Ressaquinha-Carandaí-Conselheiro Lafaiete
Noite mais do que tranquila no estacionamento da igreja de Ressaquinha. Choveu um pouquinho de madrugada e fez aquele friozinho bão dimais da conta para dormir. Como estava em um local tranquilo e sem pessoas por perto, resolvi dormir até por volta das oito horas da manhã, já com o sol bem claro.
A lateral da barraca estava bastante úmida, e tive que deixá-la no sol por uns vinte minutos antes de colocá-la na embalagem.
Depois do café sigo para Carandaí em uma boa estrada de terra, sem buracos e sem muitas pedras. Muitos eucaliptos em volta que tiram um pouco a visão da paisagem, mas que em contrapartida me fornece uma generosa sombra para aquele ensolarado dia. Só tive um pequeno perrengue em um trecho da estrada onde havia acumulado muita água e tive que passar empurrando a bike, mas antes tive que dar uma conferida a pé para verificar se não havia nenhum buraco.
Se a estrada estava boa, tive o perrengue bem complicado entre a cidade de Ressaquinha e o distrito de Ressaca. Os marcos pareciam não estar na sequência correta. Dei várias voltas nas estradas no entorno mas não consegui achar o caminho para o distrito de Ressaca. Não sei se eram os marcos que foram colocadas incorretamente ou se era a planilha que havia baixado no site da estrada real .
Só sei que estava cansado de dar tantas voltas e segui direto para Carandaí. Em algumas bifurcações também não havia nenhum marco. Nessas horas tenho que dar uma de Sherlock Holmes, observar bem o terreno para analisar as marcas dos pneus de carro e escolher um caminho. Na maioria das vezes consigo acertar. Quando não acerto sigo por cerca de um quilômetro, e, se não achar nenhum marco da estrada real retorno e então sigo pelo outro caminho. Até que de bike fazer isso é tranquilo. Dava muita raiva quando isso acontecia na época que viajava a pé pela estrada real.
Almoço em Carandaí por volta do meio dia. Depois dou uma descansada nas canelas em uma lanhouse que tinha computadores razoáveis e net com boa velocidade. Converso com uma amiga que não via desde o início da viagem. Resolvi dar um susto nela, fingindo que não estava me lembrando de nada por ter sofrido um grave acidente de bike. Ela levou um susto danado, e nem pensou que, se eu tivesse sofrido um traumatismo craniano também iria esquecer a senha do face...
muita maldade com o ciclista colocarem o mata-burro na vertical.... |
Na saída de Carandaí um perrengue comum na estrada real: achar o primeiro marco que seria o início do caminho. Geralmente os habitantes da cidade desconhecem o que é um marco da estrada real. As dicas das planilhas nem sempre são boas. Só consegui uma boa orientação com um motorista de táxi. O marco fica bem distante do centro da cidade. Depois do primeiro marco tive mais dificuldades de seguir o caminho, e então resolvi pular a cidade de Queluzito e ir direto para Conselheiro Lafaiete pela BR 040.
Essa Br não tem acostamento neste trecho, e várias carretas e caminhões passaram bem próximos a minha bike. Mas, com muita prudência e cuidado consegui chegar em Conselheiro Lafaiete por volta das quatro horas da tarde. A vantagem de se andar no asfalto é que sempre conseguimos achar um posto de gasolina e montar a barraca em um cantinho onde não seremos incomodados.
O dia começou perrengoso de manhã mas foi tranquilo na parte da tarde e cheguei em boas condições físicas. A verdade é que já havia pego um bom ritmo e andar no asfalto era como se fosse um descanso entre as complicadas estradas de terra que havia atravessado e que ainda teria que atravessar.
Parabéns pela coragem... Você está a quantos km longe de casa?
ResponderExcluirOlha, até que não estou muito distante não. A distância máxima deve ser uns 100km. É que estou dando uma volta na região sudeste nesta primeira pedalança. Mas no total pedalei 3050km.
ExcluirFaltam poucos dias para o final
Mas na próxima pretendo ir em linha mais reta, pois já conheço bastante a região sudeste