sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

2º dia-Pedalanças Belo Horizonte-MG à São Mateus-ES

Serra do Cipó-Conceição do Mato Dentro-75 km
    Dormi na casa da Ângela, que conheci quando estava procurando algum lugar para dormir na Serra do Cipó. Ela fez um  preço bacana e deu para tomar um bom banho e montar a barraca na varanda de sua casa. 
    Às sete horas já estava no caminho, que de antemão sabia que seria a parte mais difícil dessa primeira etapa da viagem. Serra das brabas, parecia que eu estava subindo para o céu e tive que empurrar a bike pela primeira vez. 
    Estive em Conceição do Mato Dentro no ano de 2001, quando estava surtado e morando nas ruas. Havia procurado o  dono da firma de sonorização que havia trabalhando há alguns anos atrás. Quando procurei o dono da firma ainda estava surtado, procurando entender tudo aquilo que havia me acontecido e ainda estava pesando 60 kg, 25kg a menos do meu peso normal. 
    Ele me ofereceu alimentação e "aparentemente" eu dei uma melhorada pouco tempo depois, após dormir por umas duas horas. 
    Estava me sentindo melhor e até pedi para trabalhar. Como era véspera de carnaval fomos então para Conceição do Mato Dentro e trabalhei mais ou menos bem como operador de som. 
    Mas, voltando a viagem, a sofrência nesse dia foi ao nível 9.5, principalmente nos 15km iniciais. Acredito que a altitude em CDM deve ser de quase 1500 metros ou mais. 
    No meio da subida da serra o céu fechou de repente e caiu uma forte chuva que molhou parte de minha bagagem. O tênis também ficou bastante molhado e, para não ficar com muito chulé resolvi continuar a viagem de chinelo. 
chuvinha para refrescar a subida da serra
    No início a chuva foi desagradável, com fortes ventos e trovoadas. Mas com o tempo o corpo se acostuma e até agradeci aos céus por aquela refrescância que ajudou a subir a serra com menos cansaço. Não tenho a ideia de quantas horas encontrei um restaurante para matar a fome, pois o carregador do celular que fiz acoplado a bike não funcionou muito bem. O jeito era carregar nas paradas para dormir e almoçar. 
    De tarde a chuva deu uma parada e o tempo melhorou e as descidas fortes começaram a tomar conta do caminho. "Depois da serra vem a descida". Esse eu criei. 
     E que descida boa!!! Pouco carro na estrada  e fui na velocidade máxima que a bike conseguia atingir. A sensação do vento no rosto, a liberdade.... 
    Freava muito nas curvas, pois qualquer descuido poderia causar graves danos se eu caísse naquela velocidade. Quando estava nas minhas andanças ficava admirado quando via algum ciclista andando tão rápido. O segredo é se concentrar o máximo na estrada, para não passar por cima de algum graveto e desequilibrar. 
    O sol começou a aparecer com mais intensidade e outras serras íngremes apareceram pelo caminho. E eu não havia enchido as garrafinhas de água, por causa do tempo que estava bom. O sol forte, a subida forte e a falta de água... Fiquei detonado, subindo a serra empurrando a bike até conseguir encontrar uma casa na beira da estrada. 
   
    A água estava deliciosamente gelada. O restante do caminho até CDM foi de serras com subidas e descidas fortes e poucas retas. Cheguei detonado na cidade, fiz um lanche e procurei uma pracinha para descansar e deixar secar a minha bagagem. 

3 comentários:

  1. Atente a lubrificação da bike após chuvas.

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    1. Sim, depois dessa cidade parei em uma oficina e o mecânico deixou a bike tinindo, está andando bem melhor do que antes. O cara regulou ela muito bem. Obrigado

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