segunda-feira, 16 de julho de 2012

Transtornos psiquiátricos- Programa A liga, da Band

    Resolvi postar esse vídeo, pois fiquei surpreso ao ver que existem hospitais que tratam de uma forma mais humanizada e com respeito os portadores de transtornos mentais. Infelizmente ficam gravadas na mente aquelas imagens da maioria dos hospitais psiquiátricos que vemos por ai em alguns documentários: pacientes mal tratados, nus, magros e abandonados à própria sorte.
 Achei legal também a participação do músico Lobão, que também se divertiu bastante com a entrevista, tocando até bateria no baile em um hospital psiquiátrico.
    Não estou afirmando que sou a favor ou não de hospitais psiquiátricos, mas, acho que, em algumas situações é a única solução possível, já que, infelizmente, muitos familiares abandonam os portadores por não saberem lidar com o transtorno. Também devemos nos colocar no lugar dos familiares, deve ser muito difícil e doloroso de se lidar com um parente em crise e que esteja apresentando sinais de agressividade.


    Também achei interessante postar sobre esse programa da Band, A liga, afinal devemos também dizer que existem bons programas na tv aberta. Hoje em dia as pessoas estão criticando demais à tudo e a todos, mas esquecem que ainda existem coisas boas para se fazer e ver.
    Não posso opinar muito sobre hospitais psiquiátricos, pois, apesar de ter surtado algumas vezes, não cheguei a ser internado, talvez por não ser agressivo ou demonstrar através da fala ou gestos que que estava fora da realidade naqueles momentos.  Nessas situações, a minha principal reação era apenas fugir dos meus inimigos imaginários. Claro que algumas pessoas souberam que eu não estava bem, mas não chegaram a me internar. E, pelo que ouço dizer da maioria dos hospitais psiquiátricos, fico me perguntando se talvez seria melhor ter sido internado do que ficar alguns meses nas ruas de Belo Horizonte até conseguir me recuperar, com a ajuda de muitas pessoas que encontrei pelo caminho. Acredito que o principal remédio contra a esquizofrenia para mim no primeiro surto foi a solidariedade das pessoas. Claro que cheguei a ser hostilizado, mas, na maioria das vezes, fui muito bem recebido e devo minha recuperação, em grande parte, as pessoas que me ajudaram em Belo Horizonte e em Ipatinga. Não irei dizer o nome dessas pessoas, pois, além de serem muitas, não quero correr o risco de cometer alguma injustiça.

8 comentários:

  1. Olá amigo,

    Lembra de mim? Aquela mãe com filho internado com possível diagnóstico de esquizofrenia?

    Bem meu filho está bem, não se encontra mais agitado e agressivo, mas ainda está delirante e ansioso...Ainda internado...

    Amei o vídeo, como já lhe disse tenho acompanhado seus posts e isso vem me ajudando muito...

    ainda bem que existem instituições psiquiatricas sérias e humanas, estou a frequentar o CAPS agora afim de aprender tudo que possa ajudar meu filho e estou maravilhada com o trabalho feito lá, o apoio a família, a assistência dada aos pacientes, a estrutura e o melhor de tudo é saber que é um serviço público de qualidade...

    Tenho condições de dar ao meu filho um bom tratamento, acolhimento e amor então penso eu que o Arthur terá condições de não chegar a esse ponto, pois muitos desses pacientes estão abandonados e ainda bem que são acolhidos com amor, tenho sentido na pele o preconceito inclusive por parte de familiares, mas também tenho encontrado muito apoio e carinho, ainda bem que existe compensações não é?

    Ainda ontem um amiguinho de meu filho veio em minha casa e trouxe uma carta da turma da escola, todos escreveram com muito carinho dando votos de melhoras pra ele, nem precisa dizer que eu desabei, pois jamais poderia imaginar que ele teria esse apoio vinda de adolescentes, Arthur continua com idéias delirantes de como salvar os gordos de bulling e fica a todo momento dizendo que é o melhor garoto do mundo em tudo escolhido por Deus que fala com ele, que ele precisa proteger a mim, o pai e o irmão e os animais do mal... Os médicos disseram que a cognitividade não foi afetada, anda normal, conversa normal, sua coordenação motora está perfeita, não tem discurso pobre.

    Arthur sempre foi tímido, mas sociável, sempre adorou animais e por conta disso tenho um zoológico em casa, três gatos, quatro cachorros, três tartarugas, um ganso(bravo rsrsr)...

    O que mais machuca é o preconceito, o que mais machuca é as pessoas falarem que agora terão MEDO do meu filho...

    A doença é atroz sim mas não tira a essência da pessoa...

    Obrigada amigo

    Bel

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    1. Espero que seu filho esteja bem agora. Com sua ajuda e por ter descoberto isso cedo(creio eu) acho que vai conseguir superar isso. Só acho que deve procurar uma dosagem e um remédio que o faça se sentir bem e não o deixe muito sonolento.
      Abraços

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    2. Olá amigo,

      Pois é ele não está muito sonolento, justamente porque agora os médicos da clínica tiraram a sedação, e haldol o fez dormir dois dias isso com dosagem baixa, o seroquel tb o deixou muito sonolento, então suspenderam essas medicações, ele vem tomando uma injeção, isso mesmo, é um medicamento novo que se toma um vez por mês, ajuda muito nos sintomas positivos e não tem muito efeito colateral, é caro, bem caro e tb está a tomar frontal pra ansiedade, quanto aos sintomas negativos a psicoterapia tem ajudado muito, segundo o psiquiatra dele informou, o importante é não ter recaídas no surto, pois os surtos deixam uma sequela psicológica como se fosse uma cicatriz, o paciente bem medicado e com psicoterapia pode-se levar sim uma vida tranquila....

      Estava eu a ler seu post anterior, acho eu que algumas pessoas nascem com a audição sensível, não sei se isso seria um sintoma do transtorno, o Arthur por ex escuta uma voz dentro da cabeça dele, isso é um sintoma...
      Na minha humilde opinião creio eu que vc tenha uma audição sensível e com o transtorno isso fica potencializado

      Obrigada amigo pelo carinho

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  2. cheguei a ir ao hospital em surto uma vez me deram diazepam e me mandaram para casa sozinha, peguei um moto taxi e pelo que lembro pedi para parar e desmaiei no caminho, quando acordei, ele havia me levado de volta ao hospital, mas eu não quis esperar novamente para nem ser vista direito pelo médico. Eu fui sozinha e fiquei esperando 6 horas pelo atendimento, fui por estar com muitos pensamentos suicidas e quando fui atendida ja estava numa crise maior, mas, não lembro direito tudo.

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    1. Verdade, tem hospitais que nem vale a pena mencionar. Estou me lembrando agora de um dia, em que estava me sentindo muito mal, na época eu não sabia o motivo, mas hoje sei que foi por que não me dei bem com o haldol. O médico que me atendeu, quer dizer, ele nem chegou a me atender, me ouviu no corredor mesmo, e rapidamente disse que a solução era tomar um remédio para baixar a pressão. Não entendi nada na hora, pois ele estava com pressa e tomei o remédio sem saber para que estava tomando e não senti nenhuma melhora. Mas, claro que existem bons médicos no sus, mesmo recebendo um baixo salário dão atenção a seus pacientes.

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    2. Vc tem um blog? Fui dar uma olhada em seu perfil e gostaria de conversar com vc

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    3. Gente quanto absurdo, onde já se viu isso? Nossa Sophie, não havia ninguém pra acompanhá-la ao hospital? Olha é vc foi corajosa e sobretudo muito responsável, pois em surto muitos não iriam nem pensar em procurar ajuda...

      Se cuida criança um beijo

      Bel

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  3. Minhas experiências com o hospital não foi as melhores, pois todo surto que eu tive chamaram os bombeiros e me levaram amarrada para o mesmo hospital e la continuei amarrada ate o dia que tive alta,mesmo depois de medicada continuava amarrada,em uma das internações me lembro que consegui me desamarrar foi a unica vez que fiquei solta , mais mesmo assim eles haviam tentado me amarrar mas como eu ja estava falando normalmente me deixaram solta hoje graças a Deus ja tem pelo menos dois anos que não tenho nenhum surto ,um abraço e parabéns pelo seu blog

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