terça-feira, 8 de novembro de 2016

Ajuda

 
     Ando tão desanimado que faltou inspiração e criatividade para bolar um título para essa postagem, que é um pedido de ajuda mesmo, nada mais do que isso. Um pedido para voltar a ser feliz, de ter o direito de ir e vir, de poder continuar a fazer algo que considero de fundamental importância para a minha saúde mental, que são os exercícios físicos.
    Seria chover no molhado descrever os benefícios dos exercícios físicos na saúde mental. Então vou tentar ser o mais direto possível nesta postagem.
     Quem acompanha o blog sabe que há dois anos atrás tive uma lesão no meu hálux(dedão) do pé esquerdo. Fui no médico e o mesmo, sem ao menos olhar para o meu pé, apenas recomendou passar a santa água morna milagrosa.
     A sensação que tive naquele escritório foi das piores que já tive, mas fazer o que, não adiantava insistir com aquele velho médico carrancudo. A experiência pode ajudar muitas vezes, mas desde que a pessoa saiba aproveitar  a sabedoria que os anos trazem para as nossas vidas. O problema é que, justamente por acharmos que sabermos de mais, ficamos relaxados e paramos de querer aprender. E creio que aquele médico já estava cansado de sua profissão.
    O que pude fazer eu fiz, que foi esperar que o tempo se encarregasse de curar mais esta lesão. Sempre fui de jogar o meu futebolzinho, mas tive a sorte de nunca me machucar gravemente.
    Mas dessa vez o tempo foi cruel, e a dor no dedão do pé, que era um grande incômodo, foi piorando e foi se tornando uma dor que vai sempre aumentando à medida que vou caminhando.
    Com essa piora no quadro, resolvi novamente insistir no sus, já que havia parado com as andanças e estava me consultando em um outro posto de saúde. O clínico geral que me atendeu dessa vez foi muito atencioso e me encaminhou para o ortopedista. Depois de alguns meses de espera, finalmente a consulta fora marcada. Cheio de esperanças compareci no dia marcado, e saí de lá mais frustrado e detonado do que a seleção brasileira na copa de 2014. O ortopedista havia afirmado que aquilo era coisa da idade mesmo, e que nada poderia ser feito. Me passou a fisioterapia e um complemento chamado glucosamina. Sai de lá bem pra baixo mesmo, pois o cara havia acabado de me chamar de velho. Mas a verdade é que estava me sentindo muito bem antes da lesão. Estava com planos de continuar as minhas andanças, de conhecer o centro-oeste e o norte do nosso país, já que o nordeste tive a felicidade de conhecer muitas cidades.
     A fisioterapia não resultou em melhora nenhuma. Era um lugar cheio de pessoas com problemas na coluna, alguns se recuperando de fraturas e outros de cirurgias. E os exercícios eram quase os mesmos. Notei que fazia os mesmos exercícios que um cara estava fazendo por que havia fraturado a perna. E a glucosamina, apesar de cara, não trouxe nenhuma melhora com o quadro.
    A dor era e ainda é um incômodo muito grande. Por um tempo fiquei andando meio de lado, com a parte externa do pé esquerdo, para não forçar o dedão do pé. Resultado: depois de alguns meses, o tornozelo não aguentou e ficou tão inchado que não estava mais aguentando andar e tive que implorar uma muleta no facebook para tentar ser atendido em uma UPA aqui em Belo Horizonte. E na UPA nem precisa detalhar como é o atendimento. Cheguei lá por volta das onze horas da manhã e só consegui chegar em casa por volta da uma hora da madrugada, pois fui transferido para um hospital, que apenas me passou soro. Aquele dia foi um dos piores de minha vida. Apesar do soro e dos medicamentos que tomei, a dor continuava. Não havia me adaptado a andar de muletas, ou ela não havia sido feito para o meu tamanho, o fato é que minhas axilas(subaco) estavam ardendo pra caramba. E não sabia como andar com muletas.
o tornozelo ficou detonado...
     O médico do hospital que fui transferido mandou fazer um exame de sangue, que não detectou nada. Mas para que exame de sangue? Se o problema foi uma lesão que tive, para que ficar olhando um hemograma? O inchaço foi por que o tornozelo não foi feito para se apoiar nele. Estava andando de uma maneira incorreta e o corpo um dia cobra isso. E fiquei esperando duas horas e meia sair um exame de sangue para o médico dizer que o problema era o esforço repetitivo mesmo.
    Ainda estava tomando o soro, a agulha no meu braço. Pensamentos não muito bons passaram em minha cabeça e pensei em dar um fim a todo esse sofrimento. Coloquei a blusa de frio e resolvi sair do hospital, com a intenção de tirar a minha vida deixando o sangue escorrer por aquele tubinho de plástico. Quando estava em uma crise, havia pesquisado alguns métodos para se auto exterminar e uma pessoa havia passado essa dica. No começo os funcionários do hospital na saída não queriam me liberar, mas, depois de muita insistência apoquentá-los consegui finalmente estar livre para acabar com todo aquele sofrimento. De início pensei em abrir o soro em algum canto qualquer, mas provavelmente seria socorrido por alguém e levado novamente para o hospital.
    Resolvi então voltar para casa e deixar o sangue cair todo em um balde. Mas o plano não deu certo, pois o sangue já havia se coagulado e entupido o tubinho. Mais uma tentativa frustrada. Desculpem-me estar tocando nesse tipo de assunto, mas foi o que aconteceu. A agulha também estranhamente havia amolecido. Não acho legal ficar postando dicas de auto extermínio, mas é o meu estado de ânimo no momento. Tive que comer uma barra de chocolate para aumentar os meus níveis de dopamina e serotonina para escrever estas linhas.
    No dia seguinte, como as dores não haviam cessado, fui para o posto de saúde, já que o problema havia ocorrido no final de semana. Tive a sorte de encontrar um clínico geral atencioso que me indicou uma injeção na poupança e que resolveu o problema do tornozelo em cerca de 40 minutos. Ai me pergunto, como um clínico geral pode ter mais conhecimento nesse tipo de situação do que um ortopedista de um hospital?
a cartilagem já não existe mais... 
    O problema no tornozelo havia sido resolvido, mas o dedão do pé continuava... Tive que mudar a minha caminhada, tentando caminhar da maneira correta e forçando a lesão mesmo.  Ou seja, uma dorzinha a cada passo que eu dou. E essa dorzinha vai aumentando à medida que caminho, até o momento em que tenho que parar por não aguentar mais. Não é aquela dor insuportável, mas fazer exercícios físicos não é mais possível fazer. Caminhar mais de 1km já é um pouco sofrível para mim. Subir uma escada ou uma rua já faz a musculatura da perna doer logo no início. E a minha condição aeróbica está precária também, afinal são dois anos de sedentarismo. Não tenho nem coragem de reler as minhas postagens das minhas andanças.
     Além de todos esses problemas, tem a questão da saúde mental. Os exercícios físicos e as caminhadas me deixavam mais animado, mais tranquilo. O psiquiatra até queria me passar um haldol ou um outro antipsicótico qualquer, mas sei que está pegando no momento é o meu pé mesmo. Os médicos costumam separar o ser humano cada um na sua especialidade. O psiquiatra acha que o problema é mental e desconsidera que um problema físico que impede uma pessoa de andar normalmente não possa agravar um quadro de um transtorno mental.
    Não é nem preciso fazer pesquisas em ratos de laboratórios, os exercícios físicos ajudam na esquizofrenia, na depressão e em tudo! Eu sempre soube disso, é como chover no molhado, mas abaixo um link sobre o assunto:
http://www.news-medical.net/news/2007/08/01/82/Portuguese.aspx
    Mas, voltando a tentativa de atendimento no sus, resolvi novamente insistir no posto de saúde, pois o ortopedista que me indicou a fisioterapia não marcou um retorno. Acho que ele acredita mesmo que o problema seja na minha idade mesmo e que tenho que ficar assim pro resto de minha vida.
    Dessa vez fui atendido por uma ortopedista, que foi muito atenciosa e pediu uma avaliação em um hospital para uma possível cirurgia. Demorou alguns meses para sair essa consulta no hospital.
    E novamente decepção em cima de decepção. Estava animado imaginando que finalmente seria operado, e que novamente poderia andar normalmente. Mas, que nada. Nas duas vezes que fui atendido nesse hospital, quem me analisou foram estagiários, o médico chefe apenas dava uma olhada e a palavra final, ou seja, de que não era necessário operar. Apenas me receitou uma pomada e anti-inflamatório. E água morna também...  Um estagiário até chegou a me falar sobre a cirurgia, mas o médico chefe, um senhor de 80 anos, disse que não era necessário a operação.
    Sinceramente não sei como pode essa situação acontecer. Esse médico por que não se aposenta e dá lugar a quem quer e precisa trabalhar? Ele está claramente debilitado, e fica sentado a maior parte do tempo. Como disse, a experiência traz coisas boas sim, mas, somente se a pessoa souber aproveitá-las e não se achar um sabe tudo. E é visível também o cansaço dele com a profissão.
    O jeito foi pesquisar o Dr. Google e encontrou algo que me deu algumas esperanças. É um novo procedimento menos invasivo que resolve esse problema da artrose no hálux. Por ser menos invasivo, não é tão caro assim. A UFMG faz essa cirurgia gratuitamente, mas o encaminhamento tem que ser feito via posto de saúde. E nesse posto de saúde do meu bairro, só me encaminham para o velho doutor que acha que não preciso de operar. Talvez ele não saiba que detesto hospital e morro de medo de agulhas. Creio que, caso opere algum dia esse meu pé, terei que tomar uns 10 diazepans para ficar tranquilo, pois a anestesia provavelmente é local
    Abaixo o link desse procedimento que é menos invasivo e que pretendo fazer um dia.
http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/08/24/noticias-saude,187161/
    Cheio de esperanças, fui no consultório desse médico. Mas quase tive um enfarto ao me falarem o valor de uma consulta para avaliar a necessidade da operação: 500 reais!
    O jeito foi tentar pedir uma colaboração e o médico, que é superocupado, me deu um desconto de 200 reais.  e me fará  a consulta por 300 reais. O problema é que nem com esse desconto consigo marcar uma consulta. Tenho que pagar o aluguel e a alimentação ganhando apenas um salário mínimo. E talvez nem isso eu tenha mais, pois o governo está cortando muitos benefícios. Sem a aposentadoria, terei que obrigatoriamente continuar com as minhas andanças por ai. Mas que pelo menos que eu tenha saúde para andar. Não tenho muita força para lutar contra dois tipos de problemas distintos, um mental e outro físico.
    Abaixo o cartão do consultório do ortopedista, caso queiram tirar alguma dúvida. Ainda não marquei a consulta, pois não tenho o dinheiro para tal. Fico sem jeito de pedir, mas é o que me resta fazer. Já me ajudaram quando precisei de comprar a glucosamina que me foi receitada pelo primeiro ortopedista que consultei. Hoje venho pedir essa ajuda a quem possa contribuir. É apenas o primeiro passo. A cirurgia custa em torno de mil reais, segundo a matéria do link que foi publicado no ano de 2015. Talvez hoje esteja em torno de 1300 reais. Mas hoje o que peço é a ajuda para fazer a consulta com o ortopedista do link da matéria, pois já cansei de tentar o procedimento pelo sus.

   O número da conta é o mesmo para adquirir o livro Mente Dividida
Julio Cesar dos Santos de Oliveira
    Caixa Econômica Federal
   Julio Cesar dos Santos de Oliveira
   Agência 2332 Ipatinga MG
   Caixa Econômica Federal
   Operação 023
   Conta 00016678-2
    Caso queiram entrar em contato é só enviar um email
    juliocesar-555@hotmail.com
    Muitos devem me achar um cara de pau, ou sem vergonha por ficar pedindo ajuda aqui no blog. Às vezes me sinto envergonhado sim, mas, olho para o passado e garanto que procurei ajudar as pessoas sempre que tinha condições. E hoje tento de alguma forma ajudar, tanto aqui no blog como na vida real, ajudar as pessoas que estão passando hoje o que passei e ainda passo um pouco por conta desse transtorno mental chamado esquizofrenia.