terça-feira, 11 de junho de 2019

49º dia pedalanças- 4ª etapa Caminho dos Diamantes


    Morro do Pilar-Conceição do Mato Dentro
    Noite muito mais do que boa na cachoeira em Morro do Pilar. Escuridão total depois das sete horas da noite, mal dava para andar. Claro que no início rolou um pouco de medo de que pessoas maldosas visitassem o local, mas a madrugada foi muito tranquila, só ouvindo o som das águas descendo pelas pedras... 
    Como estava sozinho naquele lugar maravilhoso, resolvi acordar somente quando o dia estava totalmente claro, por volta das oito da manhã. Queria permanecer alguns dias por ali, mas o pessoal da cidade poderia achar ruim o fato de um estranho ficar morando naquela linda cachoeira. E também estava querendo terminar o mais rapidamente possível o caminho da estrada real, pois estava me causando muitos perrengues aqueles buracos e pedras dos caminhos de terra. 
    O tempo estava um pouco nublado, mas aproveitei a manhã e tomei mais um banho de cachoeira e ainda passei um pano na barraca e deixei-a tomando um arzinho. Queria lavar a manta e o lençol que estavam num ranço danado, mas iria demorar um bocado de tempo para secar. 

     Por volta das nove horas da manhã saio da cachoeira para tomar um café e parti para Conceição do Mato Dentro. Morro do Pilar é composta por 70% de morros brabos, 20% de morros leves e 10% de retas. Já fico um pouco cansado antes mesmo de sair da cidade... 
    O caminho é bem parecido com o de ontem, só que com menor distância: 27km. É a parte mais difícil desse trecho da estrada real, com muita subida e descida, e quase nenhuma reta. 
    E as descidas são bem desgastantes também. E à essa altura já estava sem paciência para descer as serras com cuidado. Passava pelos buracos na maior velocidade sem se importar com a bike. E foi em uma descida dessas que a roda traseira acabou estragando, por causa de um outro vacilo meu. Esqueci de olhar como estava a situação do freio. Eles já estavam bem gastos e então ficou uma parte dura raspando na roda na hora de frear. Resultado: o aro acabou trincando...
    

    O restante do caminho empurrei a bike na maior parte do tempo, e, quando pedalei foi com muito cuidado e bem lentamente mesmo. Em algumas partes do caminho estava bem desgastado, mas deu para chegar em Conceição do Mato Dentro por volta das duas horas da tarde, em tempo de pegar um rango no restaurante da cidade que há havia passado no segundo dia dessa pedalança. 
    A verdade é que estou sendo imprudente e impaciente com a estrada real com essa bike. Passo em tudo quanto é buraco na maior velocidade, principalmente nas descidas. Uma bike própria para esse tipo de terreno deve ser bem cara. Mas não pretendo mais fazer viagens por estradas de terra com bicicletas, prefiro a BR mesmo. Estrada de terra é boa para fazer trilhas. 

     Depois do almoço fui até a loja de bike da cidade comprar uma nova roda, que custou 80 reais. Um pouco cara para o meu orçamento, mas não tinha como continuar a viajar com a roda traseira trincada. O mecânico que me atendeu estava de muito mau humor, parecia que estava com algum tipo de problema. E ainda não estava conseguindo centralizar a roda. Resolvi desfazer a compra e seguir com a roda estragada mesmo. No mesmo instante apareceu outro mecânico que foi muito boa gente boa, mas também teve dificuldades de executar o serviço. 
     O jeito foi ficar na cidade e procurar um outro mecânico. Fui para o mesmo posto que dormi no segundo dia da viagem. Os funcionários me reconheceram e numa boa deixaram que eu montasse a barraca no mesmo lugar. 
    
   
    
    

2 comentários:

  1. Estou acompanhando sua pedalança pela região sudeste e Estrada Real, estou achando o máximo! Nesse trecho parece que o cansaço e a ansiedade começou a fazer com que vc tomasse decisões erradas. Provavelmente a roda da bike amassou e trincou pq vc passou em buracos em alta velocidade.

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    1. Foi isso mesmo o que aconteceu, estava um pouco sem paciência com os buracos, por causa do cansaço do início da viagem.
      A estrada real de bike tem que ser feita separadamente mesmo, para podermos curtir o caminho sem nos esquentarmos a cabeça com a buraqueira. E acho que teria que ter um amortecedor na roda dianteira. Mas no final valeu a pena.
      Em relação a roda, foi isso mesmo, e eu havia esquecido de verificar a borracha do freio, que havia acabado e então a parte dura ficou raspando na roda.
      Mas valeu como aprendizado, hoje estou mais cuidadoso com a bike, apesar dela não ser nova.
      Obrigado pela visita ao blog.
      Fiz um vídeo também da viagem lá no canal do youtube.
      https://www.youtube.com/watch?v=Jx01COhdq7U&t=3512s

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