Hoje (7/9/2018) foi o início de minhas pedalanças pelo Brasil. Não comecei a viajar, foi apenas uma parte de minha preparação, pois desde os 12 anos de idade que não ando com certa regularidade de bicicleta. Mas é aquele ditado: "Andar de bicicleta nunca se esquece"....
Como relatei na postagem "Samy, minha amiga e companheira", comprei uma bike usada. O cara que me vendeu havia me dito que ela estava em boas condições, que era só trocar "o negócinho" que troca as marchas. Mas, que nada! Confiei no cara e mal testei a bike, só dei uma voltinha de dez metros, para testar o freio. No caminho de volta, a decepção: a bike não conseguia subir uma rua não muito íngreme... A verdade é que eu não entendia nada de bicicletas e tinha que confiar nesses vendedores. Mas tudo tem o seu lado positivo: com paciência e um pouco de insistência, acabei aprendendo a consertar quase todos os defeitos que uma bike pode ter, olhando os vídeos do youtube.
O Dr. Google ajuda e muito, apesar de muita gente dizer o contrário. É só saber pesquisar nas fontes boas e confiáveis. Voltando a bicicleta, aprendi a consertar quase todos os defeitos que uma bicicleta pode ter, pois a que comprei estava com muitos problemas, só aproveitei as rodas e o quadro. Mas, como disse, tudo tem um lado positivo, agora posso fazer minhas pedalanças pelo Brasil sem medo de ficar parado no meio do caminho.
Hoje fiz um test drive na Samy, que é o nome de minha companheira de viagem agora. Resolvi ir até a lagoa da Pampulha, um dos cartões postais de Belo Horizonte. E foi um bom teste: 28km entre ida e volta.
a lagoa da Pampulha é um dos cartões postais de Belo Horizonte |
E foi bom demais! Apesar do leve cansaço muscular das coxas, que são muito exigidas em uma viagem de bicicleta. Quando fazia minhas andanças, tudo era exigido. Me lembro que nos primeiros dias de viagem da estrada real tive câimbras nas duas pernas e nos músculos da barriga e das costas quando fui me deitar na minha barraquinha. Me lembro como se fosse hoje, não encontrava posição para ficar deitado, doía tudo! Jogador de futebol sai de campo quando tem câimbra em uma perna, imagina eu com câimbra em tudo quanto é músculo? Até nos dedos tive câimbra nos dois primeiros dias, quando fui tentar escrever o diário da viagem.
Gosto de viajar a pé por aí, principalmente quando é pela estrada real. Ar puro, natureza, gente bacana e hospitaleira pelo caminho. Viajar a pé pela Br nem pensar, é muito cansativo, principalmente por causa do calor refletido no asfalto. A pé na estrada de terra a gente contempla mais o caminho, faz reflexões, tem algo de espiritual nessa aventura que não tem como explicar. Só quem viaja ou viajou sabe o que estou tentando falar.
Mas a pé tem seus perrengues: o cansaço, o barro quando chove, dores musculares e nas articulações. Mas, se soubermos o nosso limite, dá para viajar numa boa. No meu caso infelizmente quebrei o dedão do meu pé e vou continuar as viagens de bike.
O teste drive
E viajar de bike deve ser muito bom. Andei hoje 28km e tive uma sensação gostosa nas descidas fortes. O vento na cara, a velocidade dá uma adrenalina legal. Ao contrário da caminhada, não podemos pensar em muita coisa, temos que estar concentrados na descida, pois se errarmos o acidente pode ser complicado e causar muitos ferimentos. A sensação é um pouco parecida de estarmos em uma montanha russa.
Já nas subidas, a musculatura da coxa é muito exigida. Parei algumas vezes, para beber água também. Andar de bike exige um pouco também da condição aeróbica da pessoa. Mas a vantagem de andar de bike é que dá para forçar na subida e depois descansar andando em uma descida ou então pedalando de leve em uma reta. Como foi o primeiro passeio de bike, ainda senti um princípio de câimbra no músculo da coxa e em algum músculo do dedo do pé. Mas nada de mais grave. Com o tempo irei pegar o ritmo e poderei fazer uns 60km por dia, se bem que pressa não vai ser o tom de minhas viagens, pois quero curtir o caminho, principalmente na estrada real.
Nesse passeio até a lagoa da Pampulha tive que andar por uma Br, que estava movimentada por causa do feriado. Os caminhoneiros e os motoristas de ônibus me respeitaram como ciclista, não tive nenhum problema. Foi legal andar de bike pela BR, senti um astral legal ao ver aquelas placas indicando as cidades, ver os postos de gasolina. Acho que também vou curtir essas viagens pelo asfalto, pois pretendo ir para praia e depois ir para o norte do país, se tudo der certo e o esquizo aqui aguentar, pois este mês completo 50 anos, apesar de sentir que tenho menos.
Samy aguentou bem a viagem, não apresentando nenhuma falha e andando bem nas curvas, retas e subidas do caminho. Ela não é a bicicleta ideal para esse tipo de viagem, mas também não posso comprar uma bike cara para assim atrair a atenção dos meliantes e ser roubado. Mas ela é como se fosse uma amiga, que irá de agora em diante ser minha companheira aonde eu estiver.
A partir de agora sou um "pedarilho". Não tenho certeza se viajo no início de outubro ou então espero o período das chuvas passar em março do ano que vem. Vamos aguardar
Quem tiver uma câmera compacta e que não esteja mais usando por que adquiriu um bom celular entre em contato comigo, pois tenho a intenção de comprar uma, pois celular bom atrai muita a atenção das pessoas.
Não sei se é uma forma de escapismo, de fugir de toda essa loucura da cidade grande ou seja lá o que for. Só sei que parece que tenho isso no sangue, desde pequeno gostava de andar, me lembro que cheguei a ficar perdido algumas vezes aqui em Belo Horizonte, quando tinha por volta de uns doze anos. Naquela época tudo era mais tranquilo e me lembro que uma vez uma mulher estranhou ao me ver dando voltas por um bairro bem distante de onde eu morava. Me perguntou o que eu estava fazendo ali e respondi que estava perdido. Ela me levou até uma praça e esperou o ônibus chegar e pagou minha passagem de volta para casa.
Não irei abandonar o blog, que ajudou a dar sentido à minha vida. Mesmo viajando pelos rincões do nosso país, estarei postando minhas aventuras. Claro que se o local tiver internet.
Não sei se é uma forma de escapismo, de fugir de toda essa loucura da cidade grande ou seja lá o que for. Só sei que parece que tenho isso no sangue, desde pequeno gostava de andar, me lembro que cheguei a ficar perdido algumas vezes aqui em Belo Horizonte, quando tinha por volta de uns doze anos. Naquela época tudo era mais tranquilo e me lembro que uma vez uma mulher estranhou ao me ver dando voltas por um bairro bem distante de onde eu morava. Me perguntou o que eu estava fazendo ali e respondi que estava perdido. Ela me levou até uma praça e esperou o ônibus chegar e pagou minha passagem de volta para casa.
Não irei abandonar o blog, que ajudou a dar sentido à minha vida. Mesmo viajando pelos rincões do nosso país, estarei postando minhas aventuras. Claro que se o local tiver internet.
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