Antes de começar a falar sobre a minha experiência com o magnífico cloreto de magnésio e como ele ajudou a controlar a minha ansiedade, gostaria de salientar que não tenho o objetivo de indicar substitutivos para os tratamentos convencionais. Me sinto feliz com o número de visualizações do blog, mas procuro ter responsabilidade o suficiente para aconselhar qualquer abandono de tratamento tradicional. Poderia muito bem colocar o título da postagem de: "Como se livrar da ansiedade", ou "Como se curar da ansiedade", para chamar a atenção dos leitores, porém a responsabilidade fala muito mais alto do que a minha ganância pelas visualizações, até por que não tenho nenhum retorno financeiro com o que escrevo.
Afinal, o que é o cloreto de magnésio?
Nesse caso em particular, em primeiro lugar seria mais adequado afirmar que o cloreto de magnésio não é um suplemento, um medicamento ou um produto milagroso que irá curar todos os nossos problemas de saúde. O magnésio é um mineral essencial à saúde de nosso organismo, sendo responsável por várias funções. E, como ele é encontrado em alimentos que não são tão fáceis de se encontrar por aí (e outros ruins pra caramba), muitas pessoas acabando sofrendo de diversos males por não consumir a quantidade diária indicada desse mineral.
-Degeneração da cartilagem e surgimento de doenças como a osteoartrite e dores articulares;
-Problemas musculares como contraturas, formigamentos, dormência, tremores etc;
-Taquicardia, ritmos cardíacos anormais e espasmos coronários; hipertensão arterial;
-Dores de cabeça e tensão mandibular, tontura;
-Espasmos nas pálpebras, no esôfago, no estomago ou intestino;
-Fotofobia, dificuldade para adaptar-se à luz, visão de luzes com os olhos fechados;
-Cansaço pela manhã ao acordar, fadiga, fraqueza;
-Perda do apetite, Náuseas e vômitos;
-Aperto no peito e dificuldade para respirar profundamente;
-Prisão de ventre, cólicas menstruais;
-Desejos de consumir sal e chocolate;
-Alterações do sistema nervoso: insônia, ansiedade, hiperatividade, inquietude, ataques de pânico, fobias;
-Osteoporose, cáries.
Comecei a estudar o cloreto de magnésio há uns dois anos atrás, por causa da minha lesão no "hálux do pé esquerdo". Pesquisava no google algo que seria eficaz e barato no tratamento e na melhoria das articulações. E o magnésio sempre aparecia nos primeiros lugares nos resultados das buscas. Comecei a consumir imediatamente e diariamente o mineral, e logo senti uma boa melhora não somente nas articulações, mas na saúde de um modo geral.
E uma das melhoras que obtive foi na questão da ansiedade. Comia (ainda como...) muito chocolate e outros doces para me acalmar. Depois que passei a usar o magnésio estou mais calmo e tranquilo. Hoje quando detono uma caixa de bombom ou umas 300gr de doce de leite consigo saborear mais o alimento, sendo que antigamente comia tudo rapidamente e não sentia o gosto, já que tudo aquilo era apenas para aliviar um pouco a ansiedade que eu estava sentindo no momento. Até emagreci dois quilos. Minha saúde e o meu bolso agradecem.
O cloreto não resolveu o problema, ainda fico ansioso por vários motivos, mas isso não quer dizer que estou com ansiedade. É normal ficar ansioso diante de um evento, um encontro, um jogador antes de uma partida decisiva fica ansioso. É até legal sentir aquele friozinho na barriga... Viver sem emoções e com tudo certinho e previsível também deve ser um pouco tedioso.
A ansiedade passa a ser um problema quando ficamos ansiosos por qualquer motivo, ou às vezes até por nenhum motivo. O problema não é ter ansiedade, e sim viver ansioso, o que é bem diferente.
Outro benefício que obtive foi um passo importante no "desmame no pan nosso de cada dia". Estava tomando 20mg de diazepan até o ano de 2008.(comecei com 10mg em 2002). Consegui diminuir para 10mg, depois para 5mg (foi a fase mais perrengosa) e depois para 2.5mg. Não foi nada fácil chegar nessa dosagem: dor de cabeça, palpitação, inquietação, nervosismo e uma enorme dificuldade para pegar no sono. Mas consegui. Estava nessa dosagem de 2.5mg há cerca de um ano e meio, e não conseguia atingir o próximo passo, que seria algo em torno de 1mg. Divido o comprimido de 10mg em vários pedaços. Infelizmente não consegui encontrar o diazepan em doses menores do que 5mg ou então em gotas, o que facilitaria bastante o processo.
Estava sendo uma dificuldade enorme diminuir de 2.5mg para 1mg. Não adiantava diminuir o café ou fazer exercícios físicos até me extenuar: na hora de dormir o corpo pedia mais cedo ou mais tarde o benzodiazepínico, e ficava revirando na cama até me dar por vencido e tomar o pedacinho restante do comprimido. Então, quando passei a tomar o cloreto de magnésio antes do diazepan, já sentia um soninho gostoso e um relaxamento muscular que me permitiu conseguir finalmente chegar a 1mg. Existe também o cloreto de magnésio dilamato, que algumas pessoas dizem não dar muito sono. Então uma combinação seria ideal, tomando o CM dilamato durante o dia e o comum antes de dormir. Vale ressaltar que o cloreto de magnésio em pó tem que ser o PA (para análise), que está livre de impurezas. Meu sono atual está com uma qualidade razoável.
O diazepan e outros ansiolíticos dessa família são indicados para serem tomados por apenas um período, mas, infelizmente, muitos médicos não nos alertam sobre essa fato e acabamos ficando dependentes física e psicologicamente desse medicamento. O Brasil é campeão mundial no uso do rivotril. Consegui a receita na minha primeira consulta depois que tive os surtos. Disse que estava com dificuldades para dormir, e o psiquiatra, sem questionar nada, preencheu a receita. Essa minha primeira consulta demorou apenas uns 10 minutos, ou até menos...
Na época pensava que o diazepan era um medicamento milagroso que iria me fazer dormir o sono dos justos ou dos anjos sei lá. Que iria me fazer esquecer de todos os meus problemas por pelo menos uma noite. E não é bem assim que as coisas funcionam...
Obviamente se deve ter alguns cuidados no uso desse mineral. Algumas reações adversas podem acontecer, dependendo da dose que se toma no início. Os especialistas afirmam que é o efeito "detox". No meu caso em particular senti um pouco de tontura no começo, pois estava tomando o cloreto de magnésio em pó. Depois que comecei a tomar em cápsulas esse problema foi solucionado. Também tive prisão de ventre durante uns dez dias, mas também foi passageiro e hoje meu intestino está funcionando regularmente.
Aconselho a irem atrás do maior número de informações possíveis sobre o magnésio, pois tudo em excesso pode fazer mal. Além da quantidade, existem outros cuidados que temos que ter na hora de tomar, seja em cápsulas ou diluindo o pó na água.
Nas redes sociais existem grupos sobre o cloreto de magnésio, onde podemos obter essas informações e também depoimentos de pessoas que usarem esse mineral e conseguiram melhorias em suas vidas.
Segunda feira, dia 17 de junho de 2014. Manifestações tomam conta das principais capitais do país. Os motivos eram diversos, mas as principais causas foram o aumento das passagens e os gastos para a realização da copa do mundo. Ainda estava nas minhas andanças, morando na minha barraca e carregando uma mochila de 11kg nas costas.
Estava no centro quando soube que iria acontecer uma enorme passeata até o Mineirão, onde seria realizado o jogo Taiti x Nigéria pela copa das confederações. O peso que carregava nas costas não foi empecilho para que uma enorme vontade de ir ao evento tomasse conta de mim. O engraçado (hoje acho isso) é que nem pensei em pegar um ônibus, caminhei cerca de 10km numa boa até as proximidades do estádio.
Não gosto muito de tumultos, multidão, mas queria participar daquele protesto, afinal foram gastos bilhões em estádios que nem teriam utilidade nos próximos anos, como o de Brasília, Mato Grosso e Manaus. E os que estão tendo utilidade foram superfaturados.
Então resolvi participar, afinal o povo mineiro é civilizado e não irá ter confusão, como está tendo no restante do país. - pensei.
E não acompanhei a passeata desde o início, no centro. Cheguei no Mineirão por volta do meio dia. Estava com minha câmera digital compacta e, de uma hora para outra, surgiu uma vontade de filmar o evento. Era como se tivesse baixado um repórter em mim, e comecei então a filmar tudo o que estava acontecendo naquele momento. Havia inúmeros repórteres no meio daquela multidão que assim como eu, estavam carregando uma câmera. Estava tão engajado na missão de cobrir o evento que aqueles caras era como se fossem colegas de profissão. Já não estava ali como um manifestante.
Por volta das 15 horas começou um burburinho de que os manifestantes estariam chegando nas proximidades do estádio. Já haviam muitos policias e viaturas no entorno do gigante da Pampulha. Fui então de encontro aos manifestantes e me espantei com a quantidade de pessoas que estavam na avenida Antônio Carlos. Algumas pessoas falavam em 12 mil, outros em 20 mil pessoas. Só sei que havia um mar de gente na avenida, que estava totalmente tomada até onde podia enxergar.
A manifestação seguiu tranquila até a Avenida Abrahão Caran, onde a polícia militar fez uma barreira. A situação ficou tensa quando alguns caras com o rosto coberto (cerca de 100 pessoas) começaram a atirar pedras e pedaços de pau nos policiais, que revidaram com balas de borracha e bombas de efeito moral, além do sufocante gás lacrimogênio. Poderia ter acontecido uma tragédia, pois a avenida estava totalmente tomada e não tinha para onde nos abrigar. Por sorte a maioria teve calma para se afastar do efeito do gás com tranquilidade e não houve pisoteados.
Não culpo a polícia, pois acredito que foi a primeira manifestação desse porte em Belo Horizonte e, se não fosse uma minoria, tudo teria transcorrido na maior calma.
Mas houve muita bomba mesmo, algumas até foram atiradas bem próximo de onde estava. Poderia sim ser atingido, mas continuei a narrar o evento como se fosse um repórter e com a maior calma possível. Parece que baixou um repórter superprofissional em mim e, se não fosse a péssima dicção e a imagem tremida, diria que foi feita uma excelente cobertura da manifestação.
Até cheguei a pensar em colocar legenda, mas o arquivo final sempre ficava maior do que o limite que pode ser colocado em cada postagem.
Convite à todos de Belo Horizonte e região, familiares, profissionais da saúde mental e, claro, pessoas com esquizofrenia e que sonham com uma sociedade livre de estigmas.
No dia 24 de maio diversos países realizam eventos pela Conscientização ou Atenção à Esquizofrenia (“Schizophrenia Awareness Day”).
No Brasil, optamos por traduzir a data como Dia da Pessoa com Esquizofrenia. Essa escolha busca destacar o desafio de tratar uma doença, mas colocando a pessoa que necessita de ajuda e suporte em destaque, em toda a sua complexidade humana.
Em 2018, o lema da campanha é “O que eu posso fazer?”, um convite à reflexão para as pessoas com esquizofrenia, seus familiares e os profissionais de saúde. O que cada um pode fazer? O que podemos fazer além? Como podemos reduzir as barreiras do estigma e criar oportunidades de superação?
Os esquizofrênicos podem matar? São agressivos? São todos iguais e se comportam da mesma maneira? Tem algum tipo de retardo mental?
Provavelmente essas são as principais das inúmeras questões que devem vir à mente de uma pessoa quando o termo "esquizofrênico" é abordado.
Da maneira como o assunto é tratado na TV, a impressão que se dá é que todo esquizofrênico é agressivo, não tem capacidade de raciocinar e nem de realizar tarefas comuns do dia a dia. Enfim, não passamos de um rótulo, de um diagnóstico. Costumo dizer por aqui que o preconceito e o próprio medo de ter esquizofrenia podem fazer tão ou mais mal do que a própria doença, devido principalmente à esses rótulos criados pelos meios de comunicação.
Há algum tempo evito o termo "o esquizofrênico"* por vários motivos, sendo o principal o estigma e os mitos que boa parte da mídia ajudou a criar em torno da figura de quem tem esquizofrenia. Uso o termo "pessoa com esquizofrenia", que foi o que achei que melhor designa alguém que tenha esse transtorno mental. No Japão o termo esquizofrenia não existe mais, e muito menos "o esquizofrênico". Lá o transtorno da mente dividida passou a se chamar "Distúrbio da integração", que, convenhamos, é um termo muito mais adequado e menos estigmático do que esquizofrênico.
Por aqui no Brasil parece que a coisa está melhorando. Já vi duas páginas do facebook usarem o termo "pessoa com esquizofrenia" há bem pouco tempo. Não sei como as pessoas com esquizofrenia são chamadas no exterior, mas acredito que no Brasil passará em breve a ser mais conhecida por esse termo, que, convenhamos é bem melhor do que esquizofrênico. Obviamente que uma simples mudança de nome irá acabar de uma vez com o preconceito e os estigmas criados nesses anos todos.
Não sou esquizofrênico, tenho problemas, isso eu sei, mas não sou esse rótulo criado pela mídia. A minha tribo sou eu. Sou uma pessoa que tem transtornos e um sofrimento mental que os psiquiatras chamam de esquizofrenia.
Sou uma pessoa que tem esquizofrenia, não sou um rótulo. Tenho minhas qualidades e defeitos, como qualquer ser humano da face da terra. Tenho o direito de surtar, de rir e de chorar. Não sou agressivo, não tenho passagem pela polícia por nenhum motivo, muito menos agressão. Não como fezes, mas já comi lixo como sendo a coisa mais deliciosa da face da terra, em consequência de um surto psicótico que tive, chegando a perder 25kg por causa de uma absurda mania de perseguição.
Já ouvi diversas perguntas que me deixaram um pouco assustado, pela falta de conhecimento das pessoas sobre o assunto. Até que não as culpo, pois eu também tinha muitos preconceitos antes de surtar, talvez por causa do estigma criado pelos meios de comunicação. Brincava de imitar um vizinho que tive, que era portador de esquizofrenia. Não era com maldade, mas não sabia na época o quanto poderia estar ferindo os sentimentos dessa pessoa.
- Ah, se você é doido então rasga essa nota de cinquenta reais! - me desafiavam.
- Posso ser doido, mas burro não sou não... - respondia, aceitando tudo na brincadeira.
- Você não tem esquizofrenia, você sabe mexer no computador...
- Você fala normal, você não tem esquizofrenia... (essa foi uma das piores que me falaram, afinal tenho esquizofrenia e não sou mudo).
- Você se lembra das coisas, não tem esquizofrenia.. (tenho esquizofrenia, e não amnésia...)
Já vi outras perguntas bem estranhas por aí, como:
- O esquizofrênico pode morar sozinho?
- O esquizofrênico pode namorar? Pode dirigir?
Até muitos profissionais da saúde mental tem alguns preconceitos. Me lembro que quando tive o meu primeiro surto grave não recebi atendimento do Cersam, aqui em Belo Horizonte. A enfermeira nem me deixou entrar, ao me ver com roupas limpas, barba feita e cabelo cortado. Estava morando nas ruas naquela época, e o posto de saúde me informou o endereço do Cersam, mas não me atenderam sem ao menos conversar comigo, se baseando apenas na minha aparência.
Acredito que muitos psicólogos e psiquiatras se baseiam mais no que deveriam na aparência do paciente para dar algum tipo de diagnóstico. Mas posso dizer que uma pessoa pode estar muito mal psicologicamente e se vestindo de maneira adequada e penteando o cabelo.
No meu caso em particular não tenho receio ou vergonha de falar sobre a minha condição de pessoa com esquizofrenia. Acredito que minha história até esse momento tenha sido bacana, tanto que a ideia de escrever um livro sobre ela veio de amigos que conheci nas redes sociais. Não fui um santo (muito longe disso) e me arrependo de muitas coisas que fiz e de que não fiz, afinal não sou perfeito. Mas de uma coisa não me arrependo: de ser eu mesmo, sem falsidades e hipocrisias. Procuro seguir um lema, que acabei criando para ser o meu referencial durante a minha vida toda: "faça o que quiser, desde que não prejudique o próximo". E assim até durante o surto eu fui, não colocando em nenhum momento a vida de outras pessoas em perigo, somente a minha. E esse é mais um dos mitos que cerca a esquizofrenia: que somos agressivos, que vira e mexe estamos atirando pedra nos outros. A realidade é que o índice de violência da pessoa 'dita normal" é maior do que o índice das pessoas com esquizofrenia. E quando a pessoa dita normal usa álcool e outras drogas, esse índice sobe assustadoramente. Basta abrirmos as páginas dos jornais para constatarmos essa realidade.
Outro mito que cerca a esquizofrenia é referente a intelectualidade. Ou dizem que as pessoas com esse transtorno são muito inteligentes, ou então não tem nenhuma capacidade de realizar simples tarefas do cotidiano.
Não é raro as pessoas afirmarem que uma pessoa enlouqueceu por ser muito inteligente. É fato que o excesso de informações podem sim ajudar a pirar, mas a pessoa provavelmente tem que ter uma tendência a desenvolver algum tipo de transtorno mental. Pelo convívio que tive e tenho, posso afirmar que, assim como na população dita normal, existem pessoas com esquizofrenia com inteligência acima da média, na média e um pouco abaixo da média. Existem casos de má formação no cérebro, por diversos motivos, que acompanham alguns casos de esquizofrenia, mas não são todas as pessoas que têm esse tipo de problema.
Um outro estigma que cerca a esquizofrenia é a de que estamos possuído por uma entidade maligna. E então nos levam para uma igreja qualquer e só faltam esmurrar a gente para que o tinhoso saia de nosso corpo. Me lembro que no início pulava de igreja em igreja, mas o tal do demônio não saia de jeito nenhum. Mil caíam a minha direita e dez mil caíam na hora, mas eu não caia.
Já participei de várias igrejas evangélicas e conheci muita gente bacana, inclusive fui muito ajudado por evangélicos quando fui morador de rua. Mas infelizmente alguns pastores e muitos membros não estão preparados para receber uma pessoa que não esteja bem psicologicamente em função de um transtorno mental.
querem expulsar o tinhoso na base da porrada...
Uma das piores consequências que o estigma pode trazer é a negativa da pessoa em buscar um tratamento adequado. "Eu não sou louco!", é o que a maioria diz. Quem vai querer aceitar esses rótulos que a mídia traz para a esquizofrenia? Infelizmente alguns programas que tem a violência como tema principal usam o termo "esquizofrênico" sem qualquer embasamento para explicar um assassinato brutal...
Converso diariamente com familiares de pessoas com esquizofrenia. Boa parte desses familiares buscam um meio de convencer seus parentes a buscar ajuda, de que precisam de um tratamento. O reconhecimento é o primeiro e mais difícil passo no tratamento da esquizofrenia.
Então o sujeito não busca o tratamento no início, quando as chances de melhora são mais altas, só procurando ajuda quando está em um surto psicótico grave...
Nesses anos todos pude perceber que o medo de ter esquizofrenia pode fazer tão ou mais mal do que o próprio transtorno...
Vamos aproveitar não somente o dia nacional da pessoa com esquizofrenia, e sim todos os dias de nossas vidas para ajudar a construir uma sociedade mais justa e sem preconceitos.
*O blog foi iniciado no ano de 2012 e na época ainda não tinha o real conhecimento do preconceito que cerca a esquizofrenia. Se soubesse certamente não teria colocado esse nome no blog. Agora que ele passou a ser um pouco conhecido não creio que seja a melhor solução mudar o seu nome.
Falo sobre esquizofrenia desde o ano de 2012, quando comecei a aprender a usar um PC. Escrevi quase 300 postagens até a presente data. Falei sobre transtornos mentais, andanças, futebol e sempre estou dando uns pitacos sobre os assuntos do nosso dia a dia.
Praticamente todas as publicações sobre esquizofrenia são referentes à paranoide, que é a mais comum. Não achei nenhuma pesquisa sobre a porcentagem dos tipos e subtipos de esquizofrenia, mas acredito, pela convivência tanto no mundo virtual como real que a esquizofrenia paranoide seja a mais comum. Não sei a porcentagem ao certo, mas deve ser bem mais do que 50% do total das pessoas com esquizofrenia. Me lembro que vi apenas uma pessoa com esquizofrenia catatônica até hoje. Foi onde me consultava na cidade de Ipatinga, o cara estava sentando e não parava de mexer os dedos das duas mãos, como se estivesse limpando os dedos depois de se sujar com cola. Em nenhum momento olhou para os lados, parecia estar completamente desligado do mundo exterior. Já vi um cara que parecia ter esquizofrenia hebefrênica, pois ele do nada dava umas risadas, como se estivesse lembrando de algo bastante engraçado.
Com o passar dos anos novas esquizofrenias são "descobertas" e classificadas, e outras já são extintas, não fazendo mais parte do quadro de classificação. Até quem não está dentro dos padrões para ser classificado, acaba sendo classificado como portador de esquizofrenia não especificada...
Achei interessante abordar este tema, apesar de não gostar muito de classificações e rótulos.
Encontrei uma imagem na internet com as explicações abaixo, não me lembro exatamente a fonte, mas achei bem explicado, apesar de usar uma linguagem um tanto o quanto acadêmica.
Tipos de esquizofrenia
Esquizofrenia paranoide -CID F-20
A característica essencial da esquizofrenia paranoide é a presença de delírios e alucinações auditivas proeminentes no contexto de uma relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios ou grandiosos, ou ambos, mas delírios envolvendo outros temas (por ex: ciúme, religiosidade ou somatização) também podem ocorrer. As alucinações também são tipicamente relacionados ao conteúdo do tema delirante, principalmente auditivas.
Esquizofrenia hebefrênica -CID F-20.1
Neste subtipo está alterado principalmente a afetividade do paciente. com delírios e alucinações fragmentários, comportamento bizarro ou pueril e maneirismos; o afeto é superficial com risos imotivados; o pensamento é desorganizado, e o discurso fragmentário. Essa forma usualmente se instala entre os 15 e 25 anos de idade.
Esquizofrenia catatônica -CID F-20.2
O quadro é dominado por transtornos da psicomotricidade. um ou mais dos seguintes sintomas deve dominar o quadro clínico: estupor ou mutismo, excitação, posturas bizarras ou inapropriadas, negativismo, rigidez, flexibilidade cérea, preservação de palavras ou frases.
Esquizofrenia indiferenciada -CID-F-20.3
Reservada para aqueles pacientes que não se enquadram em nenhum dos subtipos descritos ou apresentam sintomas de mais de um dos subtipos, sem predominância de nenhum deles. Depressão pós-esquizofrênica CID-F-20.4
Consiste em um episódio depressivo que pode ser prolongado e ocorre ao fim de um surto esquizofrênico. Podem estar presentes alguns sintomas psicóticos, porém não dominam o quadro.
Esquizofrenia residual CID-F-20.5
Consiste no estágio crônica da esquizofrenia, em que houve progressão clara de um quadro inicial para um quadro tardio em que ocorrem predominantemente sintomas negativos.
Esquizofrenia simples CID-F-20.6
Considerada pouco comum, é de início insidioso, porém progressivo, havendo o desenvolvimento de excentricidade de conduta, inabilidade para cumprir demandas da sociedade e declínio da performance. A principal característica é o isolamento. É como se fosse uma esquizofrenia paranoide sem as alucinações.
Outras esquizofrenias
Classifica quadros que não têm aceitação uniforme da literatura.
Esquizofrenia não especificada
Utilizada quando não foi possível classificar o paciente em nenhuma das demais categorias anteriormente citadas.
Confesso que estou um pouco sem graça devido à esse novo pedido. Afinal já foram tantos pedidos neste blog que acabei me cansando dessa mendicância virtual. Sempre consegui me virar, mesmo nas situações mais difíceis.
Mas, agora, com esse problema no pé tudo fica mais difícil. Estou tentando fazer de tudo para que meu pé melhore, mas não tem jeito, pois para fratura só existe solução cirúrgica, quando o problema não é solucionado a tempo. E foi isso o que aconteceu, devido ao mau atendimento do SUS.
Ainda irei postar sobre o meu pé, que será uma postagem definitiva, para encerrar o assunto. Acredito que terei que me acostumar com essas dores no dedão do pé e em outras partes do corpo, devido ao fato de estar andando de maneira incorreta.
Consegui um atendimento fora do sus, mas não poderei ser operado pois o hospital se nega a operar um paciente com esquizofrenia, o motivo irei detalhar nesta próxima postagem.
Será a última vez que pedirei ajuda em relação ao meu pé, pois não vejo mais esperanças. Mas mesmo com o pé com problemas irei fazer os 910km restantes do caminho da estrada real, e a pé, afinal, missão dada é missão cumprida, com ou sem pé.
Na última consulta pelo SUS, o médico nem olhou o meu pé, para variar, apenas me receitou o colágeno, que é um pouco caro. Como podem ver na imagem, 180 cápsulas custam 324 reais em uma farmácia de manipulação aqui em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, na internet o preço não está muito diferente. http://www.biofase.com.br/uc2
Qualquer ajuda será bem vinda, pois não irei comprar os 180 comprimidos de uma vez, se o pessoal da farmácia não me vender aos poucos, irei pedir receitas separadas com 30 cápsulas para um mês.
Caixa Econômica Federal
Julio Cesar dos Santos de Oliveira
Agência 2332
Operação 023
Conta 00016678-2
ou então
Agência 2332
Operação 013
Conta 00035331-3
Uma pessoa chegou a me informar que a primeira conta está incorreta, mas acredito que não esteja, mas qualquer dúvida é só entrar em contato:
memoriasdeumesquizofrenico555@gmail.com
Divagações esquizofrênicas são postagens que contém assuntos de relevada importância, mas não ao ponto de se tornarem o único e principal assunto colocado na publicação. E muitas vezes essas postagens não têm tanta importância assim, é mais um dedo de prosa virtual, coisa que gosto de fazer, como bom mineiro que sou. Sejam bem vindos à mais uma postagem desse humilde blog.
Esquizofrenia reversa
Acho que estou com uma nova doença, que batizei com o nome de "esquizofrenia reversa".
Vou tentar explicar: Sinto que agora estou escutando vozes reais e imaginando que são "apenas" alucinações auditivas. Digo apenas pois já estou mais do que acostumado com essas vozes, que já foram bem piores. Atualmente ouço mais as vozes "comentaristas", como se fosse alguém reparando em tudo o que faço, principalmente quando estou andando pelas ruas. No silêncio do meu quarto elas se aquietam e não me incomodam tanto. As vozes ameaçadores acho que não as ouço desde o ano de 2005. E, quando estava surtado, ouvia as vozes, estando ou não sozinho.
Acho que essa "esquizofrenia reversa" começou no ano de 2014, quando estava morando em São Paulo. Era a minha primeira vez na terra da garoa, e ainda estava um pouco estressado, ainda me adaptando à vida agitada do centro financeiro do nosso país.
Me lembro bem dessa voz, que, como disse, senti que foi bem real no momento em que a ouvi e que depois de um tempo fiquei na dúvida se era real ou não. Estava andando tranquilamente na radial leste, quando, de repente, ouvi a voz que parecia vir de dentro de um carro que estava passando em média velocidade:
- Olha lá o cara do blog!.
No momento em que ouvi este comentário levei um susto, fiquei um pouco apavorado, estático, esperando que falassem mais coisas. Mas o carro, como disse, passou em média velocidade. Acredito que possa ter sido uma alucinação, afinal o meu blog nem é tão conhecido assim. Aliás é um pouco conhecido, mas somente no meio do assunto, ou seja, 99% das pessoas que procuram o blog tem algum tipo de envolvimento direto ou indireto com o tema saúde mental. Mas também não descarto a possibilidade desta voz ter sido real também. É uma dúvida que hoje em dia não me incomoda tanto assim, pois as vozes não são mais ameaçadoras como antes. Além das vozes comentaristas, também ouço um pouco as vozes zombeteiras, que ficam zoando a gente. Mas talvez sejam reais mesmo, pois o que não falta são pessoas que, por pura falta de assunto se preocupam mais com a vida alheia do que com a própria....
Então, não tive dúvidas, fui até a lan house mais próxima e tirei a minha "fotinha" que fica na página inicial do blog e coloquei a imagem atual, uma imagem meio enigmática.
Depois desse episódio tive sensações semelhantes ao ouvir outras vozes. Quando estava morando em um abrigo em Belo Horizonte, cheguei a me interessar por uma mulher que também estava lá dando um tempo até se ajeitar na vida. Não cheguei a conversar com ela, apenas ficávamos trocando olhares. Parecia que ela queria me conhecer, mas relacionamentos não é o meu forte, e sou meio desastrado na arte da conquista.
Certo dia, fora do abrigo, escutei o seguinte comentário, quando estava distraído:
- Se você não quer, tem quem queira!
Olhei para o lado e lá estava ela, parada, me olhando. A frase foi meio curta, e fiquei observando seus lábios carnudos para ver se moviam, que é uma forma de se tentar descobrir se estamos tendo ou não uma alucinação auditiva. Mas ela continuou parada, me olhando. No momento pensei se tratar de mais uma das várias vozes que aparecem em minha cabeça, elas geralmente aparecem quando estou um pouco tenso, no meio de uma multidão, por exemplo.
Mas, com o tempo, acabei acreditando que não era uma alucinação, pois eu vi a mulher abraçada com um outro cara que estava no abrigo. Ou seja, ela esperou o tempo que foi possível para me conhecer, e realmente tinha quem a queria, pois era uma morena muito bonita. Ela preferiu ficar com o outro cara, que deve ser menos complicado do que eu.
Ano passado também ouvi uma voz semelhante a essas que ando ouvindo ultimamente, mesmo andando pelas ruas com o fone de ouvido e com a música no volume máximo. Havia acabado de publicar uma postagem com dicas de como não ganhar muito peso usando os antipsicóticos, que, em sua maioria aumentam e muito o nosso apetite. Atualmente não uso esses medicamentos, mas, quando usava chegava a ganhar apenas uns 2 kg e depois o peso se estabilizava. Sempre fui uma pessoa curiosa, e lia praticamente tudo o que aparecia em minha frente. E tive a sorte de encontrar bons livros sobre produtos naturais e sigo algumas dicas de saúde desde os 15 anos. E atualmente estou com o mesmo peso de quando tinha 25 anos, o que acho um boa referência, pois é a idade em que podemos dar uma engordadinha, um ganho de massa muscular, etc.
Então, após publicar a postagem, fui almoçar e, como sempre, comprei doce para comer na volta do restaurante popular. Me lembro que era um delicioso pudim de leite. Duas mulheres se aproximaram de mim e a voz então deu o ar de sua graça:
- Vai engordar tudo de novo!
Não me assustei, pois naquele momento tinha 100% de certeza de que a voz era real. Como disse, o meu blog não é muito conhecido, ainda mais no meio das pessoas "ditas normais". Continuei a caminhar normalmente, pois já há muito tempo a opinião alheia deixou de ser uma preocupação em minha vida. Um dos motivos de ter pirado foi justamente o fato de prestar atenção no que os outros achavam ou deixavam de achar de minha pessoa.
Quando cheguei em casa, voltei novamente a pensar no comentário sobre o meu peso. E fiquei meio dividido no início, mas essa em específico acredito ter sido alucinação mesmo, mas não descartando a possibilidade de ter sido real, ainda mais por que as mulheres estavam de branco.
Uma outra voz ouvi esses dias, quando estava almoçando no restaurante popular. Nos últimos dias estou entrando na fila preferencial, coisa que nunca havia feito, apesar de ser um direito das pessoas com esquizofrenia. Mas, devido ao meu problema no pé, resolvi arriscar a entrar nessa fila, pois tenho que andar 3km na ida e mais 3km na volta para casa. E a musculatura fica um pouco cansada, pelo fato de usar mais a perna direita do que a esquerda. E o dedo quebrado também chega a inchar um pouco. E então, como a fila é grande, resolvei ir direto para a fila preferencial.
Levei o laudo com o meu CID F20 (esquizofrenia paranoide) e também o laudo que consta que o meu hálux (dedão do pé) está quebrado. Resolvi também usar a fila preferencial pois estou tendo um prejuízo muito grande pelo fato de ter esquizofrenia: o médico de um hospital que consegui atendimento não está querendo me operar justamente pelo fato de ser uma pessoa com esquizofrenia, pois o hospital é especializado em ortopedia e não tem psiquiatras e outros profissionais da área caso ocorra algum problema comigo durante o procedimento cirúrgico. Então resolvi usar a esquizofrenia para usar um direito que tenho, que é o de não ter que pegar a enorme fila que geralmente se forma no restaurante popular. No início pensei que iria haver uma revolta das outras pessoas que estavam na fila, que iriam dizer que estava na fila errada, enfim, que iria dar uma enorme confusão e que até a guarda municipal teria que ser chamada. Mas nos primeiros dias foi tranquilo, só ouvi a funcionária que pega os tickets reclamar algo com um frequentador do restaurante.
Já no terceiro dia o funcionário do restaurante me pediu o laudo e expliquei a situação para ele, que foi bastante educado. Mas quando estava sentado fazendo a minha refeição, escutei o comentário:
- Ele é saudável...
Olhei para o lado e não consegui identificar o autor do comentário, que parecia ter sido real, pois é uma situação que chama a atenção, pois na fila preferencial a maioria das pessoas são idosas, grávidas e deficientes físicos. Aparentemente sou uma pessoa normal, e acho que sou um bom ator, sendo o meu papel na vida diária o de um cara normal.... Essa voz acredito ter sido verdadeira e no momento achei que fosse uma alucinação, ou seja, é o contrário da alucinação que temos na esquizofrenia, que é algo irreal que no momento nos chega como se fossem reais.
E essas situações de vozes que parecem ser alucinações no momento e depois de analisar com calma chegar à conclusão de que poderiam ser reais acontecem com certa frequência. Basta ir à um local cheio de pessoas. Então, como não achei nada sobre o assunto na internet, resolvi batizar essa estranha situação como esquizofrenia reversa, onde o real pode nos parecer como coisa de nossas mentes. É complicado, e justamente por isso não me preocupo mais.
O sol
nascer do sol na praia deserta, no Espírito Santo (caminho do Padre Anchieta)
Atualmente estou morando em local bem tranquilo. É claro que surgem alguns perrengues, afinal são muitos moradores compartilhando um mesmo espaço. Mas por aqui as regras são claras, tudo o que não pode está escrito em um pequeno "outdoor" que fica situado logo na entrada. E o futuro morador tem que ler as regras antes de fazer o pagamento do primeiro aluguel, que é adiantado.
Moro bem escondido mesmo, em um corredor. Sinto a falta do sol, mas não aquele sol que fica batendo na parte da tarde e deixando o quarto um forno. Antes morava em um local onde o sol apenas batia de leve na parte da manhã, me informando a hora de acordar.
E sinto falta do sol. Dizem que é bom para a depressão e muitos afirmam que nos países como a Suíça o índice de suicídio é elevado por causa da pouca incidência do sol na maior parte do ano.
Então procurei me informar sobre aquelas pracinhas com aqueles aparelhos coloridos para o pessoal da terceira idade se exercitar. Me sinto longe de chegar mentalmente e fisicamente na terceira idade, apesar de estar com 49 anos. Mas o meu dedo quebrado não me permite fazer exercícios muito forçados. O jeito então é me exercitar nesses aparelhos, que têm baixo impacto para as articulações.
E uma coisa bacana que tem aqui em Belo Horizonte são essas pracinhas com esses aparelhos. Na maioria dos bairros sempre tem uma pracinha dessas, isso quando não tem mais de uma. Afinal é um investimento do município que traz retornos financeiros, pois povo com saúde não vai muito ao posto de saúde... Até virou frase de campanha para as pessoas se exercitarem..
E então, com um pouco de dificuldade (depende muito da noite de sono) me levanto da cama por volta das sete e meia da manhã. Tomo dois copos de água em jejum, espero meia hora, tomo a minha ração composta de leite de soja, gérmen de trigo, aveia e farelo de trigo. Faço um café extraforte mais forte ainda e como um pão, que é a única fonte de carboidratos na parte da manhã.
Vou para a pracinha e faço o alongamento, dou umas três voltinhas para aquecer e uso praticamente todos os aparelhos, para exercitar todos os músculos do meu corpo. E sem cerimônia e vergonha alguma, pois quase que 100% dos usuários desses aparelhos são mulheres e geralmente com mais de 50 anos. Mas saúde e o que interessa, se prestarmos atenção no povo não saímos do lugar.
Depois de fazer os exercícios, dou umas três voltinhas correndo, pois a praça fica em uma descida, e ela é pequena e redonda, e é um pouco chato ficar dando voltas curtas. O bairro onde moro só tem morros, se você não está subindo está descendo, não tem como fugir disso. Mas acho bom pois assim vou treinando para escalar os vales e montes do caminho da estrada real, que ainda não esqueci de esquecer... Não iria me perdoar nunca se não completasse os quatro caminhos da estrada real. Com ou sem o pé operado.
E depois das voltinhas, tiro camisa, ou melhor, já fico sem a camisa durante os exercícios, para ficar mais exposto ao sol da manhã e também não ter que ficar lavando camisa suada todo dia né?
Sento-me no banco, tiro também o tênis e tomo banho de sol por cerca de 20 minutos. Não vejo ninguém fazer isso. A maioria das mulheres usam aquelas calças compridas de praticar esportes, que as deixam com as silhueta bem bonita, podendo nos levar a ter alguns enganos. Acho que isso é coisa de mineiro mesmo, que é um povo um pouco mais conservador. Acho que muita gente estranha essa minha atitude de ficar só de calça tomando sol. Mas é que temos que nos preocupar com a principal fonte de vitamina D, que são os raios solares. Além de ser a principal é a mais barata também. A vitamina D serve principalmente para fixar o cálcio nos ossos, evitando assim a osteoporose e que fiquemos prestando atenção nos anúncios da TV para comprar vitamina D quando nossos ossos já estão fracos.
Benefícios do banho de sol
-ajuda no controle da pressão arterial
-bom para o coração
-bom para a depressão, pois ajuda na produção da serotonina.
- e, claro, o fortalecimentos dos ossos.
-e ajuda na aparência, deixando a pele bronzeada. Não é preciso nem usar filtro solar ou bronzeador, pois o sol da manhã não é prejudicial à saúde. E, para manter o bronzeado é só comer cenoura crua.
Por esses e outros motivos não me acanho de tomar meu banho de sol na parte da manhã. Não quero gastar com vitamina D se posso obter esse componente essencial à nossa saúde de forma totalmente gratuita. É difícil conseguir acordar na parte da manhã, mas vale a pena, pois os benefícios são sentidos durante todo o dia. E juntamente com os exercícios físicos são fundamentais para combater a ansiedade, o nervosismo, etc... Só com o sol e os exercícios físicos economizei cerca de 100 reais: 60 da academia e 40 da vitamina D em cápsulas, pois através dos alimentos é um pouco difícil de se conseguir a dosagem necessária. 15 minutos de sol equivalem a um bom salmão, que é um peixe bem caro.
Também estou usando o cloreto de magnésio, que é muito indicado no tratamento das articulações. Senti uma grande melhora em dois meses de uso. Recomendo à todos que usem, pois os benefícios são muitos. Mas irei falar sobre esse assunto em outra postagem, já que senti várias melhoras em meu organismo.
E assim, com esses pequenos cuidados vou cuidando da minha saúde física e mental. Estou me sentindo bem melhor. Reforcei bem a musculatura das pernas e estou caminhando com mais firmeza. Acredito que mesmo se não conseguir a operação no meu dedão do pé, irei fazer os 910km restantes dos quatro caminhos da estrada real. Tenho que fazer antes que comece o inverno, caso contrário só ano que vem, pois muitas cidadezinhas do interior de Minas Gerais são bem friorentas. Passei alguns apertos quando fiz a primeira viagem sem o saco de dormir. Quase congelei na cidade de Entre Rios, apesar de ser outono naquela época. E depois do inverno tem um pequeno período que dá para viajar, mas é que tem por aqui o campeonato dos centros de convivência aqui de Belo Horizonte. É um torneio de futebol, e eu sou muito fominha. Jogo até com o pé machucado, pois coloco o solado de borracha para não machucar muito o dedão E jogo mais só com a perna direita mesmo. E, se não der para jogar na linha, jogo no gol, pois não sou ruim goleiro. Tenho até nome de goleiro de time profissional...
Não queria deixar para o ano que vem. Viajar está no meu sangue, estou chateado demais com essa situação de não poder andar o quanto quero. Mas o caminho da estrada real vou fazer mesmo com o dedão quebrado, pois pior do que tá não fica. E irei fazer o caminho em um ritmo menor, acho que vou começar andando uns 10km por dia e irei aumentando aos poucos, se der. Se não der, fico andando 10km por dia e aí a viagem pode demorar uns três meses. Mas na estrada real posso viajar até o resto de minha vida, pois não me canso das belezas da minha querida Minas Gerais. E, claro dos quitutes e da hospitalidade do povo também.
Obs: Caso queiram comentar fiquem à vontade. Existe a opção de comentar como anônimo, que é uma boa opção, principalmente se a pessoa está no mercado de trabalho, pois hoje em dia dizem que as empresas estão vasculhando a internet em busca de informações sobre o candidato a vaga.
Muito tempo que não posto música, mas essa canção da banda mineira Jota Quest tem tudo a ver com os temas da postagem.