segunda-feira, 11 de março de 2019

6° dia pedalanças-Belo Horizonte-MG à São Mateus-ES

Gonzaga-Governador Valadares-São Vitor

    A noite naquele lugar maravilhoso em Gonzaga foi excelente. Dormi muito bem ao som relaxante da cachoeira.
    Acordo super bem, tomo meu café da manhã  e pego a estrada. O calor já estava forte logo cedo e de repente uma surpresa nada agradável: o pneu da bike fura pela primeira vez nesta viagem.
    O lugar não era muito legal para um pneu ser furado. Não havia acostamento e com muito mato em volta. Por sorte não havia muito trânsito naquela estrada. Pego minhas ferramentas dentro da mochila, o que me dá um trabalho danado. Aliás, está sendo mais complicado pegar as ferramentas do que propriamente trocar a câmera da bike. Na próxima viagem tenho que bolar algo para deixar as ferramentas em um local mais acessível. Deu uma canseira, mas consegui trocar a câmera e voltar para a estrada. Mas, para o meu desespero,  em menos de dez minutos o pneu não fura, desta vez ele estourou, para o meu desespero. 
     Estava usando fita antifuro no pneu, e fiquei encucado como poderia furar duas vezes em um período tão curto de tempo. O jeito foi colocar a segunda e última câmera reserva. Já estava enchendo novamente o pneu e novamente um estouro! Desta vez deu para ver onde estava o furo. Na verdade não era um furo, o pneu estava rasgado na lateral. Foi aí que percebi que o freio estava mal posicionado e estava encostando no pneu traseiro quando freava. 
pneu detonado e as câmeras também. 

    O jeito era pegar uma carona, o que era algo um pouco difícil para mim .Não sou uma pessoa comunicativa e é muito ruim ficar levando negativa dos motoristas.Mas em menos de vinte minutos um caminhoneiro parou e me ofereceu uma carona até a cidade de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais. 
    A carreta do cara, que era do Espírito Santo, tinha ar condicionado e era bem moderna. Ele passava as marchas apertando alguns botões do painel. 
    Por volta do meio dia chegamos em Valadares. Muito calor, nada daquele frescor do interior de Minas Gerais. Consigo empurrar a bike até uma oficina próxima e o cara me atendeu super bem. Me vendeu um pneu e duas câmeras por um preço bem bacana .E de quebra me deu um par de freios e cabos. Ficamos um bom tempo conversando. Aquela solidariedade me deu forças para continuar em um dia que não havia começado bem. 
arrumando a bike 

    Sigo viagem e agora tudo mudou: muitas carretas e muito calor. Vou para o distrito de São Vítor, distante 35km de Valadares. As carretas passam bem perto de mim, a estrada não tem acostamento. O jeito é tomar muito cuidado para não levar sustos e ser pego por uma carreta dessas. 
    O calor está quase insuportável, é comum essas temperaturas no leste de Minas Gerais. Já trabalhei em Ipatinga por vários anos. E quando me aposentei morei oito anos nesta cidade. 
     Já estava chegando em São Vítor quando o céu escureceu e caiu uma tempestade que derrubou várias árvores e placas. Por sorte havia encontrado um posto de gasolina antes dela ter me pegado. 
        A chuva deve ter durado cerca de uma hora e meia. Muito forte, não iria conseguir enxergar nada pelo caminho, sem contar o perigo dos raios constantes. Mas foi uma tempestade de verão e o céu novamente ficou limpinho. Depois segui o caminho até São Vítor, sentindo aquele cheirinho de mato molhado... 
muito chão pela frente... 

3 comentários:

  1. Quanta aventura, alguns perrengues. Mas procure se hidratar bem, não usa um protetor solar?. Parabéns, força nao desista. O verão termina em 20 deste mês. Torcendo por você!!

    ResponderExcluir
  2. Estou adorando seus posts , boa viagem e que Deus lhe proteja bjs

    ResponderExcluir