terça-feira, 21 de novembro de 2017

Precisamos falar sobre suicídio

                      Jovem comete suicídio depois de ter fotos íntimas vazadas na internet
 
    Uma adolescente de 16 anos cometeu suicídio na tarde da última quinta-feira, na cidade de Veranópolis, na serra gaúcha, depois que fotos em que aparecia com os seios à mostra se espalharam pelas redes sociais. A hipótese da polícia é que as imagens tenham sido captadas por uma webcam durante uma conversa com um ex-namorado, que também teria distribuído as fotos pela internet.
    O rapaz teria divulgado as imagens, captadas há cerca de seis meses, pelo Twitter e pelo Facebook no início da semana passada depois de terminar o relacionamento com a garota. Os dois eram colegas no segundo ano do ensino médio e terminaram o namoro há cerca de um mês. De acordo com as primeiras informações da polícia, a adolescente foi avisada por uma amiga sobre as fotografias e encontrada morta em casa poucas horas depois.
    Há pouco mais de uma semana, uma jovem do Piauí, com a mesma idade, também se matou após saber que imagens de um ato sexual do qual participava tinham sido propagadas pelo aplicativo de smartphones “Whatsapp”.
    O computador e o celular da estudante Veranópolis foram entregues nesta quarta-feira à polícia pela família, que também registrou ocorrência. Segundo o delegado Marcelo dos Santos Ferrugem, os responsáveis pela divulgação das fotos poderão ser enquadrados no artigo 241 A do Estatuto da Criança e do Adolescente, que qualifica como crime grave a disseminação de fotos, vídeos o u imagens de crianças ou adolescentes em situação de sexo explícito ou pornográfica.
    O nome do estudante suspeito de enviar as imagens para as redes sociais está gravado no printscreen da foto, feito da tela a partir de uma conversa via de internet em que a estudante mostra os seios pela webcam. De acordo com o delegado, outras pessoas também poderão ser responsabilizadas. Além do adolescente, todos os que compartilharam as imagens podem ser enquadrados no mesmo crime, segundo Ferrugem.
    Nos próximos dias, o delegado pretende colher o depoimento de outros parentes e amigos da jovem para esclarecer as circunstâncias da divulgação da imagem. Os nomes dos envolvidos no episódio estão sendo preservados a pedido da família da adolescente.

Fonte: O globo
https://oglobo.globo.com/brasil/jovem-comete-suicidio-depois-de-ter-fotos-intimas-vazadas-na-internet-10831415

A zoação do mal
   Acredito que boa parte dos leitores do blog deve saber que não sou muito fã do tal do Control V + Control C. Raramente copio um texto e colo por aqui e, quando faço este procedimento, sempre cito a fonte. Infelizmente um elemento anda copiando minhas publicações, e nem se deu ao trabalho de modificar algo, simplesmente copiou e postou em seu blog como sendo de sua autoria.
   Não sei se tudo o que posto é ético, moral ou se é considerado o correto pela sociedade e pela maioria das pessoas. Provavelmente que não, pois não sou parte da maioria e também não sou uma minoria, como sempre disse, a minha tribo sou eu e que os rótulos sejam jogados para o quinto dos infernos... Tenho inúmeros defeitos, mas a falsidade não está  na lista de minhas imperfeições e posso dizer que não existe coisa melhor no mundo do que olhar para trás e constatar que, apesar dos erros, fomos e somos uma pessoa coerente e justa.
   Há alguns dias atrás me deparei com a triste notícia do falecimento dessa jovem. Ela cometeu o autoextermínio ao saber que suas fotos íntimas foram vazadas na internet.
    O medo do julgamento e da opinião alheia pode nos fazer cometer muitas loucuras, inclusive tirarmos a própria vida, ainda mais na adolescência e no início da vida adulta. Infelizmente muitas pessoas sentem o mórbido prazer na desgraça alheia, até o momento em que algo semelhante aconteça com elas. Às vezes é necessário sentir na pele certas situações para as entendermos com maior clareza e precisão. Sempre me lembro do Padre Marcello Rossi que afirmou que fez bem a depressão chegar em sua vida, pois ele mesmo tinha um grande preconceito em relação à essa doença, afirmando que tudo não passava de frescura das pessoas acometidas por esse problema que é considerado o mal do século.
Padre Marcelo Rossi, antes e depois da depressão
    Essas pessoas, se não acontecer algo de ruim em suas vidas infelizmente irão continuar sentindo prazer e a se divertir com a desgraça alheia. Elas sentem tanto prazer com isso que até fazem questão de compartilhar as fotos íntimas para seus contatos das redes sociais.
    Mas será que sempre será preciso passarmos por estas situações para descobrirmos que o ato de julgar, debochar, zombar pode ser tão ou mais doloroso e destruidor do que uma agressão física?
   Confesso que também tinha muito preconceito em relação à esquizofrenia, a única referência que tinha sobre o assunto era a capa do álbum da banda Sepultura, que se intitula Schizophrenia e tem na capa uma pessoa amarrada com camisa de força, ao lado de dois enfermeiros.
    Resolvi postar sobre esse tema não muito agradável por que, além de ser um assunto muito importante, algumas feridas psicológicas podem não se cicatrizar e ficar para sempre em nossas mentes, impedindo de nos relacionarmos e vivermos normalmente.

A psicofobia em minha vida
    Passo por situação parecida até nos dias de hoje. Boa parte das dificuldades pelas quais passei relatei aqui no blog e no livro que escrevi, chamado "Mente Dividida". Atualmente ainda sou zombado por algumas pessoas, principalmente da vizinhança. Sinceramente não sei o motivo, pois geralmente não converso com ninguém e só saio de casa para almoçar, um típico pacato cidadão. Talvez muitos pensem que levo uma vida boa, que ganho bem e que me aposentei assim que entrei pela primeira vez em uma agência do INSS...
    Também alguns usuários de maconha que não gostam muito de trabalhar tentam me desestabilizar, pois nunca escondi que não sou a favor de certas coisas. Não estou citando o fato da maconha em específico, e sim o fato de perturbar a ordem alheia para fazer o uso da erva. Não sou maconhofóbico, só não acho legal deixar a vizinhança acordada a noite toda quando fazem o uso da erva. E se essas pessoas se sentam ofendidas com minhas declarações, poderiam muito bem ir à uma delegacia me acusando de maconhofobia... 
    - "Vamu trabalhar gente!"
    - "Ê vida boa...
    - Ô vagabundo!...
     Essas são frases que já ouvi, principalmente na rua onde costumo passar para ir almoçar. Procuro andar da melhor maneira possível, dentro de minhas condições financeiras e apesar de não gostar muito de lavar roupas. São alguns lavadores de carro e outros trabalhadores que implicam comigo um pouco. Não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas, pois nunca disse uma palavra para elas. Acredito que estar em paz consigo mesmo pode ser a causa dessa situação, pois invejar a minha condição financeira não pode ser....
    Já ouvi comentários sobre o meu peso, se estou gordo ou se estou magro. Chegam a afirmar que sou louco, maluco e por aí vai. Praticam a psicofobia, e isso sim é crime previsto na lei. Mas não me preocupo com isso, pois não chega a me afetar e não gosto de confusão. No início ficava um pouco surpreso com esses comentários, mas infelizmente faz parte do cotidiano de algumas pessoas se preocuparem com a vida alheia.
    Na época em que trabalhava nunca cheguei a me preocupar se fulano ou ciclano trabalhava ou não, ou se recebia algum benefício do governo. Me chamam de vagabundo, mas se me aposentei é por que trabalhei duro por 17 anos seguidos de minha vida. Não gostava muito de férias e até entrava em depressão na época das chuvas, em que havia pouco serviço na área de sonorização. O trabalho era a minha diversão....
    Quando estava morando nas ruas, um policial chegou a tentar a me interpelar, mas no momento em que ele se aproximou de mim uma assistente social apareceu afirmando que me conhecia e me levou para um abrigo e assim pude começar o meu tratamento. Acredito que ela iria hesitar em me ajudar se não fosse um cara trabalhador e que ficasse o dia inteiro dando um "tapinha" em um baseado...
    E  hoje em dia não me preocupo mais com a opinião alheia. Surtei, enlouqueci e quase morri por que dava muita importância ao que os outros pensavam e achavam de minha pessoa.

     Surtar foi terrível, não desejo isso para ninguém. Mas tudo tem o seu lado bom, até as piores coisas possíveis que possam nos acontecer, É a tal da resiliência que nos faz tirar proveito dessas situações complicadas e nos tornar pessoas mais fortes e melhores.
 Surtar no meu caso teve lado positivo:
1- Conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram bastante nos momentos mais difíceis.
2-Descobri que o mundo ainda tem jeito.
3-Aprendi a me conhecer melhor, que sou mais forte do que imaginava.
4-Conheci também os meus pontos fracos
5-Aprendi que existem os chamados transtornos mentais e que nem tudo é coisa do capeta.
6- Aprendi que as pessoas acometidas pelos transtornos mentais não são todas iguais, cada uma tem suas qualidades e defeitos como qualquer outro ser humano.
7-Aprendi que a pessoa com esquizofrenia pode realizar e executar tarefas
8-Descobri que pessoas más usam as palavras para fazer o mal ao próximo, e que a língua pode ser a pior das armas.
9-Aprendi a não dar valor a opinião alheia

    Vou parar no nono item, mas a lista do aprendizado com os surtos e as dificuldades que passei com a esquizofrenia é enorme. Me tornou uma pessoa melhor e mais forte. Posso me considerar um sortudo, pois acredito que não era para estar vivo neste momento. Tive uma vida bem interessante até antes de surtar, e, quando pensei que era o fim, fui resgatado e aprendi um monte de coisa que nem sabia que existia e hoje em dia me sinto uma pessoa útil ajudando as pessoas que estão passando neste momento o que passei há alguns anos atrás.
     Mas este final nem sempre acontece com todo mundo que é alvo de boatos, de fofocas, mentiras ou até mesmo o bullyng, que é a chamada zoação do mal. Muitos conseguem o autoextermínio, pois o sofrimento psicológico é tão ou pior do que o físico. Casos como o dessa menina infelizmente não são raros. Infelizmente boa parte da mídia prefere não comentar e noticiar sobre o suicídio, numa tentativa de tampar o sol com a peneira. Mas essa mesma mídia não se cansa de noticiar e dar atenção quando uma pessoa com algum tipo de transtorno mental comete algum ato de violência....
    Só falando e debatendo sobre o assunto é que algumas vidas poderão ser salvas. O silêncio em nada resolverá. Muitos pais têm medo e receio de falar sobre o tema e preferem ficar calados, talvez pensando que seja apenas uma fase, coisa de "aborrecente" mesmo. Nem todo mundo tem forças e consegue sobreviver à esse bombardeio mental que acontece quando temos nossa vida intima compartilhada por muitas pessoas que às vezes nem conhecemos.
comentário de um leitor do blog

    O comentário acima recebi dias atrás de um leitor do blog. Compartilho de quase toda a opinião dele. Só não concordo quando ele generaliza que o ser humano é um lixo, pois, como já relatei, conheci pessoas maravilhosas quando estava morando nas ruas de Belo Horizonte durante o meu primeiro surto psicótico. Sem a ajuda dessas pessoas, provavelmente não estaria aqui escrevendo estas linhas. É como se fosse uma corrente do bem, é uma forma de tentar retribuir de alguma maneira toda a ajuda que recebi. Claro que nem sempre poderei ajudar, também tenho os meus problemas e dias maus, pois algumas coisas não podem ser apagadas como se fossem palavras escritas  em um quadro negro... 
    Não tenho vergonha de minha loucura, ao analisar o mundo atual em que vivemos. Mas se pudesse de alguma maneira ocultar essa minha condição, faria isso sem a menor dúvida. Ao relatar a minha condição, estou exposto a qualquer tipo de comentário negativo, que não posso cometer nenhum deslize, pois serei taxado como maluco, doido, etc..
    Mas como moro de aluguel tenho que relatar a minha condição de aposentado para o dono do imóvel e, como em um passe de mágica, toda a vizinhança fica sabendo do fato.
     Mas não tenho vergonha, teria se fosse um traficante ou se tivesse que roubar para sobreviver. As pessoas ficam curiosas ao me verem andar todos os dias na hora do almoço e sempre voltando logo depois. Procuram saber o que faço da vida, e qual é a minha fonte de renda. Não tem como se esconder. E também não sou muito bom em mentir. Penso em um dia morar em uma pequena cidade do interior, mas não sei se também irei ser bem recebido ao falar sobre o motivo da minha aposentadoria.... 
    Voltando ao tema inicial da postagem, a minha mensagem para quem sofre algum tipo de bullyng, boato ou algo parecido é que a língua é o chicote do povo, e que pode ser a pior arma que existe, caso nos preocupemos demais com a opinião alheia. Procure alguma ajuda, nem sempre somos fortes para lidar com essa situação sozinho.
    E para quem tem o costume de se preocupar mais com a vida alheia do que a própria, pense e reflita que você mesmo poderá passar por situação parecida no futuro, que não nos pertence. Quem diria que o Padre Marcello Rossi, aquele que cantava com alegria em quase todas as emissoras de TV, músicas como "O vira de Jesus", "Erguei as mãos" teria que passar por uma forte depressão para entender que, assim como o coração, o fígado e outros órgãos, o nosso cérebro também pode adoecer.

Enquete
Afinal, falar sobre suicídio ajuda ou atrapalha? Participe da enquete Votando na parte superior direita da página. As pessoas precisam saber, já que pouco se fala sobre o assunto por aí. 

16 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Estava navegando na internet procurando sobre coisas relacionadas a esquizofrenia, e por acaso achei seu blog. Foi um achado, aproveitei e já li um monte de textos. Quero parabenizá-lo pela coragem, pela sinceridade, pela clareza, por você estar, através desse blog, realmente prestando um serviço de utilidade pública à sociedade. Eu tenho muito em comum com você: também tenho esquizofrenia, também moro em Belo Horizonte, e também sou incompreendido. Resiliência: Essa é a palavra chave. Você pode deixar se abater com as dificuldades da vida, ou então, você pode erguer a cabeça e seguir em frente. Eu mesmo já estive bem próximo do suicídio, principalmente na época em que surtei. Fui internado por minha família numa clínica particular aqui em BH, e foi por pouco que eu escapei com vida. A gente que tem essa doença passa por situações extremas... tenho sorte de ter pessoas que se importam comigo e querem o meu bem. Continue firme, amigo. Te chamo de amigo porque já te sinto como um. Sua nobreza e fortitude são realmente admiráveis. Percebo que você, apesar do sofrimento, nunca reclama de nada nem nunca se vitimiza. Simplesmente, segue seu caminho. E é assim que deve ser. Perceba o paradoxo: com sua atitude, você é extremamente são. Mais são do que a maioria das pessoas. Adoraria conversar com você, sinto que você é alguém com quem eu poderia falar coisas que não falo a outras pessoas. Um abraço, se cuide. Deus te abençoe. Josué

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    1. Obrigado pelas palavras de incentivo. Realmente não é nada fácil lidar com algumas situações que passamos. Mas como disse, tudo tem um lado positivo e o jeito é ir aprendendo a tirar lição de cada dificuldade que passamos.
      A esquizofrenia geralmente causa situações complicadas onde geralmente não existem culpados, principalmente pela falta de informação sobre o assunto. Acredito que esteve próximo do suicídio no começo dos surtos, em que tudo era uma terrível novidade.
      Mas com o tempo podemos aprender a lidar melhor com todas essas situações

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  2. Olá. Eu acho que o suicídio, depressão e outros devem sim ser falados, iria salvar e melhorar a vida de muitas pessoas. Por falar em suicídio, você já assistiu a série 13 Reasons Why? É uma série muito boa que fala sobre uma jovem que antes de cometer suicídio deixa várias fitas falando os motivos dela ter cometido tal ato. Eu assisti na Netflix. Se você não tem Netflix e quiser assistir eu recomendo você assistir no site do link abaixo, é muito bom.

    http://www.thenightseries.net/13-reasons-why/

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    1. Obrigado pela participação e pela dica da série, só assisti o primeiro capítulo.
      Verdade, muitas vidas poderiam ser poupadas se o assunto fosse mais e melhor discutido pelas pessoas, profissionais ou não da saúde mental.

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  3. OLá,
    Parabéns pelo Blog. Acredito que falar a respeito de todos os assuntos relacionados a esquizofrenia é sempre muito positivo. Falar e exteriorizar aquilo que se sente é a melhor forma de se encontrar os caminhos da solução. Ainda que não se tenha uma solução efetiva, toda a ajuda é bem vinda.
    Quando a enquete: Falar sobre suicídio é urgente. Temos que falar, temos que chamar a atenção da sociedade para esse grande problema. Os índices são alarmantes. Suicídio é um problema social, é um problema de saúde pública! Chega de negligência, a vida humana tem que ser preservada e respeitada. Se não nos mobilizarmos nessa questão muitas vidas se perderão. Todos deveriam se conscientizar da gravidade do risco que pessoas com transtornos mentais correm. Temos que nos informar de meios e formas de ajudar e evitar essas tragédias. ...suspiro...peço à Deus sabedoria para ajudar. Abraços à todos.

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    1. Infelizmente quem deveria falar sobre o assunto e discutir prefere colocar na grade de sua programação programas como o BBB e outras "atrações" que dão mais ibope. A vida é deixada para um segundo ou até terceiro plano.

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    2. Talvez a vida não tenha sido deixada para segundo plano ou terceiro. Me parece que as pessoas no geral não acreditam que possa acontecer e quando acontece....é tarde demais. Por isso que parabenizo você por levantar essa questão e assim dar oportunidade de manifestações as quais levam os que leem a pensar sobre o assunto. Quanto a programação da Globo...sinceramente, melhor nem discutir pois seria perder tempo com futilidades e me parece que essa é a intenção dos que criam essas programações. Abraço.

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  4. Procurando sobre o Quetipin, encontrei você.

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    1. Sim, a quetiapina é a postagem mais acessada do blog.
      Acho que a indústria farmacêutica está investindo pesado nesse mediamento, está todo mundo querendo saber sobre ele.
      Você toma quetiapina?

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    2. Hoje é o primeiro dia sem quetiapina e não dormi nada....nem 10 minutos. Depois de 15 dias já tinha me acostumado. Tenho borderline, depressão, ansiedade....vc ainda toma a quetiapina ? O esc apenas pela amanhã não me ajuda muito.

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    3. Parei de tomar logo no segundo dia, pois me deu uma fome danada, e então, além do prejuízo à saúde, iria me dar um enorme prejuízo financeiro. Sou aposentado, pago aluguel ganhando um salário mínimo. Nem se o psiquiatra pagasse a minha conta na padaria continuaria com a quetiapina. Mas não recomendo que todos façam o mesmo cada caso é um caso e as pessoas têm condições diferentes também.
      Caso se sinta dependente já da quetiapina sugiro que pare aos poucos se está se sentindo um pouco agitada.

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  5. Sim devemos falar, estamos fazendo a nossa parte. Mas muitas vezes a própria família tem vergonha de uma doença mental dentro de casa. As vezes moramos em família e ninguém percebe o comportamento do outro. Um mundo bastante isolado, materialista. A midia não fala. Por enquanto vamos fazendo a nossa parte. Abraço.

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  6. Julio, boa tarde! Te encaminhei um e-mail. Sou jornalista em Ribeirão Preto e gostaria da sua participação em uma matéria sobre o assunto. Se puder me responder via e-mail, lhe agradeço.

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    1. Olá
      Tenho interesse sim em ajudar, mas o seu email não apareceu por aqui não.
      juliocesar-555@hotmail.com
      juliocesar_555@yahoo.com

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  7. Olá, peço ajuda para lidar com meu irmão. Acredito que ele tenha tido seu primeiro surto hoje. Moramos em um prédio e durante a madrugada o porteiro interfonou perguntando se ele estava bem, pois estava entrando e saindo para fora do prédio por várias vezes seguidas em intervalos de 5 A 10 min. Eu acordei e realmente percebi que ele estava entrando e saindo de casa nesse intervalo. Estou muito preocupada com ele. Ele tem todos os sintomas de esquizofrenia. Como a família deve lidar com isso? Já ofereci ajuda a ele, para levá-lo a um psiquiatra mas ele não aceita. Está difícil lidar com tudo isso pois meus pais já são idosos e não andam bem de saúde. Quero ajudá-lo mas não sei como. As vezes sinto medo dele, tenho a preocupação de que ele possa fazer mal a mim ou aos meus pais. Gostaria de saber como lidar com ele sob a sua visão.

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    1. Olá
      Pelo breve relato não tem como indicar ou até dar uma opinião, seria até antiético afirmar que seu irmão tem esquizofrenia ou algum outro tipo de transtorno mental. O que posso dizer que o conhecimento é a melhor arma para se lidar com esse tipo de situação. Um diagnóstico errado pode até piorar ainda mais a situação.
      Em primeiro lugar o seu irmão precisa querer ser ajudado, independente de ter esquizofrenia ou não. Como chegar a ele e ter uma conserva aberta não posso opinar, pois não o conheço.
      O que posso indicar é que baixe esse livro chamado "Entendendo a esquizofrenia", que foi feito para familiares e pessoas próximas aos portadores de esquizofrenia.
      https://drive.google.com/drive/folders/0B1dxTb_oy7qweEIzMnpvN2tWemc

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