quinta-feira, 25 de julho de 2019

Fone de ouvido


  Não é a primeira vez que abordo sobre os fones de ouvido aqui no meu humilde blog. Antes de lesionar o dedão do pé esquerdo não saia de casa sem antes ligar o player de música do celular e aumentar o volume até o máximo possível.
   Já havia até procurado programas para conseguir aumentar ainda mais o volume dos telefones. Mas isso não existe. Para ter um som bom e alto, o celular deve ter os componentes adequados e de qualidade para isso. E os fones também estão nessa. Não será um aplicativo que fará o seu celular ter aquele sonzão que fica parecendo ser uma caixinha de som. 
    Mas depois que detonei o meu hálux esquerdo passei a andar mais de bicicleta mesmo. E, por medida de segurança, passei a deixar o celular em casa. Belo Horizonte é uma grande e, como tal, tem um trânsito complicado e chegando a ser caótico nos horários de pico. Apesar dos motoristas da capital mineira serem bem educados devemos estar atentos 100% ao trânsito, tanto visualmente como auditivamente falando. 
    O fone de ouvido é como se fosse uma válvula de escape do mundo real. Com ele não presto tanta atenção ao que está acontecendo ao meu entorno. E também me livra de ficar escutando aqueles papos bestas, apesar de sempre ter uma pessoa chata que insiste em conversar com a gente mesmo vendo que estamos com os fones de ouvido:
     - Tá calor hoje né?
    - Acho que vai chover...
    - Você viu o jogo ontem?

        As vozes que escutava, reais ou imaginárias, quase não chegam ao meu cérebro quando estou escutando música. E, quando chegam, não soam tão nítidas, às vezes tenho a leve impressão que o ruído faz parte da música que estou escutando no momento, principalmente se for um heavy metal bem pesado, tipo Sepultura ou Slipknot... 
    Esse desligamento quase total do mundo real que o fone de ouvido me proporciona é uma maravilha, mas pode ser um tanto o quanto perigoso quando estou pedalando. E por ainda querer viver um bom tempo resolvi parar de usar. 
    E ultimamente estava ficando um pouco irritado, prestando muita atenção ao que acontecia à minha volta. Prestava atenção se estavam falando de mim, se estavam rindo de mim, ou se estavam planejando algo contra a minha pessoa. Coisas que todo bom paranoico têm... 
    O jeito foi arriscar e sair em um belo domingo de sol com a bike e o fone de ouvido. Fui ajustando aos poucos o volume em um nível que dava para escutar e apreciar a música, e também ouvir as buzinas dos carros...
    Foi uma delícia! Novamente andando nas ruas quase que completamente desligado de tudo! Além de me desconectar desse mundo complicado em que vivemos, a música também tem o poder relaxante. Claro que irei procurar evitar de ouvir heavy metal quando estiver pedalando. A não ser quando estiver atrasado para algum evento.
    A única coisa chata no fone de ouvido é que é quase um produto descartável, alguns têm um prazo de validade maior do que o outro, mas todos acabam estragando mais dia menos dia... 
    De agora em diante não sairei de casa sem o meu amigo inseparável fone de ouvido. E que se dane o mundo com suas discussões inúteis e chatas... 
    

2 comentários:

  1. Há, também só saio de casa de fone de ouvido, ouvindo rock pesado, gosto de guitarras distorcidas e gritos. É pra sair do mundo e pra evitar as vozes. Só que as vezes meu ouvido dói, coça, arde, principalmente se for fone de banca [grazadeus tô com um bom agora]. Vc tem esses problemas? E não tem medo dos danos na audição pelo fato de ouvir muito alto? Eu penso nisso constantemente. Mas acabo ligando o foda se, literalmente.

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  2. toma cuidado amigo, pedalar com fone de ouvido não é bom, vc pode colocar sua vida em risco pois os motoristas de veículos às vezes são muito irresponsáveis. eu amo ouvir música, mas quando estou de bike eu não faço isso. vai na fé, abraço

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