invés da caminhada produzir endorfinas em meu corpo, é só a dor que ela provoca mesmo, acho que é coisa da idade , se bem que vejo um monte de gente com 50 anos fazendo caminhada no parque. Gostaria de saber quem inventou a frase de que a vida começa aos 40.
Mas o principal fator para que eu não tenha mais surtos talvez seja o tipo de esquizofrenia que tenho. Acredito que o que eu tinha era uma esquizofrenia simples, que me atrapalhava um pouco nas relações do dia a dia, mas que dava para ser administrada. Apenas me achava um cara esquisito e muito tímido.
Mas, certo dia, como um soldado que enlouquece em uma guerra violenta e sanguinolenta, eu tive meus surtos, devido a fatores externos muito estressantes. A sensação era de que estava em uma guerra mesmo, só que o bombardeio era mental, através de chacotas e calúnias. Isto realmente aconteceu, não foi fruto de minhas paranoias. Por motivos que até hoje desconheço, em uma certa cidade tive muitas inimizades, principalmente no trabalho e no bairro onde morava. Não aguentei a barra e minha mente começou a aumentar a realidade, até imaginar que o mundo inteiro estava contra mim. O surto não vem de uma hora para outra, é uma bola de neve que vai crescendo aos poucos e, quando damos conta, já estamos surtados.
As pessoas naquela cidade sabiam o meu ponto fraco, que eram as palavras. Infelizmente, algumas pessoas viram o meu caderno em que eu fazia algumas anotações sobre os meus sentimentos e leram a parte em que eu dizia que uma palavra me feria mais do que uma flechada em meu coração. Elas contaram o fato aos vizinhos e, em pouco tempo, o bairro inteirinho já sabia do meu calcanhar de aquiles. Os meus desafetos e outras pessoas aproveitaram e começaram a fazer comentários maldosos a meu respeito perto de mim, com a intenção de que eu ouvisse mesmo, para assim me desestabilizarem. Com o tempo, passei a imaginar esses comentários aonde eu fosse e já não sabia distinguir o real do imaginário. A solução que encontrei foi levantar a bandeira branca e ir embora daquela cidade. Até me estabilizar, foi um longo processo, de idas e vindas por esse mundo cruel e desconhecido chamado esquizofrenia.
Sai dessa guerra ferido, mas não morto. Hoje me sinto fortalecido com as experiências que tive e aprendi a não dar atenção a opinião alheia. Uma experiência de quase morte modifica completamente os nossos conceitos.Hoje sei filtrar as críticas, e gosto até de recebê-las, pois assim posso evoluir em algumas coisas. Às vezes, faço uma visita a essa cidade onde tive os surtos e inimizades, para mostrar que estou vivo, pois, quando pegava uma simples dengue, a cidade praticamente decretava minha morte, sem exageros.
Se fosse para colocar uma porcentagem nas causas dos meus surtos psicóticos, diria que 35% se deu em razão dos fatores genéticos ou biológicos e 65% devidos aos fatores externos, que foi o bombardeio mental na cidade que prefiro não citar o nome aqui no blog, mas que relato no livro.
Procurei então tirar uma lição de todos esses fatores externos que desencadearam os surtos, e hoje, mais maduro, tenho a convicção que vale mais a pena abandonar a guerra e ter paz.
Hoje, sou um pacato cidadão, um pouco anti social talvez, mas que procura ajudar as pessoas que estão passando atualmente o que passei anos atrás, como uma forma de retribuição pela solidariedade que recebi nos momentos mais difíceis. O amor, a solidariedade, o carinho e a atenção são tão importantes quanto os medicamentos no tratamento da esquizofrenia. Não adianta pagar o melhor psiquiatra, ir a melhor psicóloga, tomar os medicamentos de última geração se o portador não é compreendido e não tem o apoio de seus familiares ou amigos.
Padre corajoso
Procuro tomar muito cuidado ao postar sobre religião, pois podemos ser mal interpretados e assim gerar discussões que não levam a lugar nenhum. Gostaria de dizer que respeito todas as religiões, crenças, etc, desde que não haja exploração financeira e outras artifícios para manter os fiéis em suas respectivas igrejas ou templos. Mas a atitude desse padre me chamou a atenção. Leiam o texto que ele publicou e que está circulando na internet.
Tirando o mérito da questão, se a cruz é ou não o símbolo maior do cristianismo, temos que admitir que o que esse frade disse é a mais pura verdade.
O Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosas das repartições publicas.
Pois bem, veja o que diz o Frade Demetrius dos Santos Silva.
Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas…
Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas e compradas.
Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.
Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimentos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos.
Frade Demetrius dos Santos Silva.
* São Paulo/SP
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Ômega 3 e esquizofrenia
Ipatinga, doze de setembro. São exatamente três horas e dez minutos. A temperatura aqui é de 38ºC, mas a sensação térmica é bem maior, acho que por não ter muito vento por aqui. Aqui é o verdadeiro forno de Minas. Alguns dizem que é por causa da poluição da Usiminas, que é a maior siderúrgica da América Latina (nóis é chique no urtimo!). Mas não creio que seja esse motivo, pois assim São Paulo seria a cidade mais quente do Brasil.
Mas vamos ao que interessa, que é o ômega 3 e a esquizofrenia. Muito se tem falado nos benefícios do óleo de peixe em cápsulas como coadjuvante no tratamento dessa patologia. Alguns testes estão sendo feitos como tratamento principal mesmo, e os resultados estão sendo satisfatórios.( olha eu falando que nem médico de novo). Não vou aqui postar uma matéria completa sobre o assunto, pois não sou muito fã do control v+control c.
Claro que se achar algo de interessante para compartilhar, irei colar alguma coisa e postar no blog, mas vou colocar a fonte e também vou colocar o link da matéria para que a pessoa possa se informar melhor. Aqui vai o link da matéria sobre o ômega 3. Depois vou passar um site que acho muito legal para as pessoas que se interessam por assuntos relacionados ao comportamento humano.
http://www.bancodesaude.com.br/dieta-alimentacao/416003022010-omega-3-nova-aposta-contra-esquizofrenia
Vou aqui relatar a minha experiência com o ômega 3, que consumo a bastante tempo, só que a fonte que uso é a linhaça, por ser mais barata. No final do post, darei uma dica de como aumentar as propriedades da linhaça.
A princípio, eu consumia a linhaça para manter o meu coração em ordem, pois é um produto que abaixa os níveis de colesterol em nosso sangue. Também me agrada o fato de ser um bom regulador do intestino, por causa das fibras presentes nessa semente. E ainda pode ajudar a emagrecer, pois, dependendo da forma como é consumida, dá uma sensação de "plenitude estomacal". Nem sei se existe esse termo, se não existe, então sou o autor dessa nova expressão. rsrsrsrsrs Agora estou falando como nutricionista, acho que é um santo que baixa em mim, sei lá.
Em em um post anterior(rotina esquizofrênica), eu relatei que estava com algumas manchas roxas na região abaixo dos olhos, e a dermatologista me disse que poderia ser uma intoxicação. Essa simples palavra foi o gatilho para disparar as minhas paranoias que tenho em relação ao fato de que estão colocando algum veneno em minha comida.
Comecei a pensar em algumas situações em que poderia estar sendo envenenado. Na lanchonete, no restaurante, etc. Após uma longa análise, cheguei a conclusão de que poderiam estar sabotando a linhaça, que eu sempre comprava na mesma farmácia a anos. É que estranhei o fato do produto não estar mais nas prateleiras. Ultimamente a balconista estava buscando a linhaça em um quarto no fundo da farmácia. Ainda tinha o fato da semente ter ficado mais barata. Em minha mente paranoica, a queda do preço era apenas uma armadilha para que eu sempre comprasse na mesma farmácia.
Hoje sei que a linhaça está mais barata por que saiu de moda. Sempre tem algum produto que entra na moda, que muitos dizem ter mil e uma propriedades e tal, mas, que depois de um tempo, somem das prateleiras. Quem já não ouviu falar da "ração humana"? Hoje o produto que está na moda e que substituiu a linhaça é a chia, que dizem ser mais benéfica do que a linhaça, porém no momento está com um preço meio salgado ainda. Mas, com o tempo ela irá baratear.
Então, por causa dessa minha paranoia, parei de consumir a linhaça. A princípio, não senti nenhuma diferença, só a sensação de fome que ficava maior na parte da manhã. Mas, analisando os fatos, chego a conclusão de que, com o tempo, fiquei um pouco desestabilizado. Me sentia desconfortável e até um pouco irritado quando andava pelas estreitas calçadas do centro da cidade. Não tinha tanta paciência para ficar me desviando das pessoas que andavam devagar pelas calçadas, pois costumo andar bem rápido, acho que pelo fato de querer voltar o mais breve possível para onde moro nas poucas vezes que saio de casa.
Um fato me chamou a atenção durante o período que fiquei sem consumir a linhaça e que cheguei a comentar em um post anterior (a mania de perseguição que me persegue). Comentei que, durante a minha permanência em um banco, comecei me sentir meio desconfortável no meio de tanta gente, e fiquei cismado que o segurança do banco estava olhando para mim. Então, depois de vários anos, tive que tomar um comprimido de diazepan durante o dia para me acalmar. Sem contar que tive que implorar para todos para ser atendido antes da minha vez, e ainda bem, todos aceitaram e a funcionária do banco me tratou muito bem.
Outro fato que me fez refletir sobre o meu comportamento sem a linhaça ocorreu quando eu estava no posto de saúde para tentar resolver o problema da mancha no rosto. A acústica do local não é muito boa, e o zun zun zun reverberado não estava me fazendo bem e tive que sair do posto para dar uma arejada, pois a sensação era de que havia milhares de pessoas conversando, e a minha mente começou a ficar meio confusa, chegando a procurar de onde vinham tantas vozes.
Analisando esses e outros fatos cheguei a conclusão de que precisava voltar a consumir a linhaça, pois quando estava usando essa semente, não estava tendo essas reações, estava de certo modo estabilizado. Então fui em outra farmácia e comprei ma outra marca do produto, por meio das dúvidas. Hoje sinto que estou mais equilibrado e o meu raciocínio está bom. Por isso resolvi compartilhar essa minha experiência com todos os leitores do blog, principalmente os portadores e os cuidadores de pessoas com esquizofrenia.
Para aumentar as propriedades da linhaça, eu a coloco para "dormir" durante oito horas em um recipiente de plástico. Então vamos para a dica de saúde do esquizo:
- Coloque em um recipiente de plástico uma colher de sopa de semente de linhaça. A colher pode ser cheia ou rasa, isso vai depender de como a pessoa vai se sentir saciada no dia seguinte, pois, consumindo-a desse jeito, ela dá uma sensação de estômago cheio, e isso depende de cada pessoa.
- Coloque um pouco de água, o suficiente para cobrir as sementes e não para inundar.
- Espere uns três a cinco minutos e você vai notar que a água desapareceu e que a linhaça inchou. É isso mesmo, essa semente absorve a água. Então, coloque mais um pouco de água, até ficar parecendo uma gosma que envolve as sementes. Com o tempo, você irá acertar a quantidade de água, para que, de manhã, a linhaça não fique seca e também não fique inundada de água, e sim com uma gosma.
Aí, é só bater a linhaça no liquidificador com alguma vitamina de frutas: mamão, banana, maçã. Eu faço uma mistureba aqui: coloco a linhaça, leite de soja, aveia, gérmen de trigo e um copo de água. Se o leite de soja for com sabor, até que dá para descer. A verdade que não fica muito bom não, mas pela saúde, vale a pena tomar.
Em relação as cápsulas de óleo de peixe, vale a pena conferir esta matéria:
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Dinheiro na mão é vendaval
Ontem foi dia de pagamento. Como sempre, dia tenso, cheio de paranoias, medos, cismas. Vocês devem estar pensando: "mas até no dia de pagamento esse cara reclama!" Bem, não é isso, eu agradeço por estar aposentado, graças a ajuda de muitas pessoas. Sem elas, eu poderia estar morando nas ruas e estar com surtos até hoje, apesar de ter trabalhado durante dezessete anos como operador de som, que é um servicinho estressante.
Fico triste ao relembrar como eram os dias de pagamento antes dos surtos: era quase um ritual. Eu ia para o centro da cidade, comia uns dois pedações de torta de chocolate com uma coca cola bem gelada, dava umas voltas para comprar alguma roupa, cd's ou outra bobeira qualquer. Sem qualquer medo de ser roubado, tranquilamente tirava aquele dia para dar umas voltas pelo centro da cidade.
Hoje, dia de pagamento é sinal de stress. Não gosto de tomar um diazepan antes de ir para o banco, pois tenho que ficar bem alerta, pois é fato que hoje em dia o que não falta são pessoas a fim de subtrair o nosso dinheiro. Semana de pagamento então nem se fala. Sem contar os golpes conhecidos como saidinhas de banco e usuários de drogas principalmente crack, andando pela cidade à procura de vítimas para sustentarem seus vícios.
O stress começa já dentro do banco, pois, como já disse em um post anterior, é um dos locais que mais me deixam desconfortável. Além de ser um local fechado cheio de pessoas impacientes, existe uma certa paranoia coletiva em relação ao dinheiro. Todo mundo desconfia de todo mundo. Hoje, se um cara fala ao celular em um banco já é considerado suspeito. Se ele estiver parado na saída do banco então. Assim que pego o meu pagamento, o distribuo entre os quatro bolsos da minha calça, para, caso algum ladrão roube o dinheiro de um dos bolsos, ainda sobre o bastante para pagar minhas contas e me alimentar. Colocar todo o dinheiro em uma carteira nem pensar.
Assim que compro o que tenho que comprar, fico ansioso para que o dono do quarto onde moro apareça para que eu passe o dinheiro do aluguel para ele. Teve um mês que eu mesmo fui a casa dele, por volta das nove horas da manhã, para fazer o pagamento, e fiquei chateado por ele não estar em sua casa.
Depois de fazer todos os pagamentos, o que sobra eu escondo em vários lugares improváveis, para que, se ocorrer de um ladrão invadir o meu quarto, ele não acho merreca nenhuma. Então é óbvio que não escondo o dinheiro embaixo da cama né. O problema é que esses lugares são tão improváveis que até eu mesmo às vezes não consigo achar o dinheiro e ai tenho que revirar o quarto inteiro em busca da grana perdida. Sou tão paranoico em relação a roubos, que, na hora de comprar o equipamento para entrar no mundo da informática, não pensei duas vezes em comprar um desktop ao invés de um notebook, por ser mais difícil e complicado de ser roubado.
Me lembro então da época em que recebia o pagamento, antes dos surtos. Eu guardava o meu pagamento em uma caixa de sapato em meu quarto, quando eu trabalhava e morava na firma em uma cidade vizinha de onde moro atualmente. Eu não trancava o meu quarto e os funcionários da firma podiam entrar e sair do meu quarto à vontade, e eu não tinha preocupação nenhuma. Saia para jogar o meu futebol e o dinheiro estava lá, e eu nem pensava na hipótese de ser roubado. Que saudades daquele tempo! Era um cara super distraído e não reparava em nada em minha volta. Era tão distraído, e até bobo para falar a verdade, que, quando uma menina quis se aproximar de mim e disse que gostaria de tomar uma cervejinha, eu apontei para um bar e disse que lá tinha cerveja. Depois de um dia que eu saquei que ela queria tomar uma cervejinha comigo e, se desse tudo certo, poderia rolar alguma coisa. Nessas horas eu tinha vontade de dar um soco na minha cara.
Depois dos surtos, tudo mudou. Aproveitando do meu momento de fraqueza, os funcionários da firma por duas vezes roubaram parte do meu pagamento. Reclamei com o dono da firma, mas ele e nem ninguém deu crédito a minha reclamação, talvez por acharem que eu estava enlouquecendo. Passei a esconder o meu dinheiro e até hoje não consigo mais parar de pensar que posso ser roubado. Tenho medo de viajar, pois tenho receio que invadam o meu quarto e roubem tudo o que tem dentro dele. Pretendo ficar nas ruas por uns quinze dias para registar no blog, mas antes terei que embalar tudo e deixar guardado na casa de um amigo. Não sei diferenciar mais o que temos de ter cuidado com a realidade, pois o risco de sermos assaltados existe realmente, qualquer pessoa considerada normal tem esse medo. Acho que, todos os meus medos de esquizofrênico também existem em outras pessoas, mas em um grau bem menor, é claro. Na esquizofrenia, as cismas e neuras são super dimensionadas e se transformam em psicoses.
Acho que, se ganhasse na mega sena, iria comprar uma casa mais ou menos na beira da praia, compraria um carro mais ou menos, me vestiria mais ou menos bem, tudo para não chamar a atenção. Abriria conta em uns quatro bancos, para distribuir o dinheiro, assim, se alguma conta fosse hackeada, o dinheiro não sumiria de uma vez.
Mas, é isso ai, não estou aqui para ficar me lamentando, apenas tento explicar de uma maneira simples o que se passa na cabeça de um cara que, por diversos fatores, acabou desencadeando essa tal esquizofrenia.
Para terminar, deixo esse vídeo, é uma música que tem o poder de me melhorar o meu astral, por causa da letra. Gostaria de agradecer a todos que adquiriram o livro e caso tenham gostado, deixem um comentário no post em que falo como adquiri-lo. Caso tenham alguma sugestão ou crítica, mandem-me um email, pois sempre procuro tirar proveito das criticas construtivas.
Abração a todos e até o próximo post.
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