terça-feira, 14 de março de 2023

O jejum forçado de diazepan

 Abstinência....

    Como vocês puderam perceber na postagem anterrior, está faltando o ansiolítico diazepan nos postos de saúde de Belo Horizonte. O motivo não tenho certeza qual é, pois os funcionários não costumam responder nossas indagações e depois reclamam que a gente fica pesquisando esses assuntos na web... 
    Mas, fazendo uma busca na internet descobri que a China tem dificultado o trabalho da indústria farmacêutica, visto que esse setor da economia tem poluído e muito o meio ambiente daquele país. E o Brasil importa matéria prima para a produção de alguns medicamentos justamente dos inventores da pólvora. 
    Sou um pacato cidadão, não gosto de confusão, mas confesso que em algumas situações sou um pouco teimoso. E essa questão de ter que comprar uma droga que não pedi para ficar viciado não entra em minha cabeça em hipótese alguma. 
    Vou explicar melhor: na minha primeira consulta com o psiquiatra, relatei os meus surtos e também que estava tendo dificuldades para dormir. O cara nem olhou na minha cara e já foi logo preenchendo o formulário da receita com o ansiolítico lorazepan, da família dos benzodiazepínicos. Na minha cabeça, esses medicamentos eram meio que milagrosos e nos fariam dormir o sono dos anjos, mesmo que o mundo estivesse caindo sobre nossas cabeças. 
     Naquela época estava dormindo nas ruas, ou melhor, tentando dormir, pois é um pouco perigoso um morador de rua ficar a madrugada toda exposto em uma calçada. Estava nas ruas por causa das vozes ameaçadoras, que diziam que iriam me pegar, me matar, etc.. A solução que encontrei foi fugir, pedindo demissão do emprego e mudando de cidade. Mas era uma tentativa de fuga de algo que estava em mim mesmo e não no mundo externo. Então, na minha modesta opinião o psiquiatra deveria pelo menos ter perguntando o motivo de não estar caindo nos braços de Morfeu. Era um motivo real, não era ansiedade sem um motivo aparente, os ansiolíticos não resolvem esses problemas reais do dia a dia. 
    Na época não tinha acesso à internet e na farmácia não me passaram a bula do medicamento, pois tenho a mania de ler tudo o que passa na minha frente. Não tinha a mínima ideia do que esses benzodiazepínicos podiam fazer em meu organismo. Não sabia que eles viciavam e que em pouco tempo iriam parar de fazer efeito, obrigando-me a voltar ao médico para aumentar a dosagem ou buscar um medicamento mais forte. Também não sabia também que eles detonavam nossa memória e que também poderiam aumentar as chances de ter alzheimer. 
    A indústria farmacêutica é muito poderosa e as propagandas dos ansiolíticos me fascinavam. Geralmente era uma pessoa dormindo tranquilamente em uma cama. A verdade é que para um insone crônico não é necessário ter muita criatividade para se fazer um comercial de algo que promete acabar com o que está acabando com a gente: a falta de um bom sono reparador e que nos faça acordar bem dispostos e de bom humor. 
    No meu caso geralmente tenho que descansar das noites mal dormidas, então o período matinal não é o melhor para se programar algo para fazer. Geralmente fico deitado, ouvindo música ou fazendo algo que não exija tanto esforço físico. Fico bem de tarde e de noite, talvez seja também o meu relógio biológico que me faça estar bem nesses horários. 
as propagandas dos ansiolíticos podem atrair os menos avisados

                                                Sou um dependente químico

    Hoje me considero um dependente químico, e não tenho vergonha disso. Crise de abstinência são alterações em nosso organismo que resultam em mudanças de comportamento e alucinações e outros sintomas decorrentes da falta de uma substância. 
    Comecei a usar essa droga de droga chamada diazepan no ano de 2002. Usava 10mg e, por volta do ano de 2006 tive que dobrar a dosagem pois não estava mais sentindo nenhum efeito ao me deitar. 
    Mas em dois meses os 20mg pararam de fazer o efeito inicial. Na época já tinha acesso à internet, pois estava no auxílio doença e havia comprado um computador CCE em suaves prestações nas Casas Bahia. 
    Então já sabia que a causa da minha memória não estar muito boa era o pan nosso de cada dia e não os meus 40 e poucos anos. E sentia que se continuasse naquele ritmo em breve iria estar tomando uns 50mg. Era o momento de fazer o desmame por conta própria. 
    Foi uma longa e difícil jornada, com dores de cabeça, palpitações no coração, e, claro, um pouco de nervosismo e irritação sem causa aparente. Mas, como muito esforço e uma redução lenta e gradual, hoje estou tomando apenas 4 comprimidos por mês! Infelizmente não consegui parar por completo, parece que o meu organismo fica pedindo a droga. Mas considero essa boa redução uma grande vitória, pois teve época que chegava a tomar 4 comprimidos durante o dia, não conseguia usar  os antipsicóticos por causa do trabalho e então usava o diazepan como um SOS. 

     Como não pedi para ser dependente de ansiolíticos, não acho justo ter que ficar comprando esses remédios. Infelizmente alguns profissionais da saúde mental agem meio como traficantes, pois ganham amostras grátis dos laboratórios e oferecem aos seus pacientes. E, quando já estão viciados, cessam o fornecimento e pedem para que eles comprem os medicamentos. E, acreditem, alguns psiquiatras ganham comissão para receitar medicamentos de certos laboratórios. Sei disso por que já vi os engravatados representantes desses laboratórios nas unidades de saúde que fazem atendimento de psiquiatria. 
    Se tiverem dúvidas, assistam ao filme Amor e outras drogas, uma comédia romântica que é meio baseada em fatos reais, pois foi ela foi inspirada num livro de um ex propagandista de um laboratório farmacêutico. 

A teimosia

Se você assistiu Spectroman você tem mais de 50...

     Por volta do ano de 2003 faltou diazepan na cidade onde morava. A atendente da farmácia falava que na "semana que vem" o medicamento iria chegar. E foi assim por quatro semanas seguidas.     Como resultado dessa falta do ansiolítico no meu organismo tive um surto violentíssimo. Bem, o surto foi violento, mas eu não ficava agressivo, minha reação era apenas fugir das vozes e dos meus pensamentos persecutórios. 
    Me lembro que certa madrugada ouvi uma voz de um homem falando em uma língua estranha, parecendo alemão. Logo imaginei que a voz vinha da igreja evangélica que se situava uns 100 metros da firma onde eu morava. Me causou espanto que a voz não parava um minuto sequer, e comecei a rir imaginado que o dono daquela voz iria ter um ataque do coração, pois ninguém conseguiria falar por tanto tempo seguidamente sem parar para respirar. 
    Depois de muitos anos, analisando a situação, cheguei á conclusão de que se tratava de uma alucinação. Afinal a igreja nunca havia ligado o som de madrugada, os cultos terminavam por volta das nove horas, no máximo. E, se tivessem usado o equipamento de som os moradores da rua teriam comentado e reclamado da noite mal dormida. 
     Tive uma outra alucinação auditiva bem estranha. Me lembro bem, era madrugada de sábado para domingo, umas duas horas, mais ou menos. Ainda estava acordado e era possível escutar a música que vinha de um salão de forró, que ficava ao lado da igreja. A música rolava solta até que resolveram dar uma parada, e, não sei por que, nesse instante comecei a ouvir uma voz tenebrosa, parecida com a do Darth Vader. E geralmente durante os surtos não questionamos se aquilo é verdadeiro ou não, as vozes soam muito reais em nossas mentes. Então imaginei que um enorme monstro gosmento estava subindo no palco do forró, e por esse motivo a música havia parado. Hoje sei que foi uma alucinação, pois no dia seguinte não ouvi nenhum comentário sobre monstros gosmentos invadindo show de forró. 
    E também sei que monstros gosmentos só existem em filmes de terror, existia no espectroman e também no desenho das Garotas Superpoderosas. Sim, eu cheguei a ver esse desenho e adorava aquela que era a mal humorada, a que usava roupa verde. Acho que era a Docinho. 
    Cheguei a ter umas duas alucinações visuais naquele surto. A maioria das alucinações que tive e ainda tenho são auditivas. Às vezes parece que tenho alucinação olfativa, pois sinto um cheiro estranho, parecendo de algum produto químico, mas não imagino qual seja. Enfim, não sei se é verdade ou alucinação. Mas uma das alucinações visuais que tive era a de um machado vindo em minha direção. Me lembro que naquele momento até me abaixei para desviar da rota daquela ferramenta de corte de madeira. 
    Outra alucinação visual que tive naquele surto foi a da cadela da proprietária da firma. Ela apareceu morta no jardim, com as patas para cima, sem respirar e um pouco inchada. Cheguei bem perto dela para ver se respirava. E, como não se mexia corri para o meu quarto. Mas, logo depois a vi andando normalmente pelo galpão. Gostava muito dela e foi aquele ser que me fez companhia naqueles momentos tão difíceis da minha vida. 
     Tive também vários delírios, um dos mais estranhos que tive naquela época era a de que o mundo estava acabando, principalmente quando via poucas pessoas nas ruas. Imaginava que elas haviam fugido para um outro lugar, em uma tentativa de escapar de uma catástrofe ou coisa parecida. Cismava de que um planeta ou meteoro gigante iria colidir com a terra. 

Como é a minha abstinência atual

     Como decidi por um tempo não comprar algo para alimentar o vício de algo que não pedi para viciar, fiquei certa de quatro semanas sem usar o diazepan. Fiquei muito irritado e meus colegas fominhas do futebol do centro de convivência sofreram um pouco comigo. Uma das coisas que não gosto na pelada são aqueles caras fominhas que não tocam a bola e só pensam em fazer gol para se gabarem no final. 
    Não tive paciência com um monte de gente. Mas teve um lado legal, fiquei rindo mais, um pouquinho mais agitado também. Minhas emoções ficaram mais afloradas, tanto as positivas como as negativas. E minha libido aumentou bastante também, algo que não tem tanta utilidade hoje em dia, pois nem confusão estou conseguindo arrumar. 
    Com essa forçada abstinência a minha mania de perseguição, que já é alta, pulou para níveis alarmantes. À todo instante ficava imaginando que estavam tramando algo contra a minha pessoa.
A minha mania de perseguição atual também é virtual, ou seja, está pior do que no início, pois penso que estão hackeando o meu notebook e que sabem tudo o que acesso e digito.  Pensei em sair por aí viajando de bike, mas imaginava que nas estradas iriam me perseguir também. 
   Enfim, a mania de perseguição é uma das coisas mais incapacitantes que já conheci. Claro que tem os níveis desse delírio. Pode ser apenas uma cisma, uma neurose e, se não for tratada pode sim virar uma psicose. É como qualquer outra doença, quanto mais cedo diagnosticada e tratada, maiores são as chances de cura. 
   Além de tudo isso, sem o diazepan por muito tempo fico sem conseguir me relaxar. A musculatura fica tensa e acordo muito cansado. Meu cérebro fica "tagarela", como se estivesse várias pessoas conversando na minha cabeça. 
    O jeito então foi comprar uma caixa com 30 comprimidos. Na primeira noite já senti um enorme alívio. Dormi relativamente bem e relaxei meus músculos. Fiquei menos ansioso e calmo, com os pensamentos mais ou menos em ordem. Como seria bom se os medicamentos para combater os transtornos mentais não tivessem efeitos colaterais!
    Muitas pessoas não me entendem, não sou contra os medicamentos e nem contra quem os receita. Sei que tem muito profissional da saúde mental bem intencionado. A minha luta e reinvindicação é para que descubram medicamentos que tenham eficácia mas com nenhum ou pelo menos poucos efeitos colaterais e reações adversas. 
    Queria também que os médicos tivessem critérios para liberar uma receita desses medicamentos que alteram o nosso cérebro. Deveriam fazer perguntas e dar conselhos. Medicamentos só em último caso, o Brasil é campeão mundial no uso do rivotril e outros ansiolíticos e antidepressivos
Muitas pessoas imaginam que antidepressivos possam fazer milagres, que podem nos deixar felizes e contentes mesmo com uma situação não muito boa. Já vi uma mulher na farmácia de um posto de saúde comemorando uma receita da fluoxetina mesmo sem estar com depressão. Esse medicamentos geralmente tem como efeito colateral a perda de peso... 
     Uma amiga minha gostava de usar ritalina, ela dizia que a deixava animada e que tinha um efeito parecido com o da cocaína. Enfim, existem diversas ocasiões em que uma pessoa solicita ao médico determinado medicamento sem realmente estar precisando dele. . 

Além do diazepan


                                                  Além do diazepan, o que me acalma?

    Costumo dizer que cada pessoa tem a sua válvula de escape para a ansiedade: alguns usam o álcool, outros a maconha e outros drogas mais pesadas. E não somente isso, existem várias outras coisas que são usadas para o alívio desse mal que assola a humanidade dos tempos atuais. E algumas dessas coisas são saudáveis, como os esportes, que liberam a endorfina e nos relaxam. 
    No meu caso em particular não uso drogas, mas vou para um caminho que também não é muito saudável: me empanturrar de comida, preferencialmente doces, bolos, tortas, chocolate, etc... 
   Além de fazer mal à minha saúde tem também o prejuízo financeiro, boa parte do meu salário vai para a padaria, pois já gosto de doces naturalmente. Quando fico ansioso a situação fica crítica e chego a comer uma caixa de bombons em uns dez minutos. Esse é um dos vários motivos pelos quais não uso os antipsicóticos, pois eles aumentam e muito o nosso apetite e então meu estômago parece não ter fundo. Então não seria boa parte do meu salário e sim ele todo que iria para a padaria....
    O futebol ajuda e muito a tirar um pouco a minha ansiedade e o meu stress. Correr, gritar, extravasar é sempre bom. Mas hoje em dia não posso e nem consigo jogar bola todos os dias. Comecei então a pedalar e está sendo muito bom. É um esporte que recomendo à todos. 
    Esse bem estar produzido pelos alimentos, pelas atividades físicas, às vezes causado por alguns medicamentos me fazem pensar se a felicidade é química.
       Quando como chocolates me sinto tão bem e disposto que nada me importa, esqueço de todos os problemas e fico sorridente. Mas quando não como fico parecendo o personagem principal da série After life. Depois do futebol geralmente como chocolates ou tomo um sorvete de chocolate. Tudo fica azul, até canto (para a tristeza dos meus vizinhos). Baixo músicas novas de músicos que não conhecia e as acho muito legais e interessantes. No dia seguinte, sem a endorfina e outras inas mais causadas pelo futebol deleto um monte de canções que me pergunto como fui perder o meu tempo de baixá-las. 
Enfim tudo fica meio cinza, não que eu saia descontando o meu mau humor em todas as pessoas, apenas evito o contato com a maioria dos seres humanos. Seria mais estado de ânimo do que mau humor. Nada tem graça e fico me perguntando o motivo das pessoas estarem rindo. 
       Quando estava morando nas ruas por causa dos surtos por um certo período morei em um albergue para pessoas em situação de rua. Precisava de um endereço fixo para tirar novamente todos os meus documentos. Uma vez na entrada vi um senhor que morava no abrigo e que em um chuvoso dia na fila para entrar no abrigo estava todo sorridente. Ele vendia picolés e provavelmente não teve um bom lucro naquele dia. Mas seu sorriso me deixou intrigado: como uma pessoa que mora em um abrigo conseguia sorrir em um dia de chuva enquanto outras pessoas com bom poder aquisitivo são mau humoradas?
    Afinal, o que é a felicidade? Está em algum lugar, em algo, ou em dentro de nós? Ou é um conjunto de coisas?
    


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8 comentários:

  1. Olá Júlio, tdo bem? Eu tomo o quetiapina, estou tentando melhorar com ele, tive surtos há 1 mês e meio e fui internada. É complicado, são muitas coisas, mas enfim, como são as vozes que vc ouve? É dentro da cabeça, como vários pensamentos com voz diferente da sua? Ou é fora, como alguém te chamando? Essas vozes são de homens ou mulheres? Abraços!

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    1. Olá. Tudo bem por aqui. Espero que tenha melhorado por ai em relação aos surtos e crises. Hoje em dia não ouço muitas vozes, mas antes eram muitas, acho que 60% eram vozes masculinas e o restante vozes femininas. Na hora em que aconteciam imaginava que vinham de fora Mas algumas sei que tinham a ver com alguns medos que eu tinha, então vieram do meu inconsciente mesmo. Mas outras vozes não consegui achar explicação e outras foram totalmente sem sentido.
      Escrevi uma postagem falando um pouco sobre as vozes que me atormentavam muito antes e hoje apenas raramente.
      https://memoriasdeumesquizofrenico.blogspot.com/2018/08/vozes-na-esquizofrenia.html

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  2. Como eu gosto de ler seu blog! É realmente triste que alguns médicos só se preocupem em nos dar remédios, não tendo o menor interesse em nos ouvir, também já passei por isso. E também desconto as frustrações em chocolate e sorvete!!! Muita força e luz para vc!

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    1. Obrigado pela visita ao blog.
      Realmente as consultas deveriam durar um pouco mais, ou se duram, deveriam haver mais diálogo. Acredito que deveria ter tipo um questionário a ser feito antes de ser prescrita a medicação. E também falado sobre os efeitos colaterais, pois a maioria não pensa nessa questão, somente chegam a pensar quando estão viciados podendo ser um pouco tarde para parar

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  3. Oi, Julio !
    Gostei da sua postagem, e aprecio sua determinação em controlar o Diazepan !
    Vou colocar um "presentinho" na sua conta pra você comprar chocolate !
    Um abraço da Regina !

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    1. Olá
      Pelo jeito de falar, ou melhor digitar já sei quem é.
      Obrigado mais uma vez pelo presente. Vou sim comprar um chocolate, e vai dar para comprar um negócio de eletrônica que estava juntando dinheiro para comprar. Estudei eletrônica e agora é um excelente hobby ficar montando algumas coisas.
      Felicidades e namastê.

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  4. Sempre acompanho você
    E te admiro
    Queria ver a segunda parte da sua his
    tória no YouTube não achei
    Deus abençoe

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    1. Olá. Obrigado por estar sempre me acompanhando.
      Cheguei a fazer a segunda parte há um tempo atrás mas o vídeo ficou muito longo.
      Estou preparando a segunda parte, estou sem webcam mas estou conseguindo fazer uma boa gambiarra com um celular que está estragado por aqui.
      Deus te abençoe também.
      Obs: ouça essa música, é muito bonita. Coincidência ou não, no momento em que estava lendo o seu comentário estava ouvindo esta música, apesar de não ser evangélico.
      https://www.youtube.com/watch?v=ohkJ1_woeNs

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